Pesquisar no Blog

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Prevenção ao suicídio: Seconci-SP alerta para este problema de saúde pública

Esta é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos

 

O Brasil registra cerca de 12 mil casos de suicídio por ano e, no mundo, são mais de um milhão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Aproveitando o Setembro Amarelo e o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10/9), a psiquiatra do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), Amara Alice Darros, chama atenção para este grave problema de saúde pública, que é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, ficando atrás apenas dos acidentes de trânsito.

De acordo com o Ministério da Saúde, 96,8% dos suicídios estão relacionados a transtornos mentais. O primeiro deles é a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias lícitas e ilícitas. “Ainda há um grande preconceito relacionado às doenças da mente e o estigma em procurar o psiquiatra, visto como ‘médico de louco’. Isso atrapalha a busca por ajuda. As pessoas deveriam ver as doenças de saúde mental como as demais, pois elas são tratáveis”, afirma dra. Amara. 

Alguns fatores estressores como desemprego, separação conjugal, abusos físicos ou sexuais, conviver com doenças crônicas por um longo período e o tratamento de um câncer podem levar pessoas vulneráveis e mais fragilizadas a atentar contra a própria vida. “Este momento excepcional que estamos vivendo, em razão da pandemia da Covid-19, marcado pelo isolamento social, o medo de contrair a doença e as questões socioeconômicas advindas dessa crise mundial também pode contribuir para esse quadro”, explica a especialista. 

Ela destaca que as pessoas não têm culpa de ter esses pensamentos negativos e ligados à morte. “Trata-se de um problema orgânico, são alterações biológicas, uma desregulação das funções psíquicas cerebrais. Algo que exige um tratamento complexo e delicado, associando, muitas vezes, a medicação com psicoterapia”, orienta. 

Dra. Amara ressalta que, nem sempre, a pessoa apresenta um perfil triste e desmotivado, alguns não dão sinais claros de que estão em sofrimento. “Por isso é fundamental olhar o outro, ter empatia, se interessar pelas pessoas da sua convivência, seja um familiar, amigo ou colega de trabalho”. 

A especialista comenta que o setor da construção civil paulista tem registrado poucos casos de suicídio entre seus trabalhadores. “Além dos colegas, os profissionais de liderança, como mestres de obras e os do setor de segurança, como técnicos e engenheiros devem ficar atentos a mudanças de comportamento de membros da equipe e, diante de um sinal de alerta, não ter medo de perguntar o que está acontecendo com a pessoa e se ela tem tido pensamentos de morte. Medidas preventivas e assistenciais podem ser tomadas para evitar um desfecho irreversível”, enfatiza dra. Amara. 

Ela acrescenta que o Seconci-SP dispõe de equipe médica preparada para identificar pacientes que estão sofrendo com problemas de saúde mental. “Muitos dos meus pacientes foram encaminhados por colegas de outras especialidades. Porém, seja qual for o caminho, o importante é superar qualquer tipo de preconceito e procurar ajuda psiquiátrica. O suicídio é um problema grave, mas que pode perfeitamente ser evitado”, finaliza dra. Amara.


 

Estudos Preliminares Sobre Suicídios de Autistas são Bem Preocupantes e Pouco Valorizados

 

Entramos em setembro e com ele temos a Campanha de prevenção ao suicídio, comemorada em várias partes do mundo, e que foi iniciada oficialmente em 2003 quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) instituiu o dia 10 de setembro como o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio.  Por aqui no Brasil, ela e chamada de Setembro Amarelo, e teve oficialmente seu início em 2015 através da CVV (Centro de Valorização da Vida), do Conselho Federal de Medicina e da Associação Brasileira de Psiquiatria.

O que não se fala comumente, é sobre a TAXA DE SUICÍDIO ENTRE AS PESSOAS COM AUTISMO.  


A falta de debate para trazer este tema à luz, faz com que até mesmo a classe médica, não tenha uma compreensão maior desse problema, ou que tenha interpretações equivocadas, muitas vezes por desconhecimento das pesquisas e estudos mais recentes sobre como identificar o paciente  autista com potencial ao suicídio, ou mesmo as pesquisas que apontam que o índice de suicídio entre autistas é real e alarmante.


O QUE NÃO SE VÊ

Foi observado que, no geral, profissionais da área da saúde cometem erros muitas vezes por não considerarem as emoções complexas que os autistas possuem, ignorando que suas explosões emocionais, podem ser sinais de alerta.

“Essa incapacidade de saber interpretar esses sinais precisa ser corrigida para que possamos trabalhar na prevenção do suicídio entre os autistas. Na Realidade, existe uma dificuldade em se entender o grau de sofrimento dos autistas; Acha-se, equivocadamente, que estes podem não ter sentimentos, que não sofrem, e não podem desenvolvem ansiedade ou depressão. Porem, definitivamente  isso não é real, essas crianças, jovens e adultos sofrem sim! e muito!”- afirma a Dra. Gésika Amorim, Neuropsiquiatra, Pediatra com ênfase em saúde mental e neurodesenvolvimento infantil, especialista no Tratamento do TEA.

A dificuldade de se identificar sinais indicativos de ideias suicidas em autistas é porque, como disse a especialista, os autistas se expressam de maneira diferente dos demais indivíduos que apresentam essas mesmas tendências.

Essa dificuldade de saber comunicar suas próprias emoções podem levar a situações extremamente críticas como a autoflagelação. Embora a prática autolesiva não seja uma regra para indicar a tendência suicida em um autista, ela acaba sendo um indicativo de risco aumentado.


ESTUDOS

De acordo com os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças, o suicídio entre adolescentes e jovens é a segunda maior causa no pais.  Por volta de 6.159 jovens, entre as idades de 10 a 24 anos, cometeram suicídio em 2016.

