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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Olhos revelam mais do que doenças oculares


Especialista do H.Olhos – Hospital de Olhos explica como o exame de fundo de olho pode detectar diversos problemas de saúde


Indicado para diagnosticar e acompanhar doenças oculares como o glaucoma, problemas do nervo óptico e da retina, o exame de fundo de olho, chamado também de fundoscopia, oftalmoscopia ou mapeamento de retina, pode revelar outras doenças crônicas, do sangue, infecciosas e neurológicas. Isso porque, o fundo de olho mostra a situação das artérias, veias e nervos do corpo humano, permitindo a avaliação da saúde do organismo de maneira geral.

Diabetes e hipertensão, consideradas crônicas e silenciosas, porque, na maioria das vezes, não apresentam sintomas, estão entre as doenças detectadas.  No entanto, quando chegam aos olhos, é sinal que estão em estágio avançado. Neste caso, o exame de fundo de olho ajuda no acompanhamento clínico, avalia o risco de um acidente vascular ou outras complicações sistêmicas.

Sífilis, aids e toxoplasmose, doenças infecciosas, leucemia e linfoma, do sangue, e tumor na cabeça também podem ser identificados por meio do exame de fundo de olho, solicitado tanto por um oftalmologista como por outros médicos. “O exame de fundo de olho é um meio prático e fácil de avaliar a situação clínica de vários órgãos. Pode ser feito em pessoas de qualquer idade, inclusive bebês, prematuros ou não, cujas mães sofreram infecções durante a gestação”, explica o Dr. Renato Magalhães Passos, especialista em retina do H. Olhos – Hospital de Olhos. “As pessoas portadoras de miopia também merecem uma avaliação rigorosa do fundo de olho, pois podem apresentar lesões assintomáticas, que aumentam a chance de descolamento de retina, quando não detectadas e tratadas precocemente”, ressalta.


À medida que a idade chega

No envelhecimento, o exame é indicado para detectar o surgimento de drusas – depósitos de cristais brancos ou levemente amarelados – na retina, que podem levar à cegueira. “As degenerações maculares, como são conhecidas as lesões na região central da retina, também são identificadas pela avaliação do fundo de olho. Apesar de irreversíveis, se diagnosticadas precocemente, têm tratamento”, complementa o médico.


Como é feito?

Há dois tipos de exames de fundo de olho. O direto é realizado com aparelho simples e portátil, proporciona imagem ampliada quinze vezes maior, mas com restrito campo de visão. O indireto demanda equipamentos mais complexos, garantindo uma imagem com ampliação menor, porém, com visualização mais ampla da retina, inclusive da sua periferia.

“É fundamental destacar que o exame é importante para todas as faixas etárias. As pessoas devem estar conscientes sobre a importância do cuidado com os olhos, e de realizar uma visita anual ao oftalmologista. Por meio de um exame simples, como a fundoscopia, diversas doenças podem ser prevenidas, controladas, e até curadas”, orienta o Dr. Renato Magalhães Passos.


Dor ao consumir algo muito quente ou muito gelado? Você não está sozinho!


Pesquisa aponta a sensibilidade nos dentes como o maior problema bucal dos brasileiros e o tempo seco está entre as causas 


Tomar um sorvete em dias quentes, um cafezinho para dar aquela levantada ou até mesmo um brigadeiro após o almoço parecem atividades bem comuns, né? Mas para algumas pessoas não é! Ao consumir algo gelado, doce ou quente vem aquela pontada aguda e intensa nos dentes. A sensibilidade é um grande tormento. E, de acordo com especialista, o tempo seco de Brasília pode intensificar ainda mais o desconforto.

Uma pesquisa mostra que a sensibilidade nos dentes está entre os maiores problemas bucais dos brasileiros, ultrapassando, inclusive, a cárie. Este levantamento encomendado pela marca Sensodyne à agência Katar, aponta que, de mil entrevistados, 32% dos brasileiros afirmam conviver com a hipersensibilidade.  E, dependendo da faixa etária o problema pode ser ainda maior.

Segundo a odontóloga Ianara Pinho, entre as causas está a erosão do esmalte ou retração da gengiva, onde a dentina e seus túbulos dentinários ficam expostos. Ela também afirma que, por causa do tempo seco da capital, as pessoas normalmente têm obstrução das vias aéreas, ocasionando a respiração pela boca “Isso vai desidratar a gengiva, causando a inflamação crônica, responsável pela sensibilidade”, diz Ianara.


O que deve ser evitado?

Há fatores que também provocam o desconforto. “Quem tem sensibilidade deve evitar: pastas com efeito branqueador, pois são muito abrasivas, o uso de escovas muito duras e também  alimentos muito ácidos”, afirma.

Outro alerta é em relação à escovação. “É importante controlar a intensidade com que se escova os dentes, porque ao colocar muita força nesse processo, há maior desgaste, expondo a dentina”, explica a especialista.  


Tem solução?

A boa notícia é que há solução. Existem pastas de dentes específicas para tratar a hipersensibilidade, mas é algo temporário, não trata 100% do problema. Sentir dor não é normal. Então, Ianara alerta que o paciente deve procurar o auxílio de um especialista. “Em alguns casos conseguimos resolver com laserterapia, mas em outros são necessárias cirurgias, restaurações ou aplicação de produtos específicos, por isso a importância de consultar um dentista”, conclui.


Obesidade afeta a saúde do fígado em crianças a partir dos 8 anos de idade


Um novo estudo descobriu que o ganho de peso pode colocar crianças em risco de uma doença hepática grave



Um novo estudo, publicado no Journal of Pediatrics, é o primeiro a mostrar que o ganho de peso pode ter um impacto negativo na saúde do fígado em crianças, a partir dos 8 anos de idade. O estudo descobriu que a circunferência da cintura maior, aos 3 anos, aumenta a probabilidade de que, aos 8 anos, as crianças tenham marcadores para doença hepática gordurosa não alcoólica.

“Com o aumento da obesidade infantil, estamos vendo mais crianças com doença hepática gordurosa não alcoólica em nossa prática de controle de peso pediátrico. Muitos pais sabem que a obesidade pode levar ao diabetes tipo 2 e outras condições metabólicas, mas há muito menos consciência de que mesmo em crianças pequenas, ela pode levar à doença hepática grave”, explica o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

A doença hepática gordurosa não alcoólica ocorre quando muita gordura se acumula no fígado e provoca inflamação, causando danos. A condição afeta cerca de 80 milhões de pessoas nos EUA e é a patologia hepática crônica mais comum em crianças e adolescentes. “A doença geralmente não apresenta sintomas. A progressão da doença hepática gordurosa não alcoólica pode levar à cirrose do fígado e, em alguns casos, ao câncer de fígado”, diz Chencinski.

Estudos anteriores se concentraram na doença do fígado gorduroso em adolescentes e em adultos jovens. No presente estudo, os pesquisadores procuraram por fatores de risco para o fígado gorduroso em crianças menores.

Foram medidos os níveis sanguíneos de uma enzima hepática chamada Alanina transaminase (ALT). A ALT elevada é um marcador de dano hepático e pode ocorrer em indivíduos com doença hepática gordurosa não alcoólica e outras condições que afetam o fígado.

Aos 8 anos, 23% das crianças do estudo tinham níveis elevados de ALT. Crianças com uma circunferência de cintura maior (uma medida da obesidade abdominal) aos 3 anos, e aquelas com maiores ganhos nas medidas de obesidade, entre as idades de 3 e 8 anos, foram mais propensas a ter níveis elevados de ALT. Aproximadamente 35% das crianças de 8 anos com obesidade apresentaram níveis elevados de ALT versus 20%  daquelas com peso normal.

“Alguns médicos medem os níveis de ALT em crianças em risco a partir dos 10 anos de idade, mas as descobertas ressaltam a importância de agir mais cedo para evitar o ganho excessivo de peso e subsequente inflamação do fígado", defende o pediatra.

Atualmente, a melhor maneira de crianças e adultos combaterem a doença do fígado gorduroso é não engordar acima dos limites esperados, perder peso, se isso acontecer, comer menos alimentos processados ​​e fazer exercícios regularmente. Precisamos urgentemente de melhores maneiras de rastrear, diagnosticar, prevenir e tratar essa doença desde a infância, destaca Chencinski.







Moises Chencinski

Site: http://www.drmoises.com.br



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