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terça-feira, 11 de agosto de 2020

6 pontos que indicam se você é tímido ou tem ansiedade social

Você já evitou diversas situações por medo de se expor e ser julgado ou avaliado? Tome cuidado, pois o que muitos entendem por timidez, pode ser, na verdade, ansiedade social. Enquanto a timidez é um traço de personalidade, a ansiedade social é um transtorno, e que pode causar limitações na vida pessoal e profissional.

Diferente da timidez, o sofrimento trazido pela ansiedade social afeta suas escolhas afetivas e profissionais, influenciando negativamente a vida do indivíduo. Uma das formas de ansiedade é a generalizada, em que qualquer interação social causa grande desconforto.

 Para ajudar a identificar se você sofre do transtorno, a Dra. Cristiane Romano, fonoaudióloga, mestre e doutora em Ciências e Expressividade pela USP, lista 6 dos principais problemas causados pela ansiedade social:

 

Medo de ser julgado

O medo de ser avaliado e julgado não permite que o indivíduo consiga se expressar diante de outras pessoas. Prefere ficar isolado e evita eventos sociais. Falar em um seminário ou ministrar uma palestra, então, são tarefas praticamente impossíveis.

  

Interações de interesse sexual

Se você tem ansiedade social, provavelmente acha muito difícil manter uma conversa com alguém do gênero pelo qual você se sente atraído, por medo de ser desagradável e agir de maneira pouco carismática. Isso se transforma em um intenso sofrimento e, consequentemente, faz com que o portador de ansiedade social evite a intimidade e encontre dificuldades para construir um relacionamento amoroso.

  

Inibição de qualidades

Falar de suas próprias qualidades é uma possibilidade que não existe no mundo de quem tem ansiedade social. A possível rejeição de quem está a sua volta já é o suficiente para fazer com que a pessoa comece a duvidar de si mesma.

  

Ausência de contato visual

Parte importante de uma comunicação eficiente é olhar nos olhos da outra pessoa. Entretanto, para quem tem ansiedade social, isso é muito difícil de acontecer quando não se trata de um amigo ou parente muito próximo.

  

Dificuldade em lidar com figuras de autoridade

Unindo alguns dos problemas citados anteriormente (inibição, falta de confiança em si mesmo, dificuldade de manter contato visual), os ansiosos desenvolvem a dificuldade de lidar com figuras de autoridade e superiores, pois já preveem que serão avaliados negativamente.



Medo de falar ao telefone


Atender ao telefone pode ser torturante, e o nervosismo faz com que não haja clareza suficiente na fala. O medo de falar algo que não se deve e a ansiedade de não saber como dar continuidade à conversa, especialmente sem o auxílio da linguagem corporal, fazem com que essas ocasiões sejam evitadas.



5 passos para melhorar o humor

Neurocientista e psicóloga mostra como a aplicação da neurociência pode ajudar a alcançar uma vida mais plena a partir da autopercepção

 

Bom humor é uma habilidade e como toda habilidade tem que ter foco para treino, com o passar do tempo vira um hábito mantido por homeostase. Os 5 passos para melhorá-lo, segundo a neurocientista e psicóloga Anaclaudia Zani Ramos, são:


1- Sorrir sempre que possível!

Aprendemos desde que nascemos a espelhar as expressões dos nossos pais, além de ser apresentável aparentemente, também é uma expressão que manda uma mensagem para o cérebro de situação positiva e por consequência relaxa e alivia.


2- Ouça música animada

O som tem ritmo e realinha as ondas cerebrais gerando tranquilidade, animação e, por consequência, bom humor.


3- Treine olhar a parte boa de todas as cenas

Todo comportamento é modelado, faça isso por você. Treine!


4- Cuide das suas reações diante dos acontecimentos

Pela evolução das espécies ganhamos o córtex, capacidade de racionalização, porém a reação espontânea é o mais comum das pessoas praticarem, até porque para usar o córtex precisa gerar dúvida, quer dizer, fazer perguntas, além de ser a quantidade certa de tempo que leva o estímulo nervoso passar pelo tronco cerebral e ir até o frontal, porção responsável por tomada de decisão, mas precisa ter a pergunta.


5- Exercício e alimentação saudável

Parece clichê, mas praticar exercícios e manter uma alimentação saudável têm influência direta no bom humor, além de gerar uma percepção de autocuidado. Aprenda que todo investimento em nós mesmos é sempre o melhor! Sou minha melhor companhia!





Anaclaudia Zani Ramos - pesquisadora na área de Neurociência e Desenvolvimento Humano há 25 anos, palestrante e escritora. Tem formação em Coaching pela International Association of Coaching Institutes- Europe. A partir de seu próprio processo psicoterápico contínuo, Anaclaudia tomou como desafio a busca pelo autoconhecimento, entendimento e aprimoramento pessoal. https://www.instagram.com/anaclaudia.eita/ e https://www.facebook.com/anaclaudia.eita/


Tarefas domésticas: como as crianças podem ajudar

Especialistas da PlayKids falam da importância dessa atividade e quais são as tarefas mais indicadas para cada fase dos pequenos


Com a quarentena e as famílias passando mais tempo em casa, é natural que o ambiente precise de mais organização. Mas, será que as crianças também podem ajudar nas tarefas domésticas? Especialistas da PlayKids, uma das líderes globais em conteúdos para crianças, indicam que sim! Arrumar a cama, organizar os brinquedos, guardar as louças, cuidar do jardim são exemplos de atividades que ajudam os pequenos a entenderem a dinâmica do lar e desenvolverem noções de respeito, autonomia e responsabilidade.

Além disso, os pontos positivos também são sentidos pelos pais. Quando todos colaboram, ninguém fica sobrecarregado. É com esse apoio que todos percebem que é um dever de cada membro da família trabalhar pela organização. Nathalia Pontes, coordenadora de pesquisa e desenvolvimento educacional na PlayKids, alerta, no entanto, que cada criança tem seu tempo de desenvolvimento.

"Executar tarefas de casa é como qualquer outro aprendizado para as crianças e cada um tem seu tempo. É importante que os pais se atentem a isso quando forem ensinar aos pequenos as atividades diárias. Uma dica é introduzi-las desde cedo e de forma gradual. Assim, arrumar a casa deixa de representar algo ruim e se torna parte da vida deles, como um hábito", reforça a especialista.

Para ajudar os pais nessa divisão, a PlayKids separou algumas dicas com as melhores tarefas domésticas para cada idade. Confira:


De 2 a 3 anos

Mesmo que pequenos, por volta dessa idade as crianças já são capazes de realizar tarefas simples. As dicas são: guardar brinquedos e calçados, levar roupas sujas para o cesto, limpar pequenas superfícies e até ajudar na organização da mesa na hora da refeição.


De 4 a 5 anos

Como incentivo aos estudos, nessa faixa etária as crianças já podem começar a arrumar a mochila da escola. Outras tarefas são: tirar pó de alguns móveis, organizar itens da casa, regar plantas, ajudar a arrumar o quarto, colocar roupas na máquina de lavar e até guardar louças.


De 6 a 8 anos

Com essa idade a criança já começa a ter noções de responsabilidade e cuidado. Sendo assim, indicamos: esvaziar o lixo do banheiro, ajudar a estender e tirar roupas do varal, lavar louças, varrer e passar pano em alguns cômodos menores da casa, guardar roupas, organizar armários e até ajudar os pais no preparo de algumas refeições.


Acima de 8 anos

Aqui, a criança já consegue desempenhar funções mais complexas, como limpar o próprio quarto, cuidar do animal de estimação, preparar lanches, trocar a roupa de cama, ajudar a preparar o jantar e, caso tenha, já pode começar a ajudar a cuidar de um irmão mais novo.

"É importante que os pais deem tarefas iguais para meninos e meninas, sem distinção. Isso vai prepará-los melhor para a vida adulta. Além disso, é fundamental que essas tarefas sejam acompanhadas de um adulto, isso vai garantir que sejam executadas com segurança. Por isso, pais, mães e responsáveis precisam ser pacientes e deixar o perfeccionismo de lado, para que possam entender as dificuldades das crianças e direcionar para o melhor caminho", finaliza Nathalia.




PlayKids

playkids.com


Sua autoestima pode estar abalada durante o período de isolamento social

 

Psicoterapeuta Adriana Weitzel alerta as mulheres sobre a importância dos cuidados com si mesmas na quarentena

 

Estamos vivendo um momento bem desafiador na história, devido a Pandemia do COVID-19. Com o isolamento social, tivemos que nos adaptar e reunir em um único ambiente: tarefas domésticas, home office, cuidar da família, exercício físico e lazer, além da convivência 24horas com outras pessoas da família. Conciliar tudo isso não é tarefa fácil, mas segundo a psicoterapeuta Adriana Weitzel, é preciso olhar para dentro em meio a essa turbulência: “Neste momento, temos que aproveitar a oportunidade para nos observar não apenas no espelho, mas por dentro. 

O autocuidado é algo essencial para fazer com que a pessoa se sinta diferente e desenvolva autoestima”.

 

Segundo a especialista, a nossa autoimagem é construída ao longo doa anos, mas na quarentena temos a oportunidade de observar coisas que não vemos, por distrações e correrias do dia a dia. “Quantas vezes você colocou uma roupa nova e passou um perfume para ficar em casa? 

Isso é um autocuidado importante para uma boa autoestima. É preciso manter os cuidados com a pele, unha e cabelos, por exemplo, e pensar que esses cuidados são para nós mesmos”, afirma Adriana.

A quarentena exige um autocuidado interno muito maior com você mesma. 

“É uma qualidade se valorizar e olhar para dentro neste momento. 

Quando cuidamos dos nossos pensamentos, mente e emoções, nos sentimos bem e assim temos comportamentos que vão nos ajudar a passar pelas adversidades de uma forma diferente. É o cuidado com o interior que vai te dar forças para superar esse momento", complementa a especialista.

 

A psicoterapeuta explica que uma dica importante que pode ajudar neste momento, é fazer uma lista de coisas que gosta e que sempre teve interesse, mas antes da pandemia não tinha tempo para realizar. “Vamos parar de nos ignorar e de ignorar nossos desejos e sentimentos. Temos sempre que buscar coisas que nos deixam felizes e nos dão prazer. 

Outra coisa importante que vale destacar é que precisamos cuidar dos nossos pensamentos e da forma como dialogamos com nosso eu interior”, ressalta.

 

O impacto da pandemia, para alguns, pode resultar desencanto, desinteresse, mas a saída para superar toda crise é reagir, buscar as ferramentas disponíveis e ao alcance para encontrar um caminho do seu jeito e não se entregar.

“Lembre-se é possível ser vaidosa, zelar pela aparência e fazer tudo que precisa. Não é porque enfrentamos uma crise que iremos nos deixar de lado. O cuidado tem de acontecer, mesmo dentro de casa, porque nos faz sentir bem”, finaliza Adriana Weitzel.

 

 

Adriana Weitzel - Psicoterapeuta, Master em PNL (Programação Neurolinguística), com formação Internacional em Coach Generativo, Hipnose e Hipnose Clínica,atua com Terapias Breves, através dessas ferramentas.

Possui como foco principal encontrar novas formas para recuperar autoestima das mulheres, fazendo com que elas acreditem em si e superem os seus medos.

 

https://www.instagram.com/adriana.weitzel/

https://www.youtube.com/channel/UCGMiB_uWeVlTZbq2foVDJaA

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YOGA ATUA NOS PADRÕES NEURAIS DO CÉREBRO

 

Estudos comprovam que as posturas ajudam a acalmar a mente e o corpo e afastar as distrações, fundamental para manter a concentração e o foco.

 

Pesquisas feitas pelo Yoga Alliance (Organização profissional e de associação sem fins lucrativos sediada nos EUA para professores de Yoga) revelaram que de 2008 a 2016, o número de praticantes de Yoga duplicou, passando de 15.8 milhões para 36.7 milhões no mundo. E agora durante a pandemia, alguns países relataram aumentos de até 200% no número de pessoas adeptas da prática.

A professora de Yoga e Youtuber, Priscilla Leite criadora do canal  Pri Leite Yoga que também viu seus números de inscritos no Youtube saltarem de 310 para 749 mil inscritos nessa quarentena afirma que a prática consistente e regular da atividade pode ajudar a liberar o estresse do dia a dia e melhorar a memória, bem como a saúde mental. “É muito comum que qualquer pessoa fique dispersa em algum momento durante o dia. Afinal, são inúmeras as tarefas cotidianas e quase infinitos, os pensamentos que povoam nossas mentes diariamente, às vezes até nos deixando mais estressados. O Yoga nos ajuda a pensar com mais clareza e consequentemente ajuda a aliviar os níveis de ansiedade e promover a calma”- Pontua.

No entanto, você sabia que praticar Yoga pode fazer muito mais do que só aliviar a ansiedade? A atividade também pode afetar os padrões neurais no cérebro, o que ajuda a melhorar a capacidade de concentração e foco, sendo muito benéfica no resgate da concentração que as vezes falta durante o home office ou os estudos online. “ Os exercícios respiratórios e algumas posturas ajudam a acalmar a mente e o corpo e afastar aqueles pensamentos que tendem a nos distrair ao longo do dia, pois durante a prática o aluno se concentra somente no seu corpo, postura e respiração” -complementa a Yogini.

Da respiração ao movimento corporal, aqui estão três poses de Yoga que Priscilla Leite separou para aqueles que precisam focar a atenção durante os estudos ou trabalho. Veja:

 

  1. Savasana


Essa postura de Yoga é poderosa e traz diversos benefícios para quem a pratica como: produzir grande relaxamento para o corpo curando os transtornos causados pelo excesso de tensão, reduz terapeuticamente o risco de arritmia cardíaca, ataque cardíaco, pressão alta e colesterol e tem um efeito excelente contra a fadiga física e mental, acalmando as ondas cerebrais e estimulando a endorfina, serotonina e melatonina, hormônios que atuam no bem-estar e rejuvenescimento corporal.

 

Veja como fazer:

Deitado em um tapete de yoga, edredom ou até mesmo no chão comece se espreguiçando como se estivesse acabado de acordar. Feche os olhos se preferir e inale e exale profundamente. Solte cada tensão do seu corpo e deixe-o ficar pesado em direção a terra, se permitindo relaxar e aproveitar esses minutos consigo mesmo sem expectativas e julgamentos. Leve as mãos sob o coração e preste atenção na sua respiração. 

 

  1. Postura do Guerreiro 2


Virabhadrasana
ou postura do guerreiro, é uma postura forte como indica o próprio nome; a sua prática desenvolve firmeza, estabilidade e determinação. Esta asana fortalece as pernas, ajuda no alinhamento da coluna, alivia dores na lombar e ajuda no aumento da capacidade pulmonar através da expansão do tórax e acompanhada de um mudra, pode ajudar no aumento da concentração.

A asana na imagem acima se refere a Postura do Guerreiro 2 em conjunto com o mudra gyan mudra que tem como objetivo reduzir a tensão e aumentar o nível de concentração. Essa postura é bastante calmante e espiritualmente desperta.

 

Veja como fazer:

Em pé, abra as pernas e deixe os pés bem firmes sobre o chão, o peso do corpo deve ser bem distribuído pelos dois pés. Depois, leve o joelho direito para frente flexionando-o sem deixar passar do calcanhar e abra as mãos com a coluna ereta. Leve as palmas das mãos para cima e junte o seu dedo indicador com o polegar como mostra na imagem . Foque a sua atenção no seu dedo médio a sua frente. Mantenha a respiração profunda, soltando os ombros e relaxando os pontos de tensão do corpo e depois faça o outro lado.


  1. Postura da Árvore

 

A Vrkshásana ou a postura da Árvore tem como benefícios desenvolver o equilíbrio e a consciência do  alinhamento postural estimulando a coordenação neuro -muscular, aquietar a mente e aumentar e também estimular a intuição e a paciência.

Veja como fazer:

Com as solas dos pés firmes no chão, abra o joelho direito para a direita e leve as palmas das mãos para cima, juntando o dedo indicador com o polegar, como na imagem e depois estique os braços. Respire e inspire com calma.

 

Uma dica para continuar centrado nessa posição é manter o foco no nariz, sempre olhando para baixo.

A especialista também preparou um vídeo completo com o tema foco, veja: https://prileiteyoga.com.br/yoga-para-foco-20min-pri-leite/

 



Priscilla Leite - vive em Los Angeles com o seu esposo Darren, fillho Oliver e cachorrinha Sky. Professora de yoga com formação em Vinyasa Flow, Hatha Yoga, Yoga para gestantes começou a ministrar aulas online em 2013 para uma plataforma de yoga americana. Pouco tempo depois, a empreendedora criou o canal Pri Leite Yoga, no You Tube, com aulas gratuitas, em português. Pioneira no segmento, suas aulas são divididas em categorias e semanalmente vídeos inéditos são postados. Todas as aulas são pensadas de acordo com as necessidades e feedback da comunidade do canal. Existe uma conexão real entre professora e as pessoas que praticam com ela. Para saber mais, acesse: www.prileiteyoga.com.br



Pandemia, isolamento e distanciamento social alteram relógio biológico e sono dos brasileiros

A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) resultou em brasileiros mais ansiosos e com distúrbios de sono e alimentação. É o que concluiu uma pesquisa feita em parceria entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade de Valência, na Espanha. O levantamento “Hábitos saudáveis e estilo de vida durante a pandemia de Covid-19", foi realizado com 22 mil pessoas abordando como o isolamento/distanciamento social afetou a saúde de brasileiros e espanhóis. A análise apontou que 44% dos brasileiros modificaram hábitos alimentares, 50% relataram alterações no sono e 51% mudança nos níveis de estresse.

De acordo com a médica neurologista Ester London, responsável pelo Laboratório do Sono do Hospital VITA, em Curitiba, o sono é o momento de consolidação da memória e do controle da temperatura corporal. “Diversos hormônios são influenciados pelo sono, como a insulina, que controla a glicose no sangue, a leptina, responsável pela saciedade, a grelina, responsável por estimular o apetite, e a somatotrofina, que age no crescimento”, destaca Dra. Ester.

Por isso, neste momento de pandemia, mais do que nunca, é preciso manter o ritmo circadiano, isto ajuda a melhorar a imunidade, alerta a neurologista. Ela explica que o ritmo ou ciclo circadiano designa o período de aproximadamente 24 horas sobre o qual se baseia o ciclo biológico de quase todos os seres vivos, sendo influenciado principalmente pela variação de luz, temperatura, marés e ventos entre o dia e a noite. “São os ciclos diários de funções corporais que mantém a pessoa saudável. Estão presentes em vários órgãos do corpo humano, inclusive no cérebro”, ressalta a médica.

Uma dessincronização do ritmo biológico leva a um prejuízo em relação ao sistema imune, abrindo uma brecha para a ocorrência de problemas de saúde. “Por isso, é necessário manter o funcionamento adequado do ciclo circadiano. São atitudes simples, como manter os horários de sono – criar o hábito de dormir e acordar nos mesmos horários”, complementa a especialista.

Dra. Ester salienta que mesmo neste momento em que a rotina diária está alterada - home office, aulas suspensas, em que a pessoa passa mais tempo em casa, é necessário manter-se regrado nos horários de dormir, de acordar e das refeições. Além disso, é extremamente importante e necessário pegar o sol da manhã. A médica conta que a luz é um dos principais sincronizadores, daí a necessidade de acordar com a claridade e dormir no escuro absoluto.  

Deve-se dormir de oito a dez horas no máximo, mais do que isso é desaconselhável pelos especialistas em sono. O mesmo ocorre para as refeições, devem ser realizadas com frequência, em horários pré-determinados e com antecedência da hora de ir dormir.  Essas dicas ajudam a sincronizar o relógio biológico e a ter qualidade de sono e, indiretamente, a fortalecer o sistema imunológico. Além disso, “a privação ou sono irregular leva a danos secundários, ou seja, dormir pouco aumenta os riscos de diabetes, estresse, hipertensão, obesidade, entre outros problemas que afetam a saúde e qualidade de vida dos indivíduos”, alerta Dra. Ester.

 

*Higiene do sono*

Dra. Ester London destaca a necessidade de manter alguns hábitos que melhoram a qualidade do sono. São eles:

– Deitar e levantar no mesmo horário todos os dias;

– Desligar os eletrônicos (celular, tablet, computador) pelo menos uma hora antes da hora de dormir;

– Ler um livro e/ou escutar uma música suave para relaxar;

– À noite, deve-se optar por refeições leves;

– A temperatura do quarto deve ser suave (no máximo, 22 º C);

– Usar um pijama confortável;

– Roupa de cama limpa também ajuda a dormir bem;

– Evitar ingerir bebida alcoólica ou com cafeína à noite;

– O sono é induzido pelo relaxamento e a falta de luz, então deve-se relaxar e deixar o quarto escuro para seu cérebro liberar a melatonina;

– Se acordar durante a noite e não voltar a dormir, pegue um livro para ler, isso ajuda.

– Evitar atividades físicas perto da hora de dormir (preferir os alongamentos e relaxamentos), mas não deixar de praticar exercícios físicos regularmente, ao menos três vezes na semana. “A atividade física aeróbica é um hábito que contribui para melhorar a qualidade do sono”, ressalta a neurologista.

 

 


Hospital VITA

www.hospitalvita.com.br


Como fica o estado psicológico do paciente com testagem positiva para Covid-19

Ao se deparar com um resultado positivo para a COVID-19, é natural que o ser humano entre em um processo de confusão mental e depressão - motivado pelo medo, pela insegurança e pela instabilidade ocasionados por dimensões incertas do vírus. O que poderá provocar sentimentos e reações que configurem alterações psicológicas que, se não tratadas desde o início, certamente, levarão esse indivíduo a desenvolver neuroses e traumas irreversíveis, agravando seu estado físico e mental.

A grande expectativa para quem testa positivo é de que a manifestação da doença não venha abastada por situações mais graves ou críticas. Que desperte apenas a forma branda da doença e, principalmente, que seja descartada a necessidade de isolamento em um Centro de Tratamento Intensivo (CTI) com riscos de intubação traqueal, seguindo um tratamento de linha de frente aplicado nos hospitais. Além disso, fortalece o desejo de que expressões habituais mais observadas nos pacientes positivados - como o desespero, medo exagerado, transtornos de ansiedade generalizada e as sensações de pânico - sejam eliminados e não entrem em cena. 

Porém a necessidade em seguir as orientações de isolamento total de parentes e das pessoas que se ama provoca o desafio em tentar manter uma saúde mental equilibrada, já que a demanda por um esforço psicológico tende a ser maior que o esforço físico. Sabemos que permanecer isolado dentro de casa não é muito agradável e tem-se demonstrado como um grande contratempo para os já diagnosticados com distúrbios de ansiedade ou transtornos de pânico. E a situação pode se agravar ainda mais ao ser  recomendado o isolamento em unidade hospitalar, pois o paciente, para inibir o lastro de contaminação, passa a ficar longe da família, privado de visitas e fora de seu ambiente natural. Tendendo a elevar a tensão e o medo que, consequentemente, irão contribuir para um diagnóstico de desequilíbrio mental e depressivo. 

A testagem positiva também faz com que, por insegurança ou vergonha, alguns pacientes evitem comunicar o resultado do exame aos seus contatos, isolando-se de todos e esquivando-se das manifestações virtuais de vídeos chamadas ou telefonemas que ajudam a aproximar os amigos e a diminuir a solidão e a sensação de abandono tão devastadores para este momento.

É primordial manter a calma, controlar a ansiedade e cuidar da sua saúde mental, por mais assustador que possa ser descobrir-se infectado pelo Coronavírus. Tentar ficar tranquilo será de fundamental importância para enfrentar a doença e se recuperar, sem adquirir outros distúrbios ou neuroses psicológicas. 

Não se colocar no papel de vítima ou alimentar pensamentos negativos que farão com que a angústia cresça e contribua para fomentar uma tristeza interior devastadora e fulminante também será de suma importância para atravessar esse período. Lembre-se:  a maior barreira que podemos enfrentar é a de não acreditarmos que a cura é possível. Manter os pensamentos positivos e ter a certeza de que momentos ruins passam, não se permitindo dominar-se por sentimentos prejudiciais ao equilíbrio físico e mental, sem sombra de dúvidas é a maior prova de autocontrole do indivíduo. Sendo assim, aproveite a tecnologia para conectar-se com amigos e entes queridos. Transborde emoções e não tenha receio de externar o que sente. De maneira consciente, esvazie-se das angústias e das incertezas naturais que o isolamento provoca.

Se faz imprescindível refletir positivamente sobre os momentos já vivenciados, em que a superação o ajudou a vencer dificuldades, traumas e processos difíceis ao longo de sua jornada. Ao perceber o quanto amadureceu e cresceu em meio a situações conflituosas e desafiadoras, ficará mais fácil entender que, fortalecendo sua mente e alimentando a energia do enfrentamento, poderá sair vitorioso do processo traumático em que se encontra.

Por fim, no período da confirmação da testagem positiva para o COVID-19 e ao longo do tratamento, cultive a confiança e desenvolva rotinas que elevem seu bem-estar e sua autoestima. Hidrate-se e alimente-se corretamente, seguindo todas as recomendações médicas e não se deixe abater por paranoias e sentimentos depressivos. Cuide de seus pensamentos e valorize suas emoções. Crie uma rotina própria que propicie sensações de prazer e tranquilidade. Além disso, ao perceber a necessidade, busque ajuda de um profissional de saúde mental. Muitos estão realizando atendimentos virtuais que facilitam a condução dos casos. Assim, você poderá descobrir, mesmo em meio ao caos, que o autocuidado e o controle emocional são extremamente eficazes na eliminação de possíveis terrores e traumas mentais gerados por um inimigo invisível. 

 



Dra. Andréa Ladislau - Doutora em Psicanálise, Palestrante, Colunista, Academia Fluminense de Letras, Gestora em saúde, Repres. Intern. (USA) da University Miesperanza


Hormônio do exercício pode modular genes relacionados à replicação do novo coronavírus, sugere estudo


 Pesquisadores da Unesp observaram em adipócitos não infectados que o hormônio irisina altera a expressão de genes reguladores do ACE2, gene que codifica uma proteína à qual o vírus se liga para entrar nas células humanas (enzima ACE2; imagem: Wikimedia Commons)

 

Estudo conduzido na Universidade Estadual Paulista (Unesp) sugere que o hormônio irisina, liberado pelos músculos durante a atividade física, pode ter efeito terapêutico em casos de COVID-19. Ao analisar dados de expressão gênica de células adiposas, os pesquisadores observaram que a substância tem efeito modulador em genes associados à maior replicação do novo coronavírus (SARS-CoV-2) dentro de células humanas.

O achado teve como base dados de transcriptoma (conjunto de moléculas de RNA expressas em um tecido) de células adiposas não infectadas por SARS-CoV-2 que receberam doses de irisina.“Confrontamos as informações sobre os genes importantes na COVID-19 com nossos dados do transcriptoma para fazer correlações. O resultado representa uma sinalização positiva para a busca por novos tratamentos nesse momento de emergência com a pandemia. É preciso ressaltar que trata-se de dados preliminares, uma sugestão do potencial terapêutico da irisina para casos de COVID-19. Estamos indicando um caminho de pesquisa para comprovar ou não o efeito benéfico do hormônio em pacientes infectados”, diz Miriane de Oliveira , pesquisadora da Faculdade de Medicina da Unesp, em Botucatu (SP).

O artigo, publicado na revista Molecular and Cellular Endocrinology , descreve dados gerados no estudo de pós-doutorado de Oliveira, que analisou a ação da irisina e de hormônios tireoidianos em adipócitos. O trabalho contou com apoio da FAPESP .

Por meio de técnicas de sequenciamento, os pesquisadores identificaram 14.857 genes expressos em uma linhagem de adipócitos subcutâneos. Ao tratar as células com irisina, observaram que a expressão de vários genes foi alterada.

Por causa da pandemia, os pesquisadores decidiram investigar possíveis efeitos da irisina em genes relacionados à replicação do SARS-CoV-2. A partir do cruzamento de dados, eles descobriram que o tratamento com a irisina em células adiposas diminuiu a expressão dos genes TLR3HAT1HDAC2KDM5BSIRT1RAB1AFURIN e ADAM10, reguladores do gene ACE2 – fundamental para a replicação do vírus em células humanas. O ACE2 codifica a proteína a que o vírus precisa se ligar para invadir células humanas.

Outro aspecto positivo encontrado no estudo foi a irisina ter triplicado os níveis de transcrição do gene TRIB3. Estudo anterior demonstrou a importância da manutenção da expressão de TRIB3. Em indivíduos idosos é comum ocorrer a diminuição da expressão desse gene, o que pode estar relacionado à maior replicação do SARS-CoV-2 e ao risco aumentado dessa população à COVID-19.

“Um terceiro aspecto importante está no achado de outros grupos de pesquisa sobre o tecido adiposo aparentemente servir como repositório do vírus. Isso ajuda a entender por que indivíduos obesos têm maior risco de desenvolver a forma grave da COVID-19. Fora isso, indivíduos obesos tendem a ter níveis menores de irisina, assim como maiores quantidades da molécula receptora do vírus [ACE2], quando comparados a indivíduos não obesos”, afirma (leia mais em: agencia.fapesp.br/33612/).

A irisina, normalmente produzida de modo endógeno durante o exercício físico contínuo, é conhecida pela função de modificação metabólica do tecido adiposo branco – que armazena triglicerídeos, lipídios, acumula gordura e pode vir a ser inflamado –, tendo função similar ao tecido adiposo marrom. Esse processo favorece o gasto energético, o que torna a irisina um agente endógeno terapêutico para doenças metabólicas, como a obesidade.

É também conhecida a capacidade moduladora do hormônio na atividade dos macrófagos (células de defesa do sistema imune), o que confere potencial propriedade anti-inflamatória.

Gerenciamento de dados

O estudo de Oliveira é um exemplo de como o gerenciamento de dados obtidos em pesquisas básicas pode semear outras descobertas e linhas de pesquisa.

“Fizemos inicialmente uma análise comparativa entre a ação da irisina e dos hormônios tireoidianos na diminuição de acúmulo lipídico e na modulação de genes nas células adiposas. O estudo gerou um volume grande de dados e, conforme veio a pandemia e outros grupos de pesquisa iam descobrindo os genes associados à replicação do SARS-CoV-2, decidimos investigar no nosso banco de dados como a irisina [e os hormônios tireoidianos] poderia influenciar a doença”, relata à Agência FAPESP.

A investigação original do grupo de pesquisadores buscou descobrir de que forma esses hormônios desempenham o papel termogênico na diminuição do tecido adiposo e geração de energia nos adipócitos. “Para isso, fizemos o transcriptoma e identificamos que genes seriam afetados na presença desses hormônios. Dados que serviram de base para o estudo sobre COVID-19”, diz.

Com o estudo, Oliveira identificou que a irisina não só diminui o acúmulo lipídico como aumenta a expressão da proteína desacopladora 1 (UCP1), associada a maior gasto calórico. O aumento da expressão dessa proteína é compatível com a redução de dano de DNA e de estresse oxidativo.

Com a maior compreensão do papel da irisina em fatores correspondentes à obesidade e também a sua possível relação com os casos de COVID-19, o grupo de pesquisadores vai analisar o efeito do hormônio em células infectadas com SARS-CoV-2. O trabalho, que também será coordenado pela professora da Faculdade de Medicina da Unesp em Botucatu Célia Regina Nogueira de Camargo, é apoiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

“O objetivo é dar mais um passo nesse estudo e verificar em modelo tridimensional de cultura celular de adipócitos os resultados obtidos no nosso trabalho de bioinformática. Queremos entender como ocorre a modulação, por parte da irisina, nos genes relacionados à replicação do novo coronavírus”, diz.

O artigo Irisin modulates genes associated with severe coronavirus disease (COVID-19) outcome in human subcutaneous adipocytes cell culture (doi: 10.1016/j.mce.2020.110917), de Miriane de Oliveira, Maria Teresa De Sibio, Lucas Solla Mathias, Bruna Moretto Rodrigues, Marna Eliana Sakalem e Célia Regina Nogueira, pode ser lido em www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0303720720302173 .

 



Maria Fernanda Ziegler

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/hormonio-do-exercicio-pode-modular-genes-relacionados-a-replicacao-do-novo-coronavirus-sugere-estudo/33847/

 

Os males provocados pelo açúcar

 Dentre as doenças acarretadas pelo consumo exagerado de açúcar, o médico, diretor-presidente da Associação Brasileira LowCarb (ABLC), José Carlos Souto, destaca o diabetes tipo 2 e a síndrome metabólica


Com o objetivo de combater e tratar as doenças relacionadas à má alimentação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de até 18,2 kg de açúcar por pessoa ao ano, o equivalente a 12 colheres ou 50 gramas do produto por dia. O brasileiro, no entanto, está bem longe de atingir esta meta. Segundo o Ministério da Saúde, a média de consumo anual de quem habita o país é de 30 Kg, ou seja, cerca de 80 g ou 18 colheres de açúcar por dia. São números bem acima dos estipulados, o que vem gerando muita preocupação, haja vista o potencial nocivo do açúcar.

Formado por glicose e frutose, a sacarose, também conhecida como açúcar de mesa, acarreta diversos efeitos tóxicos à saúde humana. Conforme o médico, diretor-presidente da Associação Brasileira LowCarb (ABLC), José Carlos Souto, eles começam pela boca, sendo a principal causa de cáries e doença gengival. Outra doença que está intimamente relacionada ao consumo do açúcar é o diabetes tipo 2 ou diabetes mellitus. De acordo com Souto, mesmo ingerindo a quantidade igual de calorias, – de açúcar ou de outros alimentos - a chance de o indivíduo desenvolver diabetes é dez vezes maior por causa do açúcar.

Mais um mal que vem atrelado à ingestão de açúcar é a síndrome metabólica. De acordo com o diretor-presidente da ABLC, a substância contribui para o desenvolvimento dessa doença por meio de dois mecanismos principais:

1 – O primeiro está relacionado ao ganho de peso. Souto explica que tanto a glicose quanto a frutose são carboidratos. Sendo assim interferem no uso da gordura como fonte de energia. “Quando o corpo emprega carboidratos para produzir energia, ele para de utilizar a gordura e começa a armazená-la”, justifica. Quanto mais açúcar ingerido mais gordura é estocada, gerando o aumento de peso e até a obesidade e por consequência a síndrome metabólica.

Conforme o diretor-presidente da ABLC, uma das razões que levam as pessoas a consumirem açúcar em grande quantidade reside no sabor agradável e viciante. Neste ponto, a culpa pode recair na frutose, que apresenta um sabor mais adocicado que a glicose. “Não há dúvidas de que o sabor doce de um alimento é que desencadeia a reação de prazer, a liberação de dopamina no cérebro, fazendo com que tanto seres humanos quanto animais busquem consumir mais daquele produto”, afirma.

2 – O segundo mecanismo está associado ao efeito específico que o excesso de frutose exerce sobre o fígado. Ele gera acúmulo de gordura no órgão, – esteatose hepática não alcóolica – que, por sua vez, leva à síndrome metabólica.

Souto explica que diferentemente da glicose, que é metabolizada em todo o organismo, a frutose é processada somente no fígado. Dessa forma, quando consumida em demasia a frutose gera o acúmulo de gordura no órgão, obtendo como resposta o aumento da produção da insulina, o que torna o fígado mais resistente ao hormônio. A maior resistência, por sua vez, eleva ainda mais os níveis da insulina no sangue, tendo como consequência a síndrome metabólica.

Tanto a sacarose ou açúcar de mesa (glicose + frutose) quanto alimentos que contêm apenas glicose, como o amido, são carboidratos, cujo consumo em excesso pode dificultar a perda de gordura e facilitar o ganho de peso. Contudo, no que diz respeito à esteatose hepática não alcóolica e à gordura no fígado, a sacarose se mostra mais deletéria à saúde humana. Segundo o diