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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Médica ensina pais a distinguir se a escola está protegendo as crianças da Covid-19

A pediatra Camilla Pereira lista as principais orientações para um retorno seguro às aulas

Grande parte do Brasil retoma as aulas ainda em fevereiro e com isso aumenta a preocupação dos pais com as medidas de segurança. A princípio, a maioria das crianças têm quadro leve ou assintomático da Covid-19. Em média, 2 a 3% dos casos de Covid-19 na infância necessitam de internação, com menos de 1% de taxa de mortalidade

O retorno às aulas nos países europeus e nos Estados Unidos começou antes e mostrou baixos índices de infecção e complicações na comunidade escolar e alunos, mas é preciso atenção. A pediatra Camilla Pereira, do Plunes Centro Médico, em Curitiba, listou os principais pontos que todo pai ou responsável deve cobrar das instituições de ensino. “A infecção no ambiente escolar é incomum se as medidas de distanciamento entre os alunos acontecerem de forma aliada ao uso de máscara e higiene constante das mãos”, diz a especialista.

Confira algumas das orientações que todo pai ou responsável precisa observar:

  • Crianças e profissionais doentes não devem frequentar a escola;
  • Professores e alunos do grupo de risco devem ser mantidos em ensino remoto
  • O corpo docente da escola e os pais devem consumir informações de fontes confiáveis para repercutir internamente com os alunos. A Organização Mundial de Saúde é uma boa referência a ser seguida;
  • A escola deve oferecer condições para higienização das mãos, assim como ensinar a maneira correta de fazê-la;
  • A limpeza dos recintos e superfícies deve ser diária e, se possível, por turnos
  • A escola deve propiciar ambientes arejados;
  • As refeições precisam seguir todos os cuidados de distanciamento social e individualização dos utensílios utilizados;
  • O distanciamento social deve ser mantido em todas as áreas da escola;
  • O uso de máscara precisa ser obrigatório, assim como as orientações do uso correto e com trocas frequentes;
  • A escola deve manter ensino constante sobre a COVID-19.

 

Fusões e aquisições: tendências para 2021

O processo de fusão e aquisição de empresas (M&A) vem representando uma solução economicamente viável para diversos empreendedores que correm o risco de reduzir suas operações, cortar funcionários ou até mesmo fechar definitivamente suas portas.

Na prática, ele representa a consolidação mútua entre diferentes empresas para formar um único negócio, ou aquisição de ativos de um negócio por outro, proporcionando o surgimento de novos empreendimentos. Mesmo com a pandemia, essa tendência permaneceu forte no país – apresentando inclusive um aumento considerável em relação a anos anteriores.

Segundo dados da consultoria PwC, foram registradas 802 transações entre janeiro e outubro do ano passado, um aumento de 13% em relação ao mesmo período em 2019. Além disso, somente entre julho e setembro de 2020, a quantidade de fusões e aquisições cresceu 46% em relação ao mesmo período do ano passado.

Essa tendência se mostrou mais presente em empresas de tecnologia, saúde e imobiliárias, por exemplo, que durante a pandemia tiveram um aumento da demanda por seus serviços. Afinal, o isolamento social impulsionou a transformação digital, a busca por serviços e produtos na área de saúde e por imóveis residenciais maiores, já que a casa se tornou também o escritório de muita gente.

Nesse contexto, o M&A figura com uma boa opção tanto para empresas que estão em apuros financeiros devido à crise econômica, quanto uma boa oportunidade para quem deseja expandir, seja em sua área de atuação ou buscando a diversificação do portfólio. Tem havido até flexibilização por parte das agências reguladoras no intuito de preservar a manutenção das empresas, dos empregos e dos benefícios ao consumidor.

Um bom exemplo foi a decisão do CADE, de 28 de maio de 2020, que permitiu que Ambev, BRF, Coca-Cola, Mondelez, Nestlé e Pepsico, colaborassem em conjunto para criar o empreendimento denominado “Movimento Nós”, visando a recuperação da atividade de pequenos varejistas com o objetivo de trazer maior capacidade de produzir resultados efetivos e na escala necessária para auxiliar os estabelecimentos comerciais a retomarem suas atividades.

Outro exemplo foi o Anúncio da Comissão Mexicana de Competição Econômica de que não iria processar acordos de colaboração necessários para manutenção e aumento de fornecimento, satisfazer a demanda e evitar faltas que não fossem realizados com o objetivo de prejudicar competidores. Dessa forma, será evitado o longo processo de autorização, otimizando o M&A que favoreça a economia local.

E, com a desvalorização do Real frente ao dólar, a baixa das taxas de juros e a disponibilização de mão de obra, o Brasil tem se tornado um destino atrativo para empresas estrangeiras, em especial do Estados Unidos, Alemanha e França. Só entre janeiro e agosto de 2020, a PwC registrou 151 transações internacionais no Brasil. Facilitados pela baixa nas taxas de investimento no país, fica muito mais vantajoso e atrativo investir em empresas nacionais, seja fundindo seus negócios ou comprando parte de seus ativos.

O cenário para a melhora do mercado nacional pelo processo de fusões e aquisições é bem positivo para 2021 – em especial pela chegada da vacina e possível redução da pandemia – com uma maior segurança tanto para os investidores nacionais quanto internacionais.

