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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Lilás promove campanha de saúde bucal com distribuição gratuita de kits de escovação

 Ação passará pelas estações Campo Limpo, Largo Treze e Giovanni Gronchi, sempre das 10h às 14h, e contará com entrega de escova de dentes, pasta e fio dental

 

Seguindo em seu compromisso de promover o bem-estar aos passageiros que circulam diariamente por suas estações, a ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 5-Lilás de metrô de São Paulo, volta com a campanha de incentivo e cuidados com a saúde bucal. A ação, em parceria com o HASP - Hospital Adventista de São Paulo, vai distribuir gratuitamente kits com escova de dentes, pasta e fio dental. A entrega começa na próxima quarta-feira, dia 03 de janeiro, das 10h às 14h, na estação Campo Limpo, e segue nos dias 10 e 24 nas estações Largo Treze e Giovanni Gronchi, respectivamente, no mesmo horário.

Segundo a Federação Dentária Internacional (FDI), mais de 90% da população mundial irá sofrer alguma forma de doença bucal, como cáries, doenças periodontais e até câncer oral. Para contornar esse quadro, especialistas reforçam que os cuidados com a boca devem ser feitos diariamente, desde a primeira infância, com o aprendizado de como escovar os dentes, até a escolha de escovas adequadas e visitas regulares ao dentista.

Para chamar a atenção da população e incentivar a conscientização desses cuidados, além da distribuição de kits de escovação, os profissionais presentes na ação também irão orientar sobre prevenção e higienização e esclarecer dúvidas dos passageiros. Para garantir o distanciamento físico entre as pessoas e evitar aglomerações, colaboradores da ViaMobilidade acompanharão a ação.


Serviço:

Campanha "Projeto Saúde Bucal"

Sempre das 10h às 14h

Dia 03 de fevereiro - Estação Campo Limpo

Dia 10 de fevereiro - Estação Largo Treze

Dia 24 de fevereiro - Estação Giovanni Gronchi


Transações de veículos usados caem 4,17% em janeiro

Sazonalidade e fase vermelha em algumas cidades é uma das razões apontadas para a queda nas vendas.


As transações de veículos usados, considerando todos os segmentos automotivos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros), apresentaram retração de 4,17% em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2020.

Ao todo, foram transacionadas 1.159.997 unidades, em janeiro de 2021, contra 1.210.465, em janeiro de 2020. Na comparação com dezembro do ano passado, o resultado foi uma retração de 27,15%, quando foram transferidas 1.592.248 unidades.

“O mês de janeiro é, tradicionalmente, mais fraco em vendas de veículos, em função das despesas de início de ano das famílias, como as escolares, por exemplo. O agravamento do COVID-19 e o esgotamento das redes hospitalares, em algumas localidades, têm retornado o comércio à fase vermelha, o que limitou a atuação das Concessionárias nos finais de semana, principalmente, no final de janeiro. Tudo isso impacta nos resultados, e ainda temos, pela frente, o aumento o ICMS para veículos usados, no Estado de São Paulo, que representa quase 40% das vendas de usados do País”, avalia Alarico Assumpção Júnior, Presidente da FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, entidade que representa mais de 7 mil concessionárias no país.

Para os segmentos de automóveis e comerciais leves, as transações apresentaram queda de 5,15%, em janeiro/2021, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Ao todo, foram negociadas 869.169 unidades, no primeiro mês de 2021, contra 916.360 unidades, em janeiro de 2020. Em relação a dezembro do ano passado, quando foram comercializadas 1.204.904 unidades, houve queda de 27,86%.

Do total de automóveis e comerciais leves transacionados, os seminovos, com 1 a 3 anos de fabricação, representaram 9,69% das negociações, realizadas no primeiro mês de 2021. Em janeiro/2021, a relação entre novos e usados ficou em 5,3 automóveis usados para cada novo comercializado no País.


Desafios em São Paulo

“A partir de fevereiro, deveremos sentir os impactos do aumento abusivo do ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, sobre os veículos usados, no Estado de São Paulo. Esse aumento, de 207% na alíquota do ICMS, inviabiliza o mercado formal, ameaça o fechamento de empresas, compromete empregos e ainda onera o preço dos carros aos consumidores/contribuintes. Tudo isso em meio a uma pandemia que ainda assola a economia”, criticou Assumpção Júnior.

Segundo o Presidente da FENABRAVE, a Federação, o SINCODIV-SP (Sindicato que representa as 1.700 Concessionárias do Estado de São Paulo) e outras entidades do setor chegaram a se reunir, várias vezes, com representantes do Governo estadual, sem sucesso. “Tentamos explicar que o Governo de São Paulo insiste em chamar de benefício fiscal o que, na verdade, trata-se de uma redução de base de cálculo, um mecanismo já utilizado para implementar a não cumulatividade do ICMS, na venda de veículos usados, para que fosse tributada apenas a margem do comerciante e não o valor total da Nota Fiscal. Essa redução da base de cálculo decorre do fato de que o veículo usado, vendido pelo consumidor para o concessionário, é um bem que já não está inserido no ciclo econômico, pois já pagou impostos quando era novo.

Mas, agora, via decreto, o Governo quer mudar uma lei e pretende se apropriar, de forma confiscatória, de mais de 50% da margem da comercialização desses veículos. E é importante ressaltar que, para sobreviver, os comerciantes precisam ter uma margem média entre 8% e 10%”, desabafa o Presidente da FENABRAVE.


Como era e como ficou o ICMS para veículos usados no estado

Segundo Assumpção Júnior, a redução da base de cálculo, da alíquota incidente sobre o veículo usado, que era de 90% (desde 2017), NUNCA FOI UM BENEFÍCIO FISCAL. Até 15/01/2021, em uma venda de um veículo usado de, por exemplo, R$ 50.000,00, o Estado de São Paulo concedia a redução da base de cálculo de 90%, para que fosse tributada apenas a margem do comerciante e não o valor total da Nota Fiscal. Com o decreto, a redução da base de cálculo passou a ser de apenas 69,3%.

“Antes, um veículo usado, comercializado a R$50.000,00, com margem bruta de R$5.000,00, tinha alíquota de 18% equivalente a 1,8% do valor total do bem comercializado arrecadando, assim, R$ 900,00 na operação. Com a elevação de 207%, na alíquota do ICMS, no mesmo exemplo, de uma venda de veículo usado de R$ 50.000,00, a alíquota de 18% passou a incidir sobre R$ 15.530,00 e não mais sobre R$5.000,00, gerando uma carga equivalente a 55,3% sobre a margem bruta, totalizando arrecadação de R$ 2.765,00 ao invés dos R$900,00 anteriores.

Ou seja, o Governo do Estado de São Paulo fica com mais de 55% da margem bruta do comerciante, que ainda terá de pagar os demais custos operacionais.... Quem consegue sobreviver a isso?”, contesta Alarico Assumpção Júnior.


Acompanhe, na tabela a seguir, os dados de transações de veículos USADOS para cada segmento automotivo

 

 

Devo fazer contrato com digital influencer ?

Não foram poucas as novas oportunidades de trabalho que o mundo digital proporcionou as pessoas e empresas, sendo a internet uma imensidão infindável de ideias, informações e projetos em curso no universo virtual.

Sites de venda, conhecidos como "E-Commerces", Cursos Online, E-Books e Mentorias, cotidianamente chamados de "infoprodutos" e os conhecidíssimos Influenciadores Digitais, foco deste artigo.

A maioria tem conhecimento das frequentes parcerias, permutas e serviços que são contratados junto aos perfis com capacidade de influenciar, em tese, um número expressivo de pessoas na rede social.

O Instagram, especialmente, é muito utilizado para essa finalidade, de modo que o influenciador é contratado, em regra, para fazer os conhecidos "publiposts", que são postagens falando bem da marca ou estabelecimento contratante, em uma determinada quantidade, estilo e frequência e, para isso, recebe valores, produtos ou serviços.

Como é uma relação muito peculiar e relativamente nova, as pessoas ainda insistem em não fazer contratos. Ora por confiar no influenciador, ora por não ver valor na confecção da minuta, ora por negligência mesmo. Além daqueles que ignoram a importância do contrato, ainda existem aqueles que se utilizam de modelos pegos na internet, sem personalização alguma, sem adequar a realidade específica do modelo de parceria ao documento, gerando um risco tão extenso quanto se inexistisse contrato.

Dentro dessa perspectiva, para aqueles mais cautelosos, dispostos a criar relações seguras, transparentes e profissionais, listo aqui alguns temas e cláusulas que não podem faltar no seu contrato com seu influenciador digital, em razão da minha experiência e atuação no assunto.

Delimitar de maneira clara e detalhada, o que compreende o trabalho do influencer. Quantas Postagens Publicitárias em favor da sua marca ele deve fazer; Em qual rede social ela deverá ser veiculada; A forma da veiculação, se em forma de vídeo, exposição no "Feed", nos "Stories", por quanto tempo, entre outros pormenores eventualmente existentes.

Um contrato que só estabelece obrigações para o contratado é inválido. Contratos devem ser equilibrados e uma característica onde se avalie essa simetria é nas obrigações de cada parte. Como obrigações coerentes e clássicas deste tipo de contrato para quem contrata temos: Proporcionar um ambiente adaptado para produção de conteúdo e divulgação; Repostar as postagens do Influencer na página da empresa ou perfil pessoal; Pagar, por óbvio; Respeitar o limite de trabalho definido em contrato, entre outras adaptáveis a cada caso.

Estar disponível nos dias de gravação, se houver, os quais deverão ser marcados com antecedência; Veicular as postagens como combinado na perfil "@fulano", conforme contrato, sob pena de inadimplência contratual; Não fazer concorrência para empresas do mesmo setor no período do contrato; Cumprir estritamente o que foi delimitado como forma de postagem, por exemplo: estilo "carrossel" (várias fotos em sequência), tempo máximo de stories.

O pagamento de honorários ou recebimento da contraprestação em forma de permuta, como um procedimento de harmonização facial, por exemplo, é interessante que seja vinculado ao cumprimento do serviço, como um estímulo para o respeito ao contrato.

Sendo um serviço com características autônomas, cotidianamente conhecido como "freelancer", importante deixar contratualmente claro que a relação se dá sem configuração de vínculo empregatício.