No entanto, não há estatísticas para pessoas autistas que cometeram suicídio.

Estudos realizados nos últimos anos apontam que a intenção de suicídio entre autistas está aumentando. Apesar dessas estimativas variarem com frequência, já ficou claro que autistas são realmente vulneráveis ao suicídio.

Um estudo feito em 2015, na Suécia, concluiu que os autistas, tem 10 vezes mais chances de morrer por suicídio do que a população em geral; embora os homens sejam mais vulneráveis as mulheres autistas estão particularmente em maior risco.

Em 2014, um estudo foi publicado na respeitada Revista Lancet Psychiatry, envolvendo adultos com Síndrome de Asperger (transtorno de espectro autistas de nível 1), mostrou que 66% dos participantes confessaram pensar em suicídio e que 35% deles já tentaram suicídio em algum momento. A média entre as pessoas com TEA que detém comportamento suicida está entre 10% e 50%, segundo as pesquisadoras Magali Segers e Jennine Rawana.


“As pessoas com espectro autista reagem e interpretam o mundo de forma diferente das demais pessoas. Os desafios para lidar com situações afetivas e sociais são enormes, principalmente por não saberem interpretar e reagir socialmente de forma “adequada”. Muitas vezes, eles sofrem e tem crises pois não conseguem se expressar. O grau de estresse é muito grande e não à toa, é comum, entre os pais, confundirem birra com crise sensorial. Eles estão em sofrimento e precisam ser compreendidos e assistidos.”
– Completa a Dra. Gésika Amorim.

Em outro estudo, publicado em 2017, as pesquisadoras Jacqui Rodgers e Sarah Cassidy da Coventry University do Reino Unido, mostraram que o número de pesquisas sobre suicídio entre pessoas com TEA ainda é bem pequeno, no entanto, os estudos preliminares são preocupantes. Outros pesquisadores informaram que uma das principais causas de morte prematura de pessoas com TEA é o suicídio.


PRINCIPAIS FATORES DE RISCO

-Depressão;

-Distúrbios de comportamento;

-Tendência marcante ao isolamento físico e falta de interação com outros autistas da mesma faixa etária;

-Ter um histórico como vítima de bullying;

-Situações de estresse emocional;

-Ter histórico de abuso sexual;

-Faixa etária mais vulnerável relacionada ao início da adolescência.

Em um artigo publicado na Autism Research, as pesquisadoras Magali Segers e Jennine Rawana relatam alguns métodos usados por pessoas autistas nas tentativas de suicídio, e que no geral acabam sendo mais efetivos, se comparados com outras pessoas com o mesmo comportamento suicida.


Entre esses métodos estão:


-Uso de objetos perfurantes (19%);

-Enforcamento (15%);

-Precipitação de altura ou atropelamento (13%);

-Overdose com substâncias.

“Diante da gravidade do problema, há de se buscar uma avaliação mais criteriosa para diagnosticar o potencial suicida desse grupo, principalmente depois dos 10 anos de idade, em que os fatores de risco, tornam-se mais evidentes” – diz a neuropsiquiatra Gesika Amorim.


ALGUNS FATORES QUE PODEM ATENUAR OS RISCOS DE SUICÍDIO SÃO:


-Um suporte familiar  e social adequado;

-Uma adaptação adequada e efetiva e inclusão escolar;

-Maior flexibilidade cognitiva e capacidade de tolerar mudanças de padrões;

-Buscar maior habilidade para resolução de problemas da vida diária.

Esses são alguns fatores importantes além do acompanhamento de profissionais capacitados para as entrevistas e avaliações.

Outros fatores de prevenção, presentes na população geral, podem dar bons resultados, como a espiritualidade e o comprometimento religioso.

Para concluir, a neuropsiquiatra, especialista em tratamento do autismo, Dra. Gesika Amorim, diz: “O tratamento do paciente no espectro vai muito além do conseguir falar e ser funcional. É primordial que eles se conheçam, saibam lidar com sua personalidade, suas características, seus anseios e fraquezas. Todos tem direito à felicidade. Se o autista porventura   demonstra sinais de e sofrimento, quaisquer que sejam, procure um especialista. Muito provavelmente ele está pedindo ajuda.”

 



Dra Gesika Amorim - Médica Pediatra e Neuropsiquiatra com ênfase em saúde mental e neurodesenvolvimento infantil. É pós graduada em psiquiatria, e neurologia clínica.  É também referência no Tratamento de TEA- Transtorno do Espectro Autista com utilização de HDT – Homeopatia Detox – Tratamento Integral do Autismo E Medicina Integrativa.

www.dragesikaamorim.com.br

Instagram: @dragesikaautismo


Pandemia, Saúde Mental e Organização

 Desde janeiro, os psicólogos dividem a pandemia da doença COVID-19 em ondas. Uma delas é dedicada exclusivamente aos impactos na saúde mental das pessoas. A ameaça à nossa vida e a de quem amamos, demissões, distanciamento social, perda de privacidade, processos de luto concretos e intangíveis e exaustão são algumas das dores que serão processadas por quem atravessa esse momento.

Situações como estas são consideradas limite e podem levar algumas pessoas a revisitarem essas dores novamente quando a pandemia já tiver passado. Esse processo é conhecido como Transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) - distúrbio da ansiedade caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas físicos, psíquicos e emocionais em decorrência de testemunhar situações traumáticas que, em geral, representaram ameaça à sua vida ou à vida de terceiros.

Os sintomas podem variar e surgir meses e até anos depois do fim da situação traumática. Pensamentos intrusivos, pesadelos, comportamentos de repetição e alteração no sistema de alerta são alguns deles. No caso da COVID-19, a especialista em Psicanálise e consultora de organização Carolina Ferraz explica que os efeitos da pandemia na saúde mental vão mudando conforme as ondas da doença: "No primeiro momento, a maior dificuldade foi em relação ao enfrentamento de uma doença desconhecida e à adaptação às novas condições: nosso sistema de sobrevivência ficou mais sensível para que pudéssemos estar atentos e evitar a contaminação, nosso senso de urgência e estresse ficou elevado diante do medo do desabastecimento dos suprimentos básicos, a corrida pelas máscaras e álcool que esgotavam-se rapidamente nas primeiras semanas de março, por exemplo", comenta.

Duas semanas depois do aparecimento das notícias da COVID-19 no Brasil, enfrentamos o isolamento social e o distanciamento de quem amamos, ao mesmo tempo em que lidávamos com as rotinas de trabalho exaustivas, já que as empresas ainda estavam criando rotinas de horário e processos no Home Office, além da falta de privacidade.  Quem precisava trabalhar em uma das linhas de frente da saúde, teve os processos de sobrevivência ainda mais em alerta, além de precisar lidar com o medo de contaminar-se ou contaminar sua família. Alguns profissionais da área da saúde com familiares do grupo de risco em casa também optaram por se isolar em moradias específicas, lidando também com a solidão, em um dos momentos mais críticos de suas carreiras. Não podemos esquecer da instabilidade econômica gerada pela pandemia e, mais uma vez, a ameaça à sobrevivência: dessa vez ligada à falta de dinheiro para o básico.

Entre abril e junho, experimentamos o aumento exponencial no número de casos e a doença foi chegando cada vez mais próxima de nós. O processo de luto antecipatório por quem se ama para muita gente transformou-se em perdas reais, conforme o número de mortes avançavam no País. O Brasil ainda passou por um processo singular de encarar a pandemia por conta da falta de unidade como sociedade e mensagens díspares das autoridades políticas. Antes, nos imaginávamos passando pela pandemia em meio a correntes solidárias, mas o que vimos foi um embate cada vez maior com o outro, gerando um processo de negação mais longo.

Hoje, estamos em fase de desaceleração, mas todas essas fases correspondem a fatores de risco para o desenvolvimento de dificuldades ligadas à nossa saúde mental. A escassez e privação da primeira fase pode ser sentida por muitos anos em um rebote, por meio do acúmulo de objetos e compras compulsivas. A solidão, a falta de unidade e a sensação de sonho interrompido são elementos que contribuem para o surgimento da depressão. O impedimento de rituais de despedida junto da categorização dessas pessoas como “números” aumentará os casos de luto crônico. O medo da contaminação e a necessidade de evitar situações de aglomeração podem desencadear casos de síndrome do pânico. A ligação entre a necessidade de protocolos intenso de higienização dos nossos corpos e objetos, ao desenvolvimento de uma doença que pode levar a morte é ponto sensível para o surgimento de rituais de repetição, como o TOC (Transtorno obsessivo compulsivo). Já o convívio intenso com a família, a falta de privacidade e as jornadas de trabalho sem freio aumentarão os casos de Burnout, por exemplo.

“Desde fevereiro, estamos nos preparando como profissionais para o enfrentamento dessa pandemia. Sabíamos que uma das ondas da COVID-19 seria em relação à saúde mental, com o desafio extra de que as dores enfrentadas são múltiplas e cumulativas. Antes, se falava que a quarta onda da COVID-19 (ligada à saúde mental), seria vista pós-pandemia, mas na verdade, a doença está bastante longa, então teremos que enfrentar esses desafios enquanto passamos pela doença. A quarta onda já começou” ressalta Carolina.

Por isso, é preciso ficar atento aos sintomas: pesadelos recorrentes, falta de vontade de levantar da cama por dias seguidos, perda da capacidade de almejar objetivos e sonhar/planejar o futuro, compras demasiadas em quantidades desnecessárias, estocagem de alimentos, sensação de paralisia e medo (que pode inclusive, ser sentido fisicamente com o coração acelerado, boca seca e sudorese) diante da necessidade de sair de casa, rituais repetitivos de limpeza mesmo quando estamos dentro das nossas casas, associados a sentimentos de condição como “se eu não fizer isso, algum desastre acontecerá” podem ser sinais para procurar ajuda de psicólogos, psicanalistas e psiquiatras.

“Quanto antes buscamos apoio, menor o risco de enfrentarmos um processo de TEPT lá na frente. O objetivo é elaborar e lidar com nossas dores agora para que elas não voltem no futuro e nos faça reviver esses tempos tão difíceis.”

 



https://www.ondeeudeixei.com.br/

@ondeeudeixei


Setembro Amarelo: Omint reforça a importância de cuidar da saúde mental durante e após o período de pandemia

Mais atenção, acolhimento e encaminhamento de questões devem ser dados às populações vulneráveis a esses distúrbios, evitando possíveis agravantes

 

Setembro é o mês da conscientização no combate ao suicídio, estimulando a prevenção e promoção da saúde mental. No momento atual, sensações como o medo do vírus desconhecido, a facilidade do contágio, o longo período de isolamento e dificuldades diversas podem gerar dúvidas e inseguranças tornando fatores desencadeantes para situações adversas da saúde mental.

 

Atenta aos diversos fatores externos que influenciam na saúde mental, a Omint desenvolveu e aplica desde 2015 o Programa de Saúde Emocional nas companhias parceiras, apoiando os RHs a propagarem a prevenção da saúde mental aos seus colaboradores, por meio do processo de fortalecimento da saúde emocional e que busque a conscientização dos fatores e níveis de estresse na vida dos participantes e, principalmente, como combate-los. Por meio da ótica de que saúde é um conjunto de atributos físicos, mentais e sociais, a companhia identifica casos que necessitam de acompanhamento específico e busca desmistificar a saúde mental para as pessoas nos ambientes de trabalho, mostrando o quanto ela gera um impacto direto na produtividade e bem-estar de todos.  