Para não cair em armadilhas, alguns cuidados são fundamentais. Contar com a auditoria do Due Diligence, por exemplo, é uma das melhores formas de garantir segurança diante do investimento, seja em um processo de fusão ou de aquisição. Com ele, é possível analisar diversas informações e documentos de uma empresa, se certificando dos riscos envolvidos nas atividades do alvo, de que não possui passivos trabalhistas, tributários ou mesmo ambientais que possam gerar prejuízos futuros a um possível comprador.

Cada empresa deve ter um bom planejamento e estratégia para organizar o processo de fusão ou aquisição ao seu negócio. Independentemente do método escolhido, o objetivo é sempre o mesmo: garantir a sobrevivência do negócio e – principalmente – a manutenção do bem-estar econômico.



Gabriela de Ávila Machado - advogada, DPO (Data Protection Officer) certificada e líder da área societária do Marcos Martins Advogados.

Marcos Martins Advogados
https://www.marcosmartins.adv.br/pt/


 

 

Inteligência Artificial e voz: como as duas coisas juntas estão alterando hábitos e facilitando a vida das pessoa

Divulgação
Alto falantes inteligentes, os smart speakers ganharam rapidamente o mercado em todo o mundo e os brasileiros já dão sinais de que aqui não será diferente


Em um mundo cada vez mais multitarefa em que as pessoas precisam realizar diferentes atividades ao mesmo tempo, receber uma ajuda da tecnologia é uma ideia bastante interessante e que já acontece em vários momentos e situações do dia a dia. Realizar buscas ou efetuar comandos por voz para uma assistente inteligente enquanto prepara o jantar, limpa a casa ou realiza qualquer outra tarefa já é possível com a ajuda das caixas de som inteligentes, conhecidas como smart speakers.

Esses assistentes providos de inteligência podem receber comandos de voz e realizar uma série de ações, como controlar dispositivos da casa, marcar eventos, configurar alarmes, consultar receitas, tocar as músicas favoritas, pedir comida, levantar informações sobre o trânsito e ainda fazer ligações telefônicas. Por tudo isso, segundo um levantamento da Strategy Analytics, as vendas de alto-falantes inteligentes em todo o mundo chegaram, no primeiro trimestre de 2020, em 28 milhões de unidades, um resultado 8,2% maior que no ano anterior. Projeções para o avanço deste mercado estimam que para 2021 esse aumento seja de 21% e que até 2024 as vendas cheguem a um total de 640 milhões de unidades.

No Brasil, esta é uma categoria de produto que também está ganhando cada vez mais destaque. Um levantamento da Hootsuite e We Are Social mostra que cerca de 4 em cada 10 brasileiros usam plataformas de voz para efetuar buscas ou comandos em algum dispositivo. O percentual brasileiro - 39% - fica próximo da média global, que é de 43%, e superior ao de países com mercados mais maduros, como os EUA, Reino Unido, França e Alemanha. “O hábito de uso da voz para realizar tarefas e comandos mostra que se ainda não temos os alto falantes inteligentes introduzidos massivamente nos lares brasileiros, estamos caminhando para isso”, afirma Marcio Pacheco, CEO e co-founder da PhoneTrack, startup de inteligência artificial aplicada à voz.

Como esperado,  no caso de novas tecnologias, os mais jovens são os primeiros a adotar o uso. Uma pesquisa levantou que cerca de metade dos indivíduos na faixa de 16 a 34 anos que participaram do levantamento em todo o mundo afirmaram ter usado a voz para buscas ou comandos nos 30 dias anteriores à realização da pesquisa. “Por se tratar de algo relativamente novo, os smart speakers ainda devem revelar o seu potencial perante áreas como o e-commerce e a publicidade”, destaca o CEO. Atualmente, compras realizadas por plataforma de voz são minoria, mas um estudo da Adobe Digital Insights mostra que 2 em cada 5 usuários entendem que comprar por voz é mais fácil do que usando o computador. A mesma proporção de entrevistados afirma que compraria mais se os itens de interesse estivessem disponíveis nas plataformas. E 3 em cada 5 pessoas afirmaram que usariam as plataformas para compras domésticas recorrentes de menor valor.

Tecnologia de consumo com o tempo de adoção mais rápido da história, os alto falantes inteligentes chegaram para ficar. “Nos EUA, foi adotado por 50% da população em menos de 5 anos. Para se ter uma ideia, aparelhos como TV, Rádio, computadores e até mesmo a internet levaram mais que o dobro disso. Aqui no Brasil, é só uma questão de tempo para estarem incorporados ao dia a dia de milhares de brasileiros”, completa.


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

AFASTE-SE DA PREOCUPAÇÃO COM O FUTURO E SEJA FELIZ HOJE


Muitas vezes, imperceptivelmente, passamos a negligenciar os momentos atuais em que vivemos simplesmente porque estamos com os pensamentos voltados para o futuro ou presos em situações do passado.

Justamente esse erro deve ser corrigido, pois com ele vem às angústias e incertezas e a única certeza que temos em nossa vida é o nosso atual momento, o presente. É sobre ele que temos o real controle e também o que determinará os rumos do nosso futuro.  

É muito importante planejar o futuro para estar atento aos acontecimentos para antever algumas situações e dar um rumo para o destino, mas não podemos nos esquecer de que a prioridade deve ser dada ao que estamos realizando aqui e agora. 
Como mencionado anteriormente, o planejamento para o futuro é essencial para criação de metas para atingir resultados, mas não podemos fazer com que isso se torne uma obsessão, gerando insegurança e ansiedade, comumente visto especialmente no que se diz respeito ao âmbito profissional, na qual, às vezes perde-se muito tempo planejando o futuro e se esquece do presente.

É importante aprender a viver no momento 

O filósofo e terapeuta motivacional, Gad Adler explica que todos nós representamos uma pequena peça, mas que é muito responsável pelo movimento desse grande universo que nos rodeia, por isso, devemos estar em sintonia com tudo aquilo que nos cerca tanto fisicamente, como mentalmente para que ele possa funcionar em perfeita harmonia.
 
A partir do momento que tomamos a consciência que de todos nós somos uma peça insubstituível de um todo enorme, melhoramos a nossa qualidade de pensamentos e passamos a apreciar melhor os pequenos momentos, nos dedicando com mais empenho em nossas atividades diárias e desfrutando dos relacionamentos com as pessoas ao nosso redor.

Não podemos esquecer-nos de satisfazer as nossas necessidades e anseios presentes, caso contrário, corremos o risco de cultivarmos a infelicidade, sem sequer compreendermos o motivo.
 
"
Seja grato pelo presente e viva com intensidade o momento de hoje”.

Devemos nos perguntar todos os dias o que realmente nos deixa feliz, desta forma organizamos melhor as nossas atividades diárias e de forma mais adequada, evitando desperdiçar tempo e nos frustrando na busca de sonhos e realizações que não nos pertence.



 


Gad Adler - Nascido em Jaffa, Israel, é filósofo, terapeuta motivacional e palestrante.Formado em Filosofia e História das Religiões pela Universidade de Tel Aviv, escreveu o livro “Você não pode tudo!Mas pode e merece ser feliz.“; é criador do método Melhor Maneira de aperfeiçoamento emocional, espiritual e da consciência para uma vida melhor, além de  administrar o site:www.melhormaneira.com.br com conteúdo motivacional e que leva o mesmo nome da técnica.

Insta: @melhor.maneira
https://www.youtube.com/channel/UC8AsBDCFpRuSiLlSXFhOUGQ
www.melhormaneira.com.br


Sou um passadista, confesso.

Não sou daqueles que desejam entrar em uma máquina do tempo e viver em outra época, mas gostaria que a ideia de futuro que algumas pessoas de certas épocas alimentaram estivesse mais presente no tempo que vivo, agora. O que sinto é que fomos deixando coisas importantes pelo caminho e passamos a acreditar que nosso destino, aquele ponto no qual tudo será lindo, maravilhoso, pode ser realizado por valores  duvidosos, por serem fátuos. 

Não se trata de fazer mal juízo da modernidade, de não buscar compreender os novos tempos, os interesses que hoje movem os jovens e uns tantos adultos. Trata-se de pensar o quanto estamos perdendo o substrato comum que justificou, desde sempre,  vivermos em coletividade. Tornamo-nos um amontoado de indivíduos sobrevivendo em  um espaço hobbesiano no qual, diariamente, quem for mais rápido ou mais astuto ou mais feroz consegue trazer alimento para casa. Quanto ao espaço público, de ágora virou arena e o Outro tornou-se o cara com a arma apontada pro seu nariz, o leão feroz e faminto que não é mau, mas que precisa viver e você é a única chance dele. 

Tornamo-nos átomos sem direção ou finalidade, reduzidos à nossa natureza, sem nenhum polimento ou acessório. E ainda acreditam, muitos ao nosso redor, que há uma ideia de vitória ou sucesso nesse modelo. A única forma de “se dar bem”.

Como diriam os gregos, trata-se de um modelo de vida idiota, no qual vivemos voltados não para o usufruto da nossa possibilidade criativa, mas para a repetição do ritual do consumo do tempo e da energia vital, até que sofremos um ataque cardíaco, ou uma doença qualquer, ou uma violência vinda do ódio que essa mesma situação fermenta, e tudo termina. Sem obra, sem uma linha indicando um caminho para ser retomado por outro, que chega ao mundo e que poderia ir fazendo desse mundo, na tessitura de lento e delicado trabalho coletivo, um lugar melhor.

Não sou daqueles que culpabilizam os outros e se isentam das responsabilidades. Mas, em minha defesa, digo que percebo essa roda viva do animal laborans e de como essa condição de sobrevivência e reprodução apropriou-se do espaço público, fazendo-o definhar, hoje restando uma ou outra réstia do brilho que teve nos projetos de futuro que o passado fazia sobre nós. Percebo isso e tento pensar nesse espaço público, de pessoas iguais e livres, trazendo suas novidades para os outros, aparecendo por meio do discurso não violento. Penso e falo e busco me relacionar com os outros nestes termos, dia a dia, num esforço de Sísifo.

Não só eu. Pelo contrário: reconheço, algures e alhures, outros, muitos. Aliás, bem mais evoluídos do que eu. Existimos e, portanto, aquele futuro do passado respira. 

É preciso, porém, ter braços fortes, pois remar contra a maré vai, depois de um tempo, amortecendo o corpo e jogando-nos contra as margens, onde há rochas e sobre elas sereias que cantam as delícias de uma vida egoísta e mesquinha, numa batida rítmica envolvente, dizendo que é só fechar os olhos e lasciare via, sem se preocupar com mais nada. 

A única saída é ter a teimosia dos que se lembram ou dos que, apesar de não lembrarem, sonham. Persistir, simplesmente, na ideia de que é possível um mundo melhor, mais livre e mais igual. 

E ficar atento, para reconhecer, entre as sombras, os que também resistem.

 


Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.
danielmedeiros.articulista@gmail.com
@profdanielmedeiros


Minha aventura

Ao nascer ouvi o primeiro som: El Aleph.

Não era eu, nasci em bom português.

Depois percebi que era um anjo da guarda.

Não tenho dúvida de que os há.

Desde quando fui tragado por duas vezes.

Por águas barrentas e grossas das enxurradas;

 na terceira e definitiva uma forte camponesa

Trouxe-me pela segunda vez a este mundo.

Desde quando os chifres de um touro tresloucado

Fugitivo do último golpe torpe

Preto, imenso, olhos rubros vidrados

Em minha direção parou num guarda-chuvas.

Desde quando a tuberculose então fatal

Rendeu-se ao primeiro atributo do BCG.

Desde quando o acidente na noite unânime

Veio acompanhado de uma ambulância

De uma viatura policial

E duas especialistas em defeitos da face

Aguardavam-se no hospital da rua dos fundos

Sem nenhum outro paciente

Simplesmente aguardando-me para começar

A arquitetura da restauração

Do rosto estilhaçado e estancar o sangue.

Desde o dia em que não sentia mais poemas

E fui de encontro ao mestre da neurologia

Que procurou um pássaro verdugo e encontrou outro

Que há dez dias, o prazo peremptório,

Detinha o sangue que corria para meu cérebro.

Quando acertei a boa velhacaria do mestre

De direito penal

Que escrevia a mesma expressão

Num saco das hipostáticas perguntas

E no início da prova implacável

Pedia a duas moças (por que duas moças ?)

Que retirassem o ponto entre cinquenta

E decretava zero para todos.

Como descobri a empatia do gênio

pelos temas da anistia e do indulto?

Talvez não fossem comuns.

E nosso infalível mestre não era nada comum.

Peço que o Aleph seja muito longevo

Mas um dia Borges o errará

E ficará em silêncio e chorará no opróbrio

Enquanto eu tomar o trem da eternidade.

 


Amadeu Garrido de Paula - poeta e ensaista literário, é advogado, atuando há mais de 40 anos em defesa de causas relacionadas à Justiça do Trabalho e ao Direito Constitucional, Empresarial e Sindical. Fundador do Escritório Garrido de Paula Advocacia e autor dos livros: “Universo Invisível” e “Poesia & Prosa sob a Tempestade”. Ambos à venda na Livraria Cultura.


Dicas para trabalhar autonomia nas crianças em casa

Especialista incentiva a autonomia das crianças e ensina quais tarefas elas podem fazer sozinhas em casa.

 

Segundo a Neuropsicopedagoga Lidiane Leite, as crianças são mais capazes de realizar tarefas do que os pais imaginam. "Não devemos fazer aquilo que as crianças podem fazer sozinhas. Os pais precisam ajudar as crianças e incentivá-las. As crianças podem e conseguem fazer as coisas mais do que nós mesmos acreditamos e pensamos", explica.

Para neuropsicopedagoga, os pais e professores precisam estimular as funções executivas na primeira infância. "É fundamental trabalhar organização e controle inibitório com as crianças de 3 a 5 anos. É necessário treinar as crianças a pensarem antes de falar ou agir e também ensinar as crianças a autoregulação, pois é muito mais eficaz ensinar como se controlar do que tentar controlá-las. Também orienta os pais a trabalharem a flexibilidade nas crianças. Elas precisam, ainda pequenas, a aprender a lidar com mudanças repentinas e descobrir soluções alternativas para seus problemas", ressalta. 

 De acordo com Lidiane, a autonomia gera autoconfianca. "Desenvolver autonomia das crianças é muito importante para o futuro delas. Quando a criança ajuda na tarefa de casa, ela se sente útil e capaz. As crianças precisam ouvir "Isso é de sua responsabilidade.” seja dos professores ou dos pais. Quanto maior for o número de tarefas que os pais deixarem as crianças realizarem, maior é o grau de confiança que elas vão sentir de si mesmas." 

Lidiane Leite orienta que os pais devem observar seus filhos em casa e procurar ajuda de um profissional caso seja identificado um atraso motor significativo. "É muito importante prestar atenção e observar a criança na. E se os pais notarem um atraso motor significativo, procurar um terapeuta ocupacional ou um psicomotricista para realizar uma avaliação motora o mais rápido possível." 

A neuropsicopedagoga Lidiane Leite revela algumas atividades e tarefas de acordo com a idade da criança

 

Crianças de 01 ano

Empurra braços e pernas através das mangas e pernas das calças

Tira os sapatos e meias

 

Crianças de 02 anos

Desabotoa botões grandes

Puxa as calças para cima

Puxa as calças para baixo

Tira roupa independentemente

 

Crianças de 03 anos

Calça sapatos correspondente em cada pé

Veste camiseta

Começa abotoar botões grandes

Puxa o zíper para baixo e para cima depois de fechado

Usa bem colher

Usa garfo para espetar alimentos

Levanta copo com uma mão com dificuldade

Abre e fecha zíper e abre e fecha também velcro

Pedala triciclo

 

Crianças de 04 anos

Levanta copo com um mão sem dificuldade

Encaixa zíper

Abotoa botões menores

Sobe desce as escadas sem apoio

Coloca as meias

Utiliza tesoura e segura pincel

Consegue regar as plantas

Guarda seus brinquedos

 

Crianças de 05 anos

Utiliza garfo para grãos, derrubando um pouco.

Corta com dificuldade alimentos macios

Se veste sozinho sem ajuda

Sabe da nó

Colore as figuras dentro dos limites

Toma banho com supervisão

Escolhe suas roupas

 

Crianças de 06 anos

Amarra os sapatos

Usa garfo com sucesso

Usa faca com sucesso

Completa todos os fechos de roupa ( ganchos, fivelas, zíperes e botões)

 

Crianças de 7-8 anos

Tomar banho sem supervisão

Consegue lidar com pequenas quantidades de dinheiro

Ajuda a tirar e por a mesa

Guarda as compras do mercado

Consegue lavar e secar louça

Tira o lixo

 

 ”Os filhos são como navios. Navios não são construídos para ficarem no porto, mas para navegarem e para navegar é preciso soltar as amarras”, finaliza a neuropsicopedagoga Lidiane Leite.

 

 

 

Lidiane Leite  -  Jornalista, pedagoga e neuropsicopedagoga. Atualmente está cursando sua pós-graduação em psicomotricidade e sempre escreve artigos e ministra palestras e cursos sobre o desenvolvimento infantil e o comportamento das crianças. Autora dos livros-caixinhas "Cadê o Resultado?", "Qual não tem Par?" e "O que eles têm em comum?" publicados pela Editora Matrix.

www.lidianeleite.com.br / Instagram:  @lidiane_neuropsicopedagoga/


Mais da metade dos brasileiros puseram fim a um relacionamento em 2020, aponta pesquisa do happn

Términos, dar um tempo, seguir em frente… o amor atrai tudo isso. Principalmente em um cenário em que todo mundo está sobrecarregado mentalmente, com muito tempo livre para pensar sobre a vida. Um novo estudo do app de paquera happn revelou que, em 2020, 54% dos brasileiros vivenciou um término de relacionamento, indo na contramão da média global* dos usuários do app (46%).


Mas o que motivou tantos términos entre os brasileiros em 2020?


Apesar de a traição ser um dos motivos mais comuns para pôr fim a um relacionamento entre os brasileiros (18%), ele não é o maior de todos. Segundo a pesquisa, 21% dos brasileiros afirmam que o amor simplesmente acabou no ano passado. Para 20%, a pandemia contribuiu muito para isso, já que o casal passou a passar mais tempo juntos e isso trouxe problemas de convivência. Mas os brasileiros não estão sozinhos. A média global segue alinhada ao comportamento brasileiro: 48% dos usuários gerais do app também viram o amor simplesmente ir embora em 2020.



Bola pra frente


Fazendo jus à fama de dar a volta por cima com facilidade, 53% dos entrevistados brasileiros afirmam que já estão recuperados do fim de seus relacionamentos em 2020 e estão prontos para entrar de cabeça em um novo romance. Por outro lado, 24% ainda não se recuperou do término e ainda estão com o coração partido, apesar de não estarem fechados a conhecer Crushes novos. Outros 21% disseram que, apesar de já estarem com o coração curado, eles querem um tempo para curtir antes de iniciar outro relacionamento - nada mais justo, não é?



Ano novo, Crush novo


Questionados sobre o sentimento deles em relação ao ano de 2021, os brasileiros, assim como a média global, estão bem otimistas que neste ano irão encontrar o Crush perfeito: 59% dos brasileiros afirmaram que acreditam que neste ano irão encontrar a pessoa certa para conquistar seu coração (15 pontos acima da média global que é 44%), enquanto 21% afirmou que, apesar de estarem otimistas de que 2021 vai ser o ano para ter sucesso na vida amorosa, eles vão se dar mais liberdade para ter mais encontros antes de fecharem o coração a uma única pessoa (12 pontos abaixo da média global que é 33%).



Toda ajuda é bem-vinda


Há quem goste de aconselhar e há quem goste de receber conselhos para assuntos do coração, não é mesmo? Bom, pelo menos para metade dos brasileiros usuários do happn (50%), apesar de saberem o que querem no campo do amor, os conselhos de amigos são sempre bem-vindos. E essa atitude segue uma média global (51%). Por outro lado, 30% dos brasileiros acham que, para assuntos sentimentais, conselhos de terceiros não são necessários. Os outros 20% acreditam que precisam de conselhos para guiá-los na busca pelo amor, mas que, no momento, estão se sentindo perdidos e que não estão tirando vantagens das oportunidades que aparecem.

*A pesquisa foi realizada com mais de 5.300 usuários do app, em janeiro de 2021, em diversos países onde o happn funciona, como Brasil, Argentina, França, Itália, Dinamarca e Espanha.

 


happn

happn@inpresspni.com.br


Prosperidade e abundância sob a perspectiva do rebirthing

Rebirthing é um método de respiração seguro e natural que nos conecta com a nossa mente subconsciente — a casa dos nossos pensamentos mais profundos, crenças e desejos. Além de ser uma forma de terapia que pode ajudar com qualquer problema, desde depressão até dificuldades de relacionamento, também é uma ferramenta simples para se conhecer melhor.

O nosso nascimento é a marca indelével da nossa separação da abundância. Primeiro percebemos que já não estamos tão unidos com a nossa mãe. O cordão que fazia esta ligação não existe mais. Retomar a ligação física é impossível, basta-nos a emocional e a energética. Passamos então a buscar essa religação incessantemente. É a vivência, pela primeira vez, do sentimento de escassez.

A abundância se manifesta na nossa vida logo depois de um sentimento de merecimento. Este merecimento acontece só pelo fato de eu existir. Porque eu estou vivo, mereço tudo o que o Universo tem para me dar. Pensando assim, todos deveríamos ser abundantes. Então, por que não é isso que vemos no nosso dia a dia? O que acontece é que inconscientemente muitas pessoas acreditam que não merecem. Que não são dignas.

Este sentimento te afasta da abundância e te aproxima da escassez. Negamos a nossa natureza vivendo na escassez, seja de amor, saúde, amigos, dinheiro, etc. Somos abundantes, precisamos é investigar por que negamos isto. Porque nos recusamos a receber.

Precisamos perceber que se fazemos parte do mesmo Universo, a abundância do outro aumenta a nossa abundância. E vice-versa. Se o Universo do qual eu faço parte, é próspero eu também me torno próspero e abundante. O contrário também acontece, quanto mais pobre o Universo ficar, mais eu fico pobre também.

É preciso perceber a razão pela qual você está vibrando na escassez.

Por isso, é bom investigar suas crenças.

  • Qual o pensamento mais negativo que você tem sobre a respiração?
  • O que seu pai pensava sobre o dinheiro?
  • O que sua mãe pensava sobre o dinheiro?
  • Quais são seus 10 pensamentos negativos e/ou limitativos sobre o dinheiro?
  • Qual o medo que você tem em viver o sucesso?
  • A atitude que meu pai tem/tinha em relação ao trabalho?
  • A atitude que minha mãe tem/tinha em relação ao trabalho?
  • A minha atitude em relação ao trabalho é…

É preciso perceber a razão pela qual você está vibrando na escassez.

Por isso, é bom investigar suas crenças.

Assim que descobrir as suas crenças, transforme-as em afirmações positivas para mudar a vibração. E principalmente, respire profundamente para deixar o ar entrar e te reconectar com a abundância.

Pratique as quatro leis da riqueza:

  1. Lei do Ganhar: Em primeiro lugar perceba que você jamais vai “fazer” dinheiro só por dinheiro. O dinheiro é consequência de um bom serviço que você presta à Humanidade. Aquilo que você faz muito bem, os outros até pagam para você. Por isso, descubra rapidamente aquilo que você faz bem, que você gosta de fazer e que até poderia ganhar dinheiro com isso. As pessoas têm prazer em pagar quando você gosta do serviço que presta.
  2. Lei do Gastar: o dinheiro nada mais é do que energia materializada em papel ou em moedas. E como energia que é, precisa se movimentar, escoar. Esse escoamento é o que fazemos quando damos dinheiro para alguém. Quando compramos um produto ou um serviço, estamos dando dinheiro para alguém, que automaticamente para a mão de outro alguém, que enviará para outro. Este movimento de doação da energia do dinheiro deve ser feito de forma prazerosa e consciente. Lembre-se que o Universo é abundante e te nutre todas as vezes que você precisa. O ato de pagar um serviço é um sinal para o Universo de que você precisa ser nutrido. O seu dinheiro escoou. Abriu um espaço. Isto faz com que imediatamente o Universo te retribua. Analisando a “ciranda financeira” percebemos que se o dinheiro passar por várias mãos, quando ele voltar para nós volta multiplicado. Poderá voltar duplicado, triplicado ou até quadruplicado. Isto dependerá de por quantas mãos ele tiver passado. Este é o pensamento da consciência de prosperidade.
  3. Lei do Poupar: Poupar significa aumentar minha abundância hoje para utilizá-la no futuro. O ideal seria que você tivesse a exata noção dos seus rendimentos e dos seus gastos, para analisar onde poderia retirar para a sua poupança. Lembrando que o dinheiro é uma energia, não devemos guardá-lo sem fim definido.
  4. Lei de Investir: Esta lei, diferentemente da anterior, mostra que o praticante já tem um certo grau de consciência de prosperidade. Pois só alguém que acredita muito em si, ousa fazer investimentos. Os investimentos podem ser na sua vida financeira, por exemplo, ações de empresas ou mesmo ampliando ou iniciando seu próprio negócio. Ter um negócio próprio é a manifestação de muita cura do seu trauma de nascimento.

