Especialista do
H.Olhos – Hospital de Olhos explica como o exame de fundo de olho pode detectar
diversos problemas de saúde
Indicado para diagnosticar e acompanhar doenças
oculares como o glaucoma, problemas do nervo óptico e da retina, o exame de
fundo de olho, chamado também de fundoscopia, oftalmoscopia ou mapeamento de
retina, pode revelar outras doenças crônicas, do sangue, infecciosas e
neurológicas. Isso porque, o fundo de olho mostra a situação das artérias,
veias e nervos do corpo humano, permitindo a avaliação da saúde do organismo de
maneira geral.
Diabetes e hipertensão, consideradas crônicas e
silenciosas, porque, na maioria das vezes, não apresentam sintomas, estão entre
as doenças detectadas. No entanto, quando chegam aos olhos, é sinal que
estão em estágio avançado. Neste caso, o exame de fundo de olho ajuda no
acompanhamento clínico, avalia o risco de um acidente vascular ou outras
complicações sistêmicas.
Sífilis, aids e toxoplasmose, doenças infecciosas,
leucemia e linfoma, do sangue, e tumor na cabeça também podem ser identificados
por meio do exame de fundo de olho, solicitado tanto por um oftalmologista como
por outros médicos. “O exame de fundo de olho é um meio prático e fácil de
avaliar a situação clínica de vários órgãos. Pode ser feito em pessoas de qualquer
idade, inclusive bebês, prematuros ou não, cujas mães
sofreram infecções durante a gestação”, explica o Dr. Renato
Magalhães Passos, especialista em retina do H. Olhos – Hospital de Olhos. “As
pessoas portadoras de miopia também merecem uma avaliação rigorosa do fundo de
olho, pois podem apresentar lesões assintomáticas, que aumentam a chance de
descolamento de retina, quando não detectadas e tratadas precocemente”,
ressalta.
À medida que a idade chega
No envelhecimento, o exame é indicado para detectar
o surgimento de drusas – depósitos de cristais brancos ou levemente amarelados
– na retina, que podem levar à cegueira. “As degenerações maculares, como são
conhecidas as lesões na região central da retina, também são identificadas pela
avaliação do fundo de olho. Apesar de irreversíveis, se diagnosticadas
precocemente, têm tratamento”, complementa o médico.
Como é feito?
Há dois tipos de exames de fundo de olho. O direto
é realizado com aparelho simples e portátil, proporciona imagem ampliada quinze
vezes maior, mas com restrito campo de visão. O indireto demanda equipamentos
mais complexos, garantindo uma imagem com ampliação menor, porém, com
visualização mais ampla da retina, inclusive da sua periferia.
“É fundamental destacar que o exame é importante para
todas as faixas etárias. As pessoas devem estar conscientes sobre a importância
do cuidado com os olhos, e de realizar uma visita anual ao oftalmologista. Por
meio de um exame simples, como a fundoscopia, diversas doenças podem ser
prevenidas, controladas, e até curadas”, orienta o Dr. Renato Magalhães Passos.
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