 

Cerca de 11 profissionais da Omint garantem toda a estrutura e acolhimento necessários. Atualmente, 389 pessoas participando do Programa Saúde Emocional da Omint, e os impactos têm sido positivos: no primeiro semestre deste ano, o programa teve 90% de frequência, com redução de 47% do nível de estresse. Além disso, o Núcleo de Saúde e Prevenção da Omint (NUSP) disponibiliza às empresas clientes da companhia encontros virtuais com dicas e ações preventivas às empresas e seus colaboradores, por meio de uma rede de acolhimento e reconhecimento, com o objetivo de contribuir com a saúde mental durante o isolamento social e até mesmo na identificação precoce de questões intensificadas pelo período. Ao todo, mais de 60 empresas participaram e 4000 pessoas foram impactadas. 

 

Quarta onda da pandemia

Segundo Dra. Yara Azevedo Prandi, psiquiatra credenciada Omint, uma possível nova onda está se formando dentro da pandemia do coronavírus: a emergência de saúde mental é mais uma das consequências da atual crise. “A primeira onda foi a pandemia em si e suas mortes imediatas. A segunda, a superlotação e o colapso dos serviços de saúde. Já a terceira etapa diz respeito ao agravamento de quadros de pacientes com doenças crônicas e a superlotação dos hospitais. Agora, a quarta onda é uma epidemia de doença mental. Pessoas que nunca tinham adoecido começam a ter sintomas, principalmente de ansiedade e depressão, muitas vezes, motivadas pelo cenário atual”, explica Dra. Yara. 

 

Sintomas, encaminhamento médico e tratamento

De acordo com a especialista, é importante observar cada mudança no corpo ou sintoma como tristeza profunda, distúrbios do sono, pensamentos negativos, desinteresse e apatia, baixa autoestima, desleixo com a aparência, dores físicas, irritabilidade, choro frequente, falta de vontade de fazer atividades simples, mudanças comportamentais bruscas e rejeição a determinados assuntos. "Tudo isso leva a estados de depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e abuso de álcool ou outras substâncias. Nessas situações, é indicado o encaminhamento a um psiquiatra que, por ser um médico, pode traçar um diagnóstico e protocolo de tratamento para as questões detectadas”, afirma. 

 

Por fim, a psiquiatra orienta que a educação e o acolhimento sejam parte do primeiro passo preventivo. “Ao receber ajuda ou oferta de socorro diante de uma crise, podemos reverter a situação. A Omint, por exemplo, disponibiliza a Central de Atendimento e o Dr. Omint Digital, plataforma de orientação médica por videoconferência, que colocam à disposição do cliente um médico da rede credenciada apto a prestar orientações médicas de forma simples e conveniente”, conclui. 

 

Gratidão ativa


Dizer obrigado e ser grato são duas coisas diferentes

 

É cada vez mais comum escutar pessoas substituírem a palavra “obrigado” por “gratidão”. Mas afinal, é a mesma coisa? Obrigado é uma palavra utilizada de maneira racional para demonstrar o reconhecimento por alguma atitude ou ação específica que um indivíduo realiza. Por exemplo quando uma pessoa oferece um serviço ou uma gentileza, dizemos obrigado para demonstrar que reconhecemos aquela atitude. Gratidão é um sentimento, quando falamos, gratidão, estamos declarando que temos um sentimento com relação àquela situação ou pessoa.  Então gratidão tem um significado mais profundo que obrigado.

A gratidão possui diversos benefícios a vida. “Quando você começa a viver a gratidão de maneira prática, você ativa uma área do seu cérebro que é responsável pela sensação de bem estar e aumenta a produção do hormônio da tranquilidade, assim que você vai começar a ver muitas mudanças na sua vida”, apresenta Mariana Sousa, Coach holística e reprogramadora mental.

Outros benefícios são:

- Uma melhoria nas relações pessoais;

- Melhora na capacidade de gerir emoções;

- Diminuição do nível de estresse e ansiedade;

- Melhora no sono;

- Fortalecimento do sistema imunológico;

- Mais motivação no dia a dia.

Existem três tipos de gratidão que podem ser observadas:

Gratidão superficial – quando a gratidão é demonstrada para cumprir um protocolo social. A palavra é utilizada para demonstrar um reconhecimento, entretanto não possui sentimento sendo assim, superficial.

Gratidão passiva – quando o indivíduo realmente se sente grato, porém só experimenta essa sensação em momento pontuais. “Um exemplo de gratidão passiva é quando ganhamos um presente ou alguém nos faz uma surpresa. Talvez você estivesse triste, desanimado, achando a vida ruim, e aí vem alguém e te faz uma surpresa e isso acende a chama da gratidão, entretanto, depois de um tempo a chama se apaga e precisa de outro combustível, por isso ela é passiva” explica Mariana.

Gratidão ativa – essa não precisa de um combustível para queimar, ela produz a sua própria energia. Gratidão ativa significa praticar a gratidão no seu dia a dia, não esperar que aconteça alguma coisa para conectar com esse sentimento. Procurar de maneira consciente coisas na sua vida pelas quais estar agradecido como, levantar da cama todos os dias, ter saúde, uma casa, alimento sem falta, família, amigos e enfim.

E assim “O que acontece é que você começa a vibrar numa frequência da gratidão que anda junto ao amor e ao perdão, uma das frequências mais elevadas. E como tudo no universo vibra, nós atraímos para a nossa realidade pessoas, experiências e situações que estejam vibrando na mesma frequência” apresenta a Coach.

E ainda há algumas pessoas que falam sobre agradecer os fatos negativos que ocorrem na rotina, contudo não podemos forçar a gratidão, pois neste momento o coração não está vibrando realmente na frequência certa.  “O nosso desenvolvimento humano e espiritual em direção ao amor, ao perdão e à gratidão é um caminho, um processo. Não estaremos nunca 100% gratos 24 horas por dia, nem vamos amar e perdoar a todas as pessoas do mundo o tempo todo. Então até mesmo para não se frustrar o ideal é começar agradecendo por aquilo que realmente somos gratos, mas que por vivermos a vida muitas vezes no piloto automático, acabamos nos esquecendo de agradecer” finaliza.

 



Mariana Sousa - Coach holística e Reprogramadora Mental

www.marianasousa.com

E-mail: Info@marianasousa.com

Instagram: @marianasousa_coach


Mais que uma técnica, uma filosofia de vida

O Ho'oponopono trabalha o perdão e a reconciliação, não só com o próximo mas também para nós mesmos


A maioria das vezes que lemos algum artigo ou assistimos algum vídeo sobre o Ho’oponopono, normalmente estes se referem a ele como uma “técnica de limpeza de memórias”. “Nos últimos 5 anos da minha vida, que venho praticando o Ho’oponopono, aos poucos fui percebendo que essa definição está muito aquém do que é o Ho’oponopono de verdade” explica Mariana Sousa, Coach holística e Reprogramadora Mental.

O Ho’oponopono se originou no Xamãnismo Havaiano. Quando a população do Havaí ainda vivia em tribos, cada grupo social contava com um médico (curandeiro) e líder espiritual, o Xamã. Sempre que acontecia algum conflito entre membros das tribos, o Xamã responsável por aquele grupo realizava um ritual onde cada pessoa envolvida no conflito e seus familiares relatavam a sua versão da história, assumiam a sua responsabilidade no acontecimento, perdoavam a si e aos outros. A reunião só terminava quando o Xamã percebia que qualquer tipo de mágoa ou ressentimento havia sido dissolvido pela força do amor, do perdão e da gratidão.

Com o passar dos séculos a realidade social do Havaí foi mudando e a população dessa ilha do Pacífico aos poucos foi deixando de viver em tribos. Foi adotando o estilo de vida ocidental, de viver em grandes cidades. “Assim o Ho’oponopono acabou caindo no esquecimento. Na década de 80, a líder espiritual descendente da última Rainha do Havaí, Mornah Simeona, fez uma adaptação do Ho’oponopono para que ele pudesse ser praticado pelas pessoas na atualidade. Sem a presença de um Xamã e de maneira individual. Assim surgiu o Ho’oponopono como conhecemos hoje em dia” comenta a Coach.

Nessa prática, quatro frases são utilizadas para dar início ao processo de perdão:

- Eu sinto muito: sinto por estar vivendo essa situação, e pela parte de mim que está criando essa realidade;

- Me perdoe: eu perdoo a parte de mim que cria essa realidade e assumo a minha responsabilidade, assumindo também o poder de mudar;

- Eu te amo: deixo as portas da minha vida abertas para o amor entrar. Amo as memórias que fazem parte de mim, mesmo que elas tenham causado essa situação;

- Sou grata: agradeço sempre pela oportunidade de limpar e purificar a minha essência.

Entretanto, muitas pessoas pensam, erroneamente, que devemos repetir essas frases para a pessoa com a qual tivemos um conflito. “Mas não é bem assim. As frases são dirigidas à divindade que habita dentro de cada um de nós, a nossa centelha divina” expõe Mariana.

Quando essas quatro frases são repetidas como um mantra, naturalmente elas fazem parte do dia a dia de cada um. O que se reflete em uma mudança de atitude e de perspectiva. O ponto de vista é mudado. Começamos a tomar decisões com base no amor, no perdão e na gratidão. “Por isso o Ho’oponopono é muito mais que uma técnica, é uma filosofia de vida. Se trata de assumir a nossa responsabilidade em todas as circunstâncias que se apresentam. Quando assumimos a responsabilidade nos tornamos poderosos, porque se somos responsáveis, podemos mudar essa realidade” finaliza a reprogramadora mental.

 



Mariana Sousa - Coach Holística e Reprogramadora Mental

www.marianasousa.com

E-mail: Info@marianasousa.com

Instagram: @marianasousa_coach


Tire a capa de mulher maravilha: não somos multitarefas

Nós mulheres não somos multitarefas, somos sobrecarregadas. O excesso de atividades e a ideia de "temos que" fazem com que nossa saúde mental fique abalada. E eu sempre digo: somos perfeitamente imperfeitas.

O mito é que somos multitarefas. É errado falarmos que somos multitarefas, existe algo por trás disso que é o essencialismo biológico, que significa atribuirmos vantagem biológica em função do sexo. Um exemplo é falar que as mulheres dão conta de várias atividades ao mesmo tempo: os filhos, a casa, o trabalho e ainda dar apoio para quem precisa dela.

Atribuímos vantagens competitivas em função do marcador de sexo. Se formos olhar as consequências para as mulheres, há, além da saúde mental, violência psicológica. Quem nunca ouviu que a culpa é sua quando alguém te paquera usando saia à noite? E aqui o essencialismo é que os homens têm impulsos sexuais incontroláveis e nós mulheres precisamos nos conter para não ''atiçá-los''.

Quem nunca ouviu também o estereótipo de que mulher não é boa com números, com lógica, com exatas. Tudo isso envolve machismo e essencialismo biológico. Isso faz com que as mulheres se afastem de carreiras na área. Existem vários estudos neurocientistas que defendem que é impossível você fazer duas atividades que demandam intelectualidade com a mesma qualidade e ao mesmo tempo. É impossível ler este artigo enquanto conversa com alguém, por exemplo, com atenção. A gente faz uma atividade e depois executa a outra. Você pode ter se acostumado a se maquiar dirigindo, por exemplo, mas você não faz nenhuma das duas com 100% de foco.

É muito comum as empresas levantarem bandeiras que querem mulheres em cargo de liderança porque elas são mais produtivas e conseguem fazer várias atividades ao mesmo tempo. Precisamos questionar isso porque historicamente o grande dilema é que nós assumimos esse papel de multi tarefeira: eu tenho que cuidar da minha casa, eu tenho que performar bem no trabalho, eu tenho que cuidar do meu filho, eu tenho que cuidar dos meus pais quando envelhecerem. Por isso, assumimos uma sobrecarga mental absurda e precisamos começar a questionar esse tipo de fala. Homens e mulheres não são multitarefas. Se endossamos esse discurso, vamos assumir esse papel e obviamente, não daremos conta de tudo.

É fato que desenvolvemos mais jogo de cintura, mas porque não foi nos dada outra opção senão a responsabilidade integral pelo cuidar.

Outra consequência negativa é o excesso de controle: somente eu cuido da minha casa, dos meus filhos, somente eu posso performar no ambiente de trabalho e assim, eu não deixo outros protagonizarem. Os demais são colocados como coadjuvantes. Vestimos nossa capa de mulher maravilha e nos cobramos o dia inteiro para dar conta de tudo.

Isso também tem a ver com autorresponsabilidade. Retirar o protagonismo das pessoas é colocá-las como coadjuvantes. Se estamos em um contexto de liderança, minha equipe se torna medíocre porque sou sempre eu que tenho as ideias brilhantes e não deixo as pessoas evoluírem. A mesma coisa acontece em casa e nas relações afetivas: se você acredita que somente você sabe lavar a louça, cozinhar, cuidar da criança e fazer a lista do supermercado, você está transformando a pessoa com quem se relaciona afetivamente em coadjuvante.

A cada quatro mães, uma não volta mais ao mercado de trabalho porque elas acreditam que não vão dar conta de cuidar da casa, do filho, de performar no ambiente do trabalho. Da mesma forma, a Diretora de Operações do Facebook, Sheryl Sandberg, em seu livro Faça Acontecer traz um exemplo que, quando ela estava tentando contratar mais mulheres, as que pretendiam engravidar, um ano antes elas já estagnavam as suas carreiras acreditando que não dariam conta de trabalhar e de cuidar da casa e dos filhos.

Isso tem consequências drásticas na nossa saúde mental e no nosso reconhecimento como mulher e profissional. Vamos quebrar esses paradigmas e refletir sobre a nossa potência! Nem sempre vamos dar conta de tudo e está tudo bem!

Precisamos ressignificar o mito do equilíbrio: a vida profissional, com a casa, com a vida amorosa. Na prática, o que acontece são escolhas. Precisamos de autorresponsabilidade para entender o que é prioridade para nós e assumir que talvez em determinado momento eu queira me dedicar mais ao meu filho em um momento, talvez o trabalho eu foque mais em outro, é uma escolha consciente. Acreditamos na compensação. Assim como, em uma fase priorizamos o filho, na próxima podemos priorizar o trabalho.

E precisamos assumir essa responsabilidade de que em um contexto de equipe, quando eu dou a solução sempre e estou sempre disponível, eu estou tornando as pessoas medíocres. Quando você está disponível para o mundo, você não está disponível para você porque você não se prioriza e isso impacta nosso trabalho, nossa vida e principalmente nossa saúde mental.

E isso não é simples de ser colocado em prática. Eu, por exemplo, acho que minha casa poderia estar mais arrumada, com certeza estou com louça na pia neste exato momento. Mas posso deixar essa responsabilidade para outra pessoa. Isso parte de entendermos que a pessoa não vai fazer do jeito que eu faria, mas ela vai fazer. Isso é inovação, diversidade e respeito. E, por isso, precisamos quebrar a fala de que as mulheres são multitarefas, isso nos prejudica nas nossas relações pessoais e profissionais. E se eu endosso essa prática, o discurso se propaga de uma maneira completamente errada e inadequada.

Você não vai crescer se quiser controlar tudo. Queremos saber se as pessoas vão entregar tudo nos mínimos detalhes com os quais nos importamos e isso não vai acontecer. E você terá que aprender com essa pessoa, ela tem um estilo diferente do seu e precisamos celebrar essa diversidade para ter resultados melhores.

E a mulher sempre quer melhorar, evoluir. Eu acredito que buscamos mais a perfeição porque existem os estereótipos e uma sociedade que lucra com a nossa insegurança. Uma vez que eu tenho consciência de que não há pessoas multitarefas, os compromissos que eu faço comigo mesma para mudar isso são essenciais. A pessoa vai fazer do jeito dela e do estilo dela e está tudo bem.

Mulher, pode tirar a capa e dizer aos outros e a si mesma: "não somos multitarefas".

 



Carine Roos - especialista em Desenvolvimento de Mulheres e co-fundadora da ELAS

Setembro Amarelo: mitos sobre o comportamento suicida


Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano. O trabalho surgiu para disseminar informações que podem auxiliar a sociedade a desmitificar o tabu em torno do assunto e ajudar médicos a identificar seus fatores de risco, tratar e instruir seus pacientes.

São registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de um milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

Mas, afinal, o que leva uma pessoa a pensar em suicídio ou a chegar a cometê-lo? Segundo a ABP, “o suicídio pode ser definido como um ato deliberado, de forma consciente e intencional, usando um meio que ele acredita ser letal”.

“O comportamento suicida vai num crescente que envolve desde pensamentos até planos e a tentativa de suicídio. Trata-se de uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais. Sendo assim, o pensamento suicida deve ser considerado como o desfecho de uma série de variáveis que se acumulam na história do indivíduo, não podendo ser levado em conta apenas determinados acontecimentos pontuais de sua vida”, afirma a psiquiatra Dra. Danielle H. Admoni, especialista pela ABP e psiquiatra geral da Unifesp.

 

Mitos sobre o comportamento suicida

Erros e preconceitos vêm sendo historicamente repetidos, contribuindo para a formação de um estigma em torno da doença mental e do comportamento suicida. “O estigma resulta de um processo em que as pessoas passam a se sentir envergonhadas, excluídas e discriminadas”, reforça Danielle. Para auxiliar o entendimento e desmitificar o tabu em torno do assunto, a ABP listou os principais mitos acerca do comportamento suicida:

 

O suicídio é uma decisão individual, já que cada um tem pleno direito a exercitar o seu livre arbítrio

Falso. Os suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade, interferindo em seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio.

 

Quando uma pessoa pensa em se suicidar, terá risco de suicídio para o resto da vida

Falso. O risco de suicídio pode ser eficazmente tratado e, após isso, a pessoa não estará mais em risco.

 

As pessoas que ameaçam se matar só querem apenas chamar a atenção

Falso. A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. De alguma forma, boa parte dos suicidas expressou seu desejo de se matar, seja para médicos, familiares ou amigos.

 

Se uma pessoa que pensava em suicidar-se, em um momento seguinte passa a se sentir melhor, significa que o problema já passou

Falso. Se alguém cogitou o suicídio, mas depois aparenta estar tranquilo, não significa que tenha desistido da ideia. Uma pessoa que decidiu suicidar-se pode se sentir aliviado simplesmente por ter tomado a decisão de se matar, passando aos outros a impressão de que já está tudo bem.

 

Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive a uma tentativa de suicídio, está fora de perigo

Falso. Um dos períodos mais perigosos é quando se está melhorando da crise que motivou a tentativa, ou quando a pessoa ainda está no hospital, após uma tentativa felizmente fracassada. A semana que se segue à alta do hospital é um período em que a pessoa está particularmente fragilizada. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida, muitas vezes, continua em alto risco.

 

Não devemos falar sobre suicídio, pois isso pode aumentar o risco

Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Muito pelo contrário. Falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem.

 

Sinais sutis que merecem atenção

Para a Dra. Cristiane Romano, fonoaudióloga, mestre e doutora em Ciências e Expressividade pela USP; algumas situações simples do dia a dia podem sinalizar que uma pessoa precisa de ajuda. “O sofrimento causado pela ansiedade social, por exemplo, afeta negativamente a vida do indivíduo, fazendo com que qualquer interação signifique um tormento à pessoa”.

O grande problema, segundo a fonoaudióloga, é confundir esse tipo de comportamento com uma simples timidez. “Já atendi muitos pacientes com dificuldade para falar em público, ou até mesmo para se socializar, e, ao longo do tratamento, foi constatado que o problema era bem mais grave do que um simples bloqueio de comunicação. Nestes casos, a orientação é buscar apoio psicológico e/ou psiquiátrico”, conta Cristiane Romano.

Segundo ela, um aspecto de comportamento que pode desencadear transtornos mais graves é o medo de não ser aceito. “A pessoa que é extremamente insegura tem medo de não ser aceita pelo grupo, de falar alguma bobagem ou ter algum comportamento fora do padrão. A possível rejeição de quem está a sua volta já é o suficiente para fazer com que a pessoa comece a duvidar de si mesma. Para não ser excluída, ela se retrai, já prevendo que será avaliada negativamente. Daí a importância de obter um apoio terapêutico, evitando a evolução de um quadro cada vez mais crítico”, orienta Cristiane.

“Vale lembrar que as Unidades de Urgência e Emergência (geral e/ou psiquiátrica), os Serviços Especializados e outros são de fundamental importância para os indivíduos que estão em situação de crise. Portanto, ao menor sinal de alterações no comportamento compatíveis às características citadas acima, é imprescindível buscar ajuda médica o mais rápido possível”, alerta a psiquiatra Danielle H. Admoni.


A MELHOR MANEIRA DE SUPERAR UMA SITUAÇÃO DIFÍCIL É ENFRENTANDO O MEDO DE ERRAR

Quem nunca sonhou em abandonar tudo e começar do zero? Ter uma vida nova, vivenciar novas experiências e sentir novas sensações. Tudo isso no primeiro instante é maravilhoso, nos proporciona uma sensação de felicidade, recomeço e alívio, porém logo em seguida quando confrontamos a realidade e pensamos na possibilidade de efetuar mudanças reais passamos a analisar os prós, contras e os riscos a serem assumidos.


Com isso, surgem sentimentos de insegurança, ansiedade e o medo do novo, o que é completamente normal em algumas situações da nossa vida.

O medo deve ser entendido como um mecanismo de preservação e auxílio nas nossas ações, pois ele faz com que nos tornamos mais atenciosos e cuidadosos com as nossas atitudes.

O problema é quando ele se torna excessivo e elemento paralisante, tornando-se um empecilho nos limitando de realizar atividades corriqueiras do cotidiano.

Deixar de agir sob a ação desse sentimento limita não só as nossas ações, mas quando se trata do medo de errar, fechamos a porta para novas oportunidades, sabotamos o nosso crescimento e consequentemente as nossas conquistas.



 QUAL É O PRINCIPAL AGENTE CAUSADOR DO MEDO?

Sem dúvida alguma as crenças limitantes e o pensamento negativo são os fatores principais, o medo de errar está relacionado com a insegurança que o indivíduo tem diante de uma situação de incerteza.
 
Para evitar ser sentir impotente e dominado diante desse tipo de situação, é imprescindível que a pessoa antes de qualquer coisa se conheça para poder identificar suas qualidades e pontos a serem melhorados, pois assim se tornará mais confiante diante de situações desafiadoras.

Quando você possui pleno domínio da sua inteligência emocional, consegue dominar mais os sentimentos e se torna mais consciente para ir à busca dos seus objetivos.

Devemos entender que temos diversas decisões a serem tomadas em nossas vidas e estas são apenas decisões, mas que delas dependem inúmeras circunstâncias para serem realizadas, porém quando aplicadas com confiança, as chances de assertividade serão maiores.

A vida é um constante treino em um jogo de erro e acerto, na qual a insegurança nada mais é que um desconhecimento de nossos próprios talentos e capacidades. 



NINGUÉM GOSTA DE ERRAR


É natural que todo mundo haja com o intuito de acertar, mas nem sempre é possível. Durante o curso da vida, cometemos erros e acertos e por isso não devemos desanimar durante uma derrota, ao contrário ela deve servir como um verdadeiro professor para não repetimos aquele que foi o agente da nossa queda.

A melhor maneira de perder o medo de errar é tentando e não se deixando influenciar pelas críticas e opinião alheia, com tomadas de decisões bem pensadas e inteligentes.


ENFRENTAR AS SITUAÇÕES NOVAS COM CORAGEM

A vida requer coragem, mas agir de forma inconsequente não é prova de coragem, pelo contrário, é uma atitude impensada pode acarretar mais experiências desastrosas.

Por isso estude, faça um planejamento, sobretudo se conheça, desenvolva suas aptidões, explore sua criatividade e saiba que falhar mais parte da caminhada, uma pessoa de sucesso hoje, um dia ela também tentou, errou, falhou e se reergue para alcançar aos seus objetivos.



Gad Adler - Nascido em Jaffa, Israel, é filósofo, terapeuta motivacional e palestrante.Formado em Filosofia e História das Religiões pela Universidade de Tel Aviv, escreveu o livro “Você não pode tudo!Mas pode e merece ser feliz.“; é criador do método Melhor Maneira de aperfeiçoamento emocional, espiritual e da consciência para uma vida melhor, além de  administrar o site:www.melhormaneira.com.br com conteúdo motivacional e que leva o mesmo nome da técnica.

Insta:@melhor.maneira

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC8AsBDCFpRuSiLlSXFhOUGQ

Vida a dois em casa: como equilibrar a relação no trabalho com a pessoal?

Com a crise, muitos casais se reinventaram e abriram um negócio juntos. Mas como separar o profissional do pessoal? Erika Linhares, executiva especialista em soft skills, palestrante e pedagoga, é fonte para falar sobre o tema

Com a crise devido ao novo coronavírus, o isolamento social e o aumento de desempregados no país, muitas pessoas tiveram que se reinventar. Nesse contexto, muitos casais começaram a montar um negócio próprio para sobreviver a essa crise e conseguir pagar as contas do dia a dia. Mas como separar a relação profissional em relação à empresa da pessoal como casal?

Erika Linhares, executiva especializada em soft skills, vive na pele essa situação com o marido, que também é seu sócio na empresa B-Have. Veja abaixo dicas da palestrante Erika Linhares sobre como ter um relacionamento saudável sabendo separar a vida profissional da pessoal.

1. Definam qual é o objetivo em comum. Onde vocês como casal e sócios querem chegar com a empresa? Decidam juntos quais são os objetivos do negócio que criaram para saber quais estratégias devem ser adotadas e seguidas. Se não tiverem isso claro, é possível que tomem atitudes diferentes e gastem energia à toa. Quanto mais alinhado o casal estiver com o que espera da empresa, melhores resultados poderão vir.

2. Estabeleçam os papeis e responsabilidades de cada um. É importante que cada pessoa saiba quais as funções do outro para que a empresa funcione de forma organizada, ambos sejam produtivos e possam ter resultados. Faça contratos, registre informações em atas e não deixe as coisas subentendidas só porque se confia no outro e se trata de uma relação familiar. Sejam profissionais.

3. Cobranças e feedbacks podem sim ser feitos. Não devem ser levados para o lado pessoal. Problemas precisam ser resolvidos na hora. É improdutivo, por conta de alguma discussão, passar o dia sem falar com o outro. Abram o jogo, conversem sobre o que incomoda e esclareçam o que não está claro. Importante: não levem discussões para o momento de lazer após o horário de trabalho. O diálogo é fundamental para fortalecer o relacionamento.

4. Comemorem as pequenas vitórias. Empreender não é fácil, ainda mais na crise. No começo, é difícil ter vitórias. Então, vibrem com as pequenas conquistas para isso dar combustível para continuar.

5. Dividam tarefas de casa. Não deixem um ou outro sobrecarregados com tarefas domésticas ou isso poderá atrapalhar na produtividade na empresa. Se um gosta mais de cozinhar, deixe que fique responsável por isso enquanto o outro cuida da limpeza e organização da casa. Cuidem dos filhos de forma igual para que essa atitude também seja um bom exemplo para a educação deles.

 



Erika Linhares - Executiva especializada em comportamento e cultura dentro de organizações, chegou a ser sacoleira aos 15 anos quando o pai, dono de uma imobiliária, perdeu tudo na década de 90. Trabalhou ainda na área pública na Prefeitura de Sete Lagoas, em Minas Gerais. Depois de entrar na faculdade de pedagogia, começou a carreira no sistema privado aos 19 anos, ganhando R$ 350 reais como atendente de loja. Vinte anos depois, deixou o mercado corporativo como diretora nacional de uma das maiores empresas do Brasil para atuar como gestora de carreiras em sua empresa, a B-Have. Mais de 15 mil pessoas e 600 parceiros comerciais passaram pela gestão da executiva.

http://erikalinhares.com/
Instagram: @elinhares12
Facebook/Youtube: Erika Linhares

 

Posts mais acessados