Julgamos, criticamos e culpamos aqueles que chamamos de ricos. O pobre culpa o rico pelo seu infortúnio. E o rico culpa o pobre pela sua prisão nas mansões, nos seus muros altos, nos seus carros blindados. É um culpando o outro e ficando cada vez mais separado no seu mundo de escassez. Cada um com sua escassez. O pobre com escassez de dinheiro e o rico com escassez de paz.

Impossível uma sociedade prosperar a partir da culpa. Livre-se da culpa pela sua riqueza material. Você pertence a um Universo abundante. Por isso, é natural ser próspero se você quiser.

Inspire profundamente a abundância e expire suavemente a escassez, pois você merece.

 


Marinélia Leal - Engenheira química de formação, Marinélia Leal, depois de concluir sua pós-graduação em Gestão da Qualidade, descobriu o desejo de trabalhar com pessoas e ajudá-las a ter uma vida com mais qualidade. Morando há 18 anos em Portugal, atua como terapeuta vibracional, life coach, formadora e escritora desde 1998 e Mentora de Alta Performance, com ênfase em Neuro Mentoring de Mindset Milionário desde 2017. Especialista em Rebirthing/Renascimento e Pré-Escola Uterina, Marinélia Leal auxilia as pessoas a encontrarem e desenvolverem o melhor de si.

https://marinelialeal.com/ o

https://www.facebook.com/mentoriadealtaperformance

instagram @marinelialealneuromentora. https://www.youtube.com/channel/UC01VOd6jRF7xgBilozo9Ndw


Cancelamento nas redes sociais pode causar ansiedade e depressão

Muito se fala sobre cancelamento nas redes sociais, principalmente neste momento em que o assunto está em destaque em um dos reality shows mais assistidos no país, o Big Brother Brasil. Nem sempre influenciadores e artistas conseguem viver o tempo todo uma vida perfeita na internet, como um personagem, maquiando a realidade.

A psicóloga Célia Siqueira afirma que a utilização excessiva das redes sociais pode gerar mudanças significativas no comportamento físico e mental, seja jovem ou adulto e que a busca pela popularidade e aceitação do outro, pode desencadear o aumento da ansiedade e levar à depressão.

“A necessidade excessiva de atenção, expectativa da grande quantidade de curtidas nas fotos e visualizações em vídeos, muitas vezes é resultado de carência afetiva. Algumas pessoas, por não alcançar seus objetos nas redes ou por receber críticas, podem desencadear fobias bem sérias, como a síndrome do pânico,” diz Célia.

Segundo a psicóloga, não ter aprovação social ou ser cancelado de uma hora para outra, resulta em bullying virtual em algumas situações e consequentemente, o surgimento de traumas e até em casos graves, o suicídio.  O  medo do cancelamento faz com que cada vez mais, as pessoas transmitam através da internet uma vida perfeita e de felicidade constante.



www.institutoceliasiqueira.com


Cartas ajudam idosos em situação de vulnerabilidade a lidar com isolamento

 Com a suspensão das visitas, Associação Keralty criou o projeto "Corrente do Bem: Escreva para um Idoso", que incentiva voluntários a conversar com essas pessoas que não têm os familiares próximos


Em meio à incerteza vivida em função da pandemia de Covid-19, a solidariedade se tornou um dos principais recursos contra as consequências deste período. Foi assim que surgiu o projeto “Corrente do Bem: Escreva Para Um Idoso”, criado pela Associação Keralty Brasil neste cenário, como forma de ajudar as pessoas a combater a solidão. A iniciativa inspira voluntários a conversar com aqueles idosos que não têm familiares próximos por meio de cartas. Em quase 10 meses, o projeto já enviou cerca de 14,5 mil cartinhas.

Para manter o contato de maneira segura, a associação encaminha as cartas digitalizadas para as instituições. “Inicialmente, esse contato seria feito por WhatsApp, mas nós ponderamos que a maioria dos idosos não acessam esse tipo de ferramenta. Lembramos, então, que a comunicação antigamente era feita por meio de carta”, declara Erika Nunes, coordenadora da Associação Keralty. O projeto conta hoje com 3.719 voluntários inscritos e recebe mais de 50 cartas por dia.

O projeto, criado inicialmente para prestar apoio principalmente aos pacientes em situação de cuidados paliativos assistidos pelo Contigo, programa do grupo Keralty, se expandiu e hoje atende instituições de apoio a idosos em situação de vulnerabilidade social em todo o Brasil. “Os voluntários e os idosos estão criando um forte vínculo de amizade; é muito comum que eles também incluam fotos da sua vida e enviem o contato para que eles possam continuar se comunicando. Nós temos relatos de voluntários que nunca tinham escrito uma carta. É uma troca mútua”, explica Erika. 

A coordenadora aponta, ainda, que esse vínculo vai além das fronteiras do projeto. “Neste período, os próprios voluntários se mobilizaram em uma ação para arrecadar doações para uma instituição. Não foi nada demandado, eles mesmos se organizaram para ajudar por meio do grupo de WhatsApp”, conta. “Com o tempo, porém, nós percebemos que muitos dos idosos precisavam de ajuda para lerem as cartas e que muitas instituições estavam tendo dificuldades nesse processo; então, decidimos também gravar as cartas em áudio e vídeo”, complementa.  

Para fazer parte do grupo de voluntários é necessário se inscrever por meio de uma plataforma parceira, a Atados, e todas as cartas passam por uma revisão antes de serem enviadas para as instituições. Para Daniele Fredo, voluntária do Rio de Janeiro, esse momento de interação tem sido uma experiência transformadora, especialmente neste período tão delicado. “Escrever cartas é muito mais do que solidariedade, é um exercício de empatia. Neste momento tão difícil que estamos passando, eu diria que fui ajudada muito mais do que eu ajudei”, revela. Ela conta que já procurava, muito antes da pandemia, algum projeto com o qual pudesse contribuir, mas com a correria do dia a dia não conseguia tempo para se dedicar ao voluntariado. “Tem sido uma experiência de reconexão com o meu propósito de ajudar e fazer a diferença. A empatia tem poder de mover o mundo”, complementa. Para participar do projeto, basta fazer a inscrição por meio do site: www.atados.com.br/vaga/corrente-do-bem-escreva-cartas-para-um-idoso-1

 

Adolescentes na pandemia: psicanalista explica os impactos do isolamento nos mais jovens e faz alerta aos pais

Psicanalista e terapeuta amazonense Samiza Soares afirma que dificuldade de concentração, irritabilidade, medo, inquietação, tédio, sensação de solidão, alterações no padrão de sono e alimentação podem ser efeitos da pandemia nos adolescentes

 

A adolescência pode ser um período desafiador para a maioria das pessoas. A junção de hormônios, as novas descobertas e a transição para a fase adulta às vezes acarreta em uma sobrecarga mental. Atrelado a tudo isso, nesse último ano, os adolescentes precisaram lidar com mais um desafio: a pandemia da Covid-19.

 

“O momento tem afetado a vida de todos, mas, nos adolescentes, os efeitos foram ainda mais intensos. No consultório, tenho percebido que os impactos da pandemia desencadearam uma série de consequências nos mais jovens,  como dificuldade de concentração, irritabilidade, medo, inquietação, tédio, sensação de solidão, alterações no padrão de sono e alimentação”, destacou a psicanalista e terapeuta amazonense Samiza Soares.

 

Segundo a especialista, pais e responsáveis devem ficar atentos às mudanças e buscarem ajuda quando notarem  alterações no comportamento dos adolescentes.

 

“Os cuidados necessários para controlar a ansiedade durante o isolamento social deve, primeiramente, começar pelos responsáveis, pois são eles os exemplos dentro de casa. Por isso, meu alerta é observar continuamente os filhos, observar como está a alimentação, a relação com o lazer, o tempo de estudo e o que os têm motivado ultimamente”, recomenda. “Os pais devem ficar atentos e reconhecer os sinais de estresse e da ansiedade, identificá-los e transmitir aos filhos respostas de acolhimento, segurança e aprendizado, tentando criar um momento mais tranquilo e positivo quanto ao futuro,” indica.

 

Samiza Soares, que desde março de 2020, início da pandemia no país, tem realizado atendimentos presenciais e online, também destaca a importância de  definir horários e manter uma rotina em casa.

 

“É fundamental ter horário para acordar, fazer as refeições e dormir, sempre, é claro, reservando um tempo para momentos de lazer que, se possível, envolvam atividades físicas juntos, brincadeiras, conversas e, até mesmo, inseri-los nas tarefas simples de casa”, finaliza.

 

Samiza também -  No Instagram faz postagens diárias sobre a importância do terapeuta e no enfrentamento das questões do dia a dia. (Veja mais aqui)


 

Crédito - MF Press

 

Efeitos da pandemia no desenvolvimento infantil

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Longo período de distanciamento social provocado pela pandemia da COVID-19 traz preocupação aos pais por possíveis prejuízos no desenvolvimento dos filhos


Ainda que as atividades presenciais tenham sido parcialmente retomadas, o tema chama a atenção da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) que defende a presença e esforço dos pais para que atividades criativas sejam mantidas amenizando o uso excessivo de telas.

“Existem orientações que passamos no consultório, mas não podemos nos limitar a isso. Precisamos compreender o porquê de muitos pais não estarem conseguindo exercer estas funções tão essenciais no processo educativo das crianças. É importante que nós, profissionais, possamos servir de modelo e na sessão de atendimento fazer com que eles, juntos, vivenciem as melhoras do comportamento”, explica o pediatra do Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Renato Santos Coelho.

No âmbito geral acredita-se que tenham ocorrido prejuízos no desenvolvimento das crianças, com exceção daqueles que conseguiram implantar uma fase criativa com agenda variada durante o dia.

“O uso das telas é um entretenimento que deixa os pais livres da tarefa de educação, mas eles ficam sozinhos no mundo virtual”, completa.

A faixa etária que pode ter sido mais afetada são bebês e crianças pequenas de até 3 ou 4 anos.



Marcelo Matusiak


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