Essencial deixar regulamentado também a obrigação ou não do(a) Influencer Digital de manter a foto postado no seu perfil. Caso haja a obrigação, por quanto tempo ela se dará, para se evitar maiores frustrações. Qualquer informação de caráter sigiloso deverá ser mantido no foro privado, sob pena de multas altas. É importante deixar descrito o que é considerado confidencial.

Além desses tópicos, as regras de Rescisão de Contrato, Multas por descumprimento das cláusulas e outras compatíveis com o modelo da parceria não podem ser esquecidas.

Além disso, você pode sempre veicular a hipótese de constar "anexos" no contrato, os quais terão força de cláusulas e deverão ser cumpridos da mesma forma, como cronograma de postagens, modelos de fotos para servir de referência, entre outras possibilidades.

Nunca esqueça, no mundo jurídico, o que não foi formalizado e documentado (off-line ou online), basicamente não foi feito. Não deixe para se arrepender depois que o problema já ocorreu. Se projeta previamente. É mais barato e eficiente.

 


Guilherme Juk Cattani - advogado 

Com a nova determinação do CDC, uso de máscaras faciais nos aeroportos e aeronaves agora é exigência federal nos Estados Unidos

 Segundo a determinação do CDC, estão isentas do uso de máscara apenas 
pessoas com deficiência e crianças com menos de 2 anos (Crédito: Divulgação)

A lei federal entra em vigor nesta terça-feira, 02 de fevereiro, por meio de uma Diretiva de Segurança expedida pela TSA

 

Nesta terça-feira, 02 de fevereiro, o uso de máscara ou cobertura facial em aeroportos e a bordo de aeronaves se torna lei federal nos Estados Unidos. Isso se dá depois que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) do país emitiram na sexta-feira, 29 de janeiro, uma determinação de uso de máscara que se baseia em uma ordem executiva expedida em janeiro pelo presidente Joe Biden. O novo mandato será aplicado por meio de uma Diretiva de Segurança despachada pela Administração de Segurança dos Transportes (TSA, na sigla em inglês) e se destina a clientes e funcionários. 

“A rejeição ao uso de máscara a bordo de uma aeronave da Delta e ao longo da experiência de viagem pode resultar em recusa de embarque, remoção do avião e até mesmo penalidades civis sob a lei federal”, disse o vice-presidente sênior de Segurança Corporativa, Segurança e Compliance, David Garrison. “Essa nova determinação é uma bem-vinda diretiva do CDC e fornecerá um apoio muito necessário para a própria política de uso de máscara da Delta, que está em vigor desde maio do ano passado”. 

Usar a peça é uma das maneiras mais importantes pelas quais os clientes e funcionários da Delta podem ajudar a prevenir a disseminação da COVID-19. Até o momento, a companhia baniu aproximadamente 950 pessoas por se recusarem a cumprir a política de utilização do acessório seguida pela própria companhia aérea. 

A determinação do CDC oferece isenções limitadas a pessoas com deficiência e crianças menores de 2 anos de idade. Em julho de 2020, a Delta implementou um processo de isenção para clientes com condições que os impedem explicitamente de usar uma máscara facial com segurança. Os viajantes com deficiência que não podem pôr o acessório por motivos relacionados à sua restrição são fortemente encorajados a reconsiderar o embarque ou devem estar preparados para concluir o processo de "Autorização para Voar" da empresa aérea, que inclui consulta com um profissional terceirizado da área médica antes da partida no aeroporto. 

Isenções também se aplicam quando ao passageiro for solicitada a remoção temporária da máscara para fins de verificação de identificação ou por breves períodos ao comer, beber ou ingerir medicamentos orais. Períodos prolongados de remoção da peça não serão permitidos para comer ou beber, e a proteção facial deve ser usada enquanto não se estiver mastigando ou bebendo algum líquido. 

O CDC especificou os tipos de máscaras permitidas para viagens, que podem ser encontrados aqui. A Delta recomenda uma máscara cirúrgica ou médica, uma máscara sintética ou de tecido feita com material de 3 ou 4 camadas firmemente costurado ou um respirador sem válvula (N95 ou KN95). 

Os passageiros também podem aproveitar o mapa interativo fácil de usar no Delta.com, que descreve as restrições de viagens ao redor do mundo, já que muitos países têm exigências de uso de máscaras adicionais às requisitadas pelos Estados Unidos. 

O mandato federal da máscara será comunicado aos clientes usando os mesmos canais pelos quais a emprersa aérea compartilha mudanças no serviço e experiências durante a pandemia de COVID-19. O site Delta.com, e-mails pré-voo e notificações push do aplicativo Fly Delta servirão como lembretes antes da ida para o aeroporto, enquanto a sinalização, os displays e, é claro, o incrível pessoal da Delta, apoiarão esse pedido por meio de anúncios feitos durante a viagem. 

Embora a companhia continue a incentivar os clientes a trazerem sua própria cobertura facial ao embarcar num voo da Delta, os suprimentos estarão disponíveis para os viajantes que precisarem deles. 

As informações em português também estão aqui. E, para ficar a par de todas as novidades da Delta, clique aqui.


Terminei meu casamento. Como pagar as despesas da casa sozinha?


Você se divorciou e está com muita dúvida se vai conseguir pagar as contas do mês, principalmente no ítem relativo à "moradia"? Você continua na sua casa e o parceiro se mudou ou foi você que trocou de endereço? Não importa. Se o relacionamento acabou, se o parceiro foi ou ficou, o que interessa é apenas uma coisa: agora é você e sua casa. E o melhor nessa hora é fazer uma faxina para se desapegar do que não é mais necessário ou daquilo que traz lembranças da união. Jogar fora objetos e fotos - ou guardá-los em uma caixa bem longe do seu campo de visão - pode fazer bem. Mas um dos fatores que mais preocupa nessa fase da separação é como assumir os gastos com a casa sozinha. Não é simples.

Faça uma lista de todas as despesas com a moradia. Aluguel, condomínio, energia elétrica, água, IPTU. Se perceber que não conseguirá arcar com isso tudo - até porque o seu marido contribuia com o pagamento - e não tem reserva financeira para se refazer e começar a ter a sua independência financeira, vá morar com seus pais, com amigos ou até com familiares. Não tenha vergonha de pedir ajuda.

Calma, será por tempo limitado, se você fizer bem a lição de casa. Difícil pensar nisso? Sim, mas é melhor seguir esta instrução, aproveitar o momento e guardar dinheiro para o retorno de sua vida solo mais adiante, pois se assim não fizer poderá assumir mais e mais despesas e até dívidas e deixar a sua vida financeira virar uma bola de neve.

Pense assim: não estou regredindo, estou apenas agindo pela razão. Dentro em breve terei o meu cantinho para viver, sem ter que compartilhar o espaço com outras pessoas. Aproveite para fazer o seu planejamento financeiro baseado na sua vida atual, esqueça suas finanças de antes, pense de agora em diante como fará para gerir sozinha o seu dinheiro.

Pode ser que você fique um pouco triste. Afinal, é muito bom ter liberdade para decorar sua casa, poder ter espaço para receber os amigos, mas se não dá, o jeito é adaptar-se às novas circunstâncias. O importante é ter foco na administração das finanças. Depois que tudo isso passar e você estiver com dinheiro e independência financeira, vai ficar muito feliz!

Se você precisa de ajuda e orientação sobre esta e outras questões, lembre-se do Idivorciei, que conta com vários serviços e orientações de especialistas em dez áreas prioritárias: saúde emocional, assessoria financeira, assessoria jurídica, carreira profissional, cursos, moradia, bem-estar, viagens, compras e relacionamentos. Assim, pode ser mais fácil, ou menos doloroso, virar a página e recomeçar.

Força, coragem! Você pode mais do que imagina!

 


Pedro Braggio - educador e terapeuta financeiro, colaborador do site Idivorciei

https://www.idivorciei.com.br


Alerta: não publique foto do seu cartão de vacinação Covid-19 nas redes sociais


O PDK, escritório de advocacia especializado em proteção de dados pessoais/segurança da informação, telecomunicações, mídia e tecnologia, alerta para que as pessoas que já tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19 não publiquem foto do seu cartão de vacinação na internet. Além do comprovante ter o nome completo do cidadão, há ainda informações sobre a unidade onde a vacina foi aplicada, quando foi feita a vacinação, o lote utilizado, a fabricante, o vacinador e a data quando a segunda dose deverá ser tomada. Em mãos erradas, essas informações podem gerar diversos riscos, inclusive a falsificação dos cartões de vacinação. De acordo com o Consórcio de veículos de imprensa, cerca de 2.220.216 pessoas receberam a primeira dose no Brasil. Recentemente, o escritório publicou um e-book sobre o impacto da proteção de dados no setor de saúde que pode ser baixado gratuitamente em http://bit.ly/2YyphGb.

Aviação continua apoiando a luta contra COVID-19 com o transporte e distribuição de vacinas

O setor de aviação desempenha um papel chave no que tem sido o momento logístico mais difícil da história - o transporte rápido e eficiente das vacinas de COVID-19 pelo mundo.

Em um período de semanas, cadeias de frio globais, regionais e locais devem ser estabelecidas para o transporte dessas vacinas de seu local de produção para os pontos de vacinação. Por isso, autoridades da saúde e segurança promulgaram planos de distribuição que incluem missões reserva e a entrega por meio de aeronaves militares e comerciais.


Argentina, o voo mais longo

A Aerolíneas Argentinas disponibilizou um A330-200 reconfigurado para o transporte de vacinas da Rússia, de forma a cumprir os requisitos de refrigeração que garantem a chegada segura. A partir da quarta semana de janeiro, a companhia transportou dois carregamentos de 300.000 vacinas Sputnik-V e deve enviar aeronaves adicionais para garantir a chegada de um milhão de vacinas como parte de um acordo para fornecer um total de cinco milhões.

Em termos de distância, este foi o mais longo voo direto da Aerolíneas Argentinas - um voo de ida e volta de 40 horas, incluindo escala em Moscou.


Brasil, um desafio de mais de 8,5 milhões de km²

No Brasil, o governo iniciou a distribuição da vacina CoronaVac como parte de seu plano de imunização, por meio de uma operação que contou com o apoio tanto dos militares quanto das principais companhias aéreas do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou vários de seus aviões de carga para distribuir 44 toneladas de vacinas em dois dias para 12 cidades do país, cumprindo sua missão 24 horas antes do previsto.

Entre as aeronaves utilizadas pela FAB para distribuição das vacinas contra COVID-19, um Airbus C295 foi encarregado de transportar para dois estados do sul do Brasil: Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Diversas forças de segurança locais têm contribuído para a distribuição de vacinas em vários estados do país. Em Minas Gerais, a frota aérea do corpo de bombeiros, composta por um Airbus H125, um H145 e um avião, foi responsável pelo transporte de 560 mil doses. No Mato Grosso, os helicópteros H125 e AS365 do Exército levaram 65,7 mil vacinas; em Alagoas, os H125 da Segurança Pública distribuíram 70 mil doses; no Ceará, um H135 e um H145 da coordenação aérea local movimentaram mais de 200 mil frascos para os municípios distantes da capital.

Já no Paraná, um Airbus H135 da polícia local distribuiu vacinas em seis municípios; no Maranhão, helicópteros H125 e outras aeronaves apoiaram a distribuição de mais de 160 mil doses em 217 municípios; e em Sergipe, um H125 do grupo tático aéreo local transportou 48 mil vacinas.

Enquanto isso, a LATAM Airlines, por meio de seu programa Avião Solidário, transportou 513 caixas de vacinas - equivalentes a uma carga de 15 toneladas; A Azul Linhas Aéreas transportou 927 caixas com mais de dois milhões de doses para 12 cidades com suas aeronaves A320 e A330, bem como em voos regulares de passageiros e carga - entregues em 14 horas - e a Gol Linhas Aéreas, pelo serviço de carga GOLLOG, também disponibilizou aeronaves para transporte de vacinas para quatro cidades do Brasil.


Chile, a indústria se une por um objetivo em comum

No final do ano passado, autoridades chilenas começaram a disponibilizar diversas aeronaves para distribuir as vacinas da Pfizer-BioNTech para diferentes regiões do país, incluindo um BK117 da divisão aérea da polícia nacional e um Airbus AS365 da Marinha Chilena. Além disso, um H125 da Servicios Aéreos SumaAir transportou 85 doses da vacina de COVID-19 de Santiago para um hospital na cidade de Quilotta.

Nos últimos dias, LATAM, SKY e JetSMART transportaram vacinas tanto do exterior quanto dentro do território nacional do Chile, para continuar a árdua tarefa logística de distribuição.


México, conectando um país pelo ar

Após a chegada da primeira grande remessa de vacinas, o governo mexicano começou a implementar seu plano de distribuição da vacina de COVID-19, que inclui oito rotas aéreas para distribuir aproximadamente 440.000 vacinas da Pfizer-BioNTech. A Secretaria de Defesa Nacional (SEDENA) disponibilizou oito aeronaves - entre elas, três aviões Airbus C295 e um helicóptero Airbus H225M, para realizar as entregas em menos de 24 horas em 25 estados do sul, centro e noroeste do México.

Da mesma forma, a SEDENA realizou várias operações com sua aeronave C295 no transporte de equipes médicas de diferentes estados para a Cidade do México para promover a luta contra a pandemia, bem como para distribuir suprimentos médicos e novos carregamentos de vacinas para cidades do norte e sul da capital.

Por sua vez, a Secretaria da Marinha (SEMAR) disponibilizou quatro aeronaves para contribuir com o plano de distribuição, entre elas um helicóptero Airbus AS565MBe, que se encarregou de transportar quase 7.000 doses em três estados do noroeste e leste do país. O México foi o primeiro país da América Latina a estabelecer uma rede de distribuição de vacinas aéreas, que até agora operava exclusivamente com a ajuda de aeronaves e helicópteros das Forças Armadas.

No restante da região, Costa Rica, Equador e Panamá receberam suas primeiras doses da vacina graças à ação conjunta com operadores comerciais e de carga, enquanto países como Colômbia e Peru estão prontos para receber seus primeiros embarques de doses nas próximas semanas. Na Colômbia, operadores nacionais e europeus ofereceram suas aeronaves para fornecer vacinas ao terceiro país mais populoso da região.


Um desafio que vai além da produção e transporte

Sendo o setor farmacêutico o responsável pela produção de vacinas, os setores de aviação e logística têm se esforçado para cumprir não só o desafio da distribuição, mas também o de seu armazenamento seguro. As companhias aéreas têm disponibilizado suas aeronaves em modo "ferry" (decolando vazias, apenas a tripulação necessária) em rotas regionais e intercontinentais, e outras que disponibilizaram parte de seus porões de carga em voos comerciais para as autoridades, a fim de transportar vacinas gratuitamente.

Em resposta às necessidades imediatas das companhias aéreas de se preparar para a entrega de vacinas em todo o mundo, a Airbus forneceu, em colaboração com os órgãos reguladores da indústria aeroespacial, materiais técnicos e informativos aos seus clientes e operadores para aumentar o compartilhamento de melhores práticas em relação ao transporte de gelo seco nos porões de carga inferiores e principais. Além disso, outras variáveis ​​como normas de saúde e segurança, bem como a ventilação, devem ser consideradas para garantir a administração segura das vacinas. Para este fim, a Airbus promoveu webinars em grupo, consultorias individuais, especificações técnicas e materiais informativos específicos.


Sobre a Airbus

A Airbus é líder global em aeronáutica, espacial e serviços relacionados. Em 2019, gerou receitas de € 70 bilhões e empregou cerca de 135.000 profissionais. A empresa oferece a gama mais abrangente de aviões de passageiros e é líder europeia no fornecimento de aeronaves-tanque, de combate, transporte e missões, bem como uma das principais empresas espaciais do mundo. No segmento de helicópteros, a Airbus fornece as soluções civis e militares mais eficientes do mundo.


Saiba como ajustar a prestação de contas e a previsão orçamentária dos condomínios em tempo de pandemia

O especialista em assuntos condominiais, Dr. Wilker Lucio Jales, orienta síndicos e moradores em como manter a organização dos gastos do condomínio com base nas mudanças ocasionadas pelo período de isolamento


Prestação de contas e previsão orçamentária são temas indispensáveis nas reuniões das assembleias ordinárias dos condomínios, que ocorrem geralmente no primeiro trimestre do ano. Esse é o momento onde moradores e síndicos discutem assuntos do interesse coletivo. Neste ano, os administradores e condôminos vão enfrentar o desafio de organizar todo orçamento após o ano de 2020, onde o período atípico causado pela pandemia da COVID-19, fez com que os gastos com manutenções e despesas sofressem grandes alterações.

A base para o planejamento da previsão orçamentária, geralmente, vem do balanço dos gastos do ano anterior. Mas a pandemia trouxe uma nova formulação dos gastos nos condomínios. Com o isolamento social e o fechamento das áreas comuns, ocorreram algumas economias em manutenções e despesas coletivas, mas por outro lado, alguns condomínios aproveitaram para realizar manutenções e ampliar espaços, trazendo melhorias para os condôminos.

Para o advogado especialista em assuntos condominiais, Dr. Wilker Lucio Jales, a assembleia ordinária é o momento em que síndicos e moradores precisam debater o melhor para o bem coletivo de forma rápida e transparente.

As despesas do ano, assim como as contribuições de cada unidade são assuntos destacados nas assembleias ordinárias, onde síndicos e moradores ajustam o melhor para a comunidade, lembrando sempre das previsões anteriores para que não existam surpresas no futuro. A participação efetiva dos condôminos e síndicos é a garantia de uma previsão orçamentária justa e equilibrada, e orienta como preparar um planejamento mais próximo possível da realidade do condomínio.

O advogado também orienta os moradores para que estejam atentos aos possíveis acréscimos nas taxas condominiais “Esse é o momento em que síndicos e condôminos precisam trabalhar juntos, para chegarem aos melhores números e a previsão orçamentária mais justa e real possível, para não onerar o condômino, e ao mesmo tempo, não deixar de fazer as manutenções que são necessárias e obrigatórias no condomínio”, orienta.

Uma outra sugestão do especialista é que os síndicos analisem, com cuidado, as previsões anteriores considerando os reajustes e também os gastos com o possível fim do isolamento e a reabertura das áreas comuns, sem esquecer da inadimplência caso ainda existam pendências. Para Wilker, ter uma boa assessoria contábil é muito importante para que haja uma análise criteriosa dos dados, de forma transparente e segura.

Outro fator importante a ser observado são as normas de segurança. Para evitar a aglomeração, conforme as orientações dos órgãos responsáveis pela saúde em todo o mundo, as reuniões condominiais podem ser realizadas de forma virtual.

A Lei n° 14.010/2020 instituiu normas de caráter transitório e emergencial para a regulação de relações jurídicas de Direito Privado em virtude da pandemia do coronavírus (Covid-19), entre elas a Assembleia Virtual. O motivo de sua criação foi a pandemia, assim, ainda que tenha vigorado apenas até 30 de outubro de 2020, a verdade é que a pandemia ainda continua,  permitindo a interpretação de que "enquanto durar a pandemia, o condomínio pode se utilizar da assembleia virtual, independente da data de vigência da lei", entende o especialista.

A tecnologia contribui de forma eficiente para que os condôminos possam participar de forma democrática, estando on-line de qualquer lugar, o que inclui até os moradores que estejam em viagem.  ”O contato digital é a nova forma de comunicação neste período de isolamento”, reforça o  Dr. Wilker.

 



Dr. Wilker Lucio Jales – Advogado inscrito na OAB Seccional de Brasília-DF sob o n° 38.456, militante no Distrito Federal e Estados vizinhos, sócio proprietário do escritório Jales & Gomes Advogados, com atuação nas áreas cível, contratual, imobiliário e condominial desde 2013. Especialista em Direito Civil, Processual Civil, Imobiliário, Negocial e em Direito e Parlamento, com artigos publicados no Portal Condomínio no Play, tendo realizado diversas palestras em condomínios.

https://www.instagram.com/wilkerjales/


Detran.SP vai enviar 740 mil notificações de multas até setembro

 Desde janeiro deste ano, o órgão estadual de trânsito está enviando notificações de infrações aos condutores

 

 

O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) informa que as notificações de infrações cometidas no período entre 26 de fevereiro e 30 de novembro de 2020 estão sendo enviadas gradualmente aos motoristas. O prazo segue a Resolução nº 805 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que obedece a um cronograma de 10 meses, contados a partir da data de cometimento da infração (veja o cronograma abaixo). 

 

Até o último dia 26 de janeiro, 179.456 mil notificações de autuação registradas pelo Detran.SP foram encaminhadas aos condutores do Estado de São Paulo e cerca de 740.397 serão enviadas até setembro de 2021, finalizando o cronograma de envio das notificações de infrações cometidas entre fevereiro e novembro/20, período em que os prazos estavam suspensos pelo Contran.

 

Importante: não é preciso que o cidadão se desloque até uma unidade do Detran.SP ou Poupatempo para buscar informações, pois as notificações serão enviadas de acordo com o cronograma e os prazos para defesa de autuação, indicação de condutor e recursos foram estendidos, respeitando as regras previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

 

Prazos para defesa e interposição de recurso

 

Conforme determina o CTB, a partir da expedição da notificação o prazo é de 15 dias para apresentação de defesa prévia ou indicação de condutor, e de 30 dias para interposição de recurso em 1ª instância na Jari (Junta Administrativa de Recurso de Infração) ou em 2ª instância ao Cetran-SP (Conselho Estadual de Trânsito de SP).

 

Vale reforçar aos condutores que, a partir de 01 de dezembro de 2020, todos os processos e procedimentos de trânsito dos órgãos que compõem o Sistema Nacional de Trânsito foram restabelecidos normalmente para envio das notificações, interposição de defesa, indicação de condutor e recursos.

 

No caso de multas aplicadas pelo Detran.SP, os recursos podem ser feitos online pelo portal – www.detran.sp.gov.br - e aplicativo Poupatempo Digital. Caso o cidadão prefira, o recurso e indicação de condutor também podem ser realizados via Correios.

 

Os pontos tem validade de 12 meses. Após esse período, não tendo o motorista atingido o limite máximo de 20 pontos, eles são excluídos sem nenhum prejuízo ao cidadão.

 

Mas como houve a interrupção dos prazos para recursos, envio de notificações e instauração de processos de suspensão, somente agora com a retomada é que as informações serão atualizadas em sistema e excluídas. Isso caso o motorista não tenha cometido outras infrações que possam resultar na instauração de um procedimento administrativo de suspensão.

 

Antes de recorrer, verifique o órgão de trânsito responsável

 

Para recorrer às autuações é necessário que o condutor verifique qual foi o órgão responsável pelo registro da infração cometida. Caso contrário, o cidadão pode enviar o recurso à instituição errada e acabar perdendo os prazos para se defender. O nome do órgão autuador pode ser consultado no cabeçalho da notificação de autuação.

 

Em geral, as autuações do Detran.SP dependem de abordagem do condutor para serem efetivadas, como, por exemplo, falta de licenciamento, habilitação vencida e embriaguez ao volante. Cabe esclarecer ainda que o órgão estadual de trânsito não multa por meio de radar nem autua em rodovias.




A ESTUDANTE E A “PROVA LAICA”

Transformando suas aulas em verdadeiros ritos sacrificiais, certos professores imolam a política, a filosofia e a história com o objetivo final de apequenar as mentes e conquistar os corações dos alunos para “a causa”.

Exagero? Infelizmente não. A Educação em geral e as universidades em particular são um cacife político importantíssimo, no Brasil como em Cuba. Quantos atos de formatura dão prova pública do que afirmo? Estes tempos de covid-19, suspenderam tais solenidades. No entanto, até 2019, como legado dos anos de hegemonia revolucionária, formaturas foram virando comícios políticos. Os convidados, engravatados por respeito ao ato solene, enfrentavam o calor do verão em homenagem a formandos que aproveitavam o público para desabafarem suas animosidades políticas. Era festejado como triunfo o que deveria ser interpretado como confissão de culpa do sistema e expressão ruidosa da obstinada imposição de silêncio à divergência. O pluralismo e a universalidade deixaram de ser inerentes a muito ambiente acadêmico.

         A dita “defesa da autonomia” deve ser entendida, principalmente, como defesa da hegemonia. Para isso, mobilizam-se as universidades federais com o intuito de impedir que o presidente da República exerça prerrogativa a ele conferida pela lei e escolha, de listas tríplices, os nomes de sua preferência. Preservação da autonomia? Não, mecanismo de autoproteção porque é ali, como bem observou José Dirceu, que se conquistam os corações e as mentes.

***

Apenas portais e sites católicos noticiaram o fato que dá título a este artigo. Uma estudante foi obrigada pela fiscal do ENEM a retirar o escapulário e uma dezena do rosário que trazia ao pulso como condição para poder participar da prova. Alegação lacradora: “A prova é laica!”. Li a notícia no excelente Tribuna Diária, acrescida da informação: “A Associação Nacional dos Membros do Ministério Público acionou o MP/SP para que instaure representação por crime de preconceito religioso, etc.”.

Pois foi exatamente sobre esse tipo de objetivo político/ideológico que escrevi o artigo “Sem virtudes, sem valores e sem vergonha” (1). Para arrastar a sociedade de um país essencialmente cristão na direção de um regime totalitário é necessário investir contra o cristianismo presente no espaço público, em nome da laicidade do Estado. Por quê? Porque convence as pessoas de que a fé é inerente ao indivíduo e tem dimensão privada, incompatível com o Estado e os espaços públicos. Na sequência, facilitado por esse “entendimento”, ganham caráter relativo e subjetivo também os princípios e valores correspondentes a essa fé, que perderiam, assim, o direito de se manifestar publica ou politicamente.

Como consequência, questões envolvendo princípios e valores morais se tornam prerrogativa do Estado (confiram com as falas de ministros do STF). Tal receita nos leva em marcha batida à perda das liberdades e ao totalitarismo. Ele já se expressa, entre nós, na rejeição ao Direito Natural e no silêncio imposto a Aristóteles, Tomas de Aquino, Francisco Suárez e a tantos filósofos conservadores e liberais contemporâneos. A toda divergência, enfim.

É o laicismo assumindo-se como artefato bélico da revolução cultural, cujo objetivo é bem conhecido.

* Publicado originalmente em Conservadores e Liberais, o site de puggina.org

(1) https://www.puggina.org/artigo/sem-virtudes,-sem-valores-e-sem-vergonha__17352*

 


Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.


Em 2020, comércio paulistano perdeu maior número de empregos formais da série histórica da FecomercioSP

Setor de serviços registrou o segundo pior resultado desde que a pesquisa começou a ser realizada, em 2010

 
Com 32.532 empregos celetistas a menos, o comércio da cidade de São Paulo fechou 2020 com a pior taxa de empregabilidade da série histórica da Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP), elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) desde o início de 2010. O setor sofreu um enxugamento de 3,78% nos seus postos de trabalho em relação a 2019, puxado principalmente pela queda brusca das vagas formais no varejo (-22.127) – atividade mais prejudicada desde a chegada da pandemia ao País, em março do ano passado.
 
Antes, o ano mais negativo havia sido 2015, quando o comércio também teve mais demissões do que admissões, fechando aquele período com 27,1 vagas formais a menos. 

 
O desempenho do setor de serviços paulistano, em 2020, seguiu trajetória semelhante ao do comércio: perda de 34.960 empregos celetistas ao longo do ano, o que representa o segundo pior resultado da série histórica, atrás apenas das 53.605 vagas perdidas em 2016. Os números ruins, neste caso, foram puxados pelas atividades de alojamento e alimentação, que sofreram com as restrições de circulação ao longo do ano passado e, assim, ficaram com 49.439 postos de trabalho formais a menos. 

 
Para a FecomercioSP, apesar dos recordes negativos, a pesquisa apresenta um cenário melhor do que o previsto durante o auge da pandemia, entre os meses de março e junho: à época, a retração significativa dos empregos fez com que muitos analistas prognosticassem o pior ano da história de ambos os setores, na cidade. No entanto, a recuperação iniciada a partir do segundo semestre foi, da mesma forma, intensa: entre junho e dezembro, o comércio recuperou cerca de 90% das perdas de empregos daquele período, enquanto os serviços reviram 60% das vagas que tinham sido fechadas. O setor, vale lembrar, chegou a bater um recorde de seis anos em outubro, quando as 61.849 vagas formais abertas representaram o melhor desempenho para um mês desde fevereiro de 2014.
 
Para o comércio paulistano, depois do varejo, as atividades que mais perderam postos de trabalho foram as lojas de vestuário e acessórios (-8.725), seguidas pelos atacadistas (-6.496) e pelas concessionárias de veículos (-3.909).


 
Estado também registra quedas expressivas


Os desempenhos negativos do mercado de trabalho do comércio e dos serviços na cidade de São Paulo foram os principais responsáveis pela queda da empregabilidade do Estado ao longo de 2020.
 
Segundo a PESP, os comerciantes paulistas fecharam o ano passado com 29.306 vagas formais a menos do que em 2019, encabeçado quase totalmente pelo varejo, que viu sua mão de obra perder 20.531 postos.
 
O primeiro semestre de 2020 registrou o pior desempenho desde o início da série histórica da pesquisa no Estado, com retração de 159.143 empregos formais.
 
Os serviços também fecharam o ano passado no negativo: 41.687 vagas celetistas perdidas. Neste caso, as retrações de 101.181 postos de trabalho nas atividades de alojamento e alimentação e de 19.502 na área da educação só não puxaram o desempenho de 2020 para um recorde histórico absoluto porque, por outro lado, o setor de saúde humana e serviços sociais abriu 33.431 novos colaboradores no mesmo período, enquanto as atividades administrativas e complementares tiveram uma expansão de 59.782 admissões no mercado de trabalho.
 
No caso do setor de serviços, os resultados da capital foram fundamentais para o balanço negativo: o saldo de empregos na cidade correspondeu a 84% do total do Estado, de acordo com a Federação.


 
O que esperar dos próximos meses?


Se os números de 2020 não são animadores, a perspectiva para o início de 2021 também não é das melhores. No entendimento da FecomercioSP, a tendência é que a já conhecida redução de empregos no primeiro trimestre – quando as empresas demitem os funcionários temporários do fim do ano anterior – seja ainda maior agora.
 
Isso porque a segunda onda do covid-19 limita novamente a circulação de pessoas e, em alguns casos, obriga muitos negócios a fechar as portas por longos períodos. A maior parte das regiões do Estado de São Paulo está, atualmente, na fase vermelha do Plano São Paulo, assim como foi nos piores meses de 2020.
 
Além dela, o fim do auxílio emergencial – que serviu como um alívio para o orçamento familiar e manteve o consumo aquecido – deixa o cenário ainda mais desafiador. No contexto econômico, os aumentos da inflação e dos juros e o desemprego, como se vê nesta pesquisa, complexificam ainda mais este início de ano.


 
Nota metodológica


A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo – (PESP) passou por uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.

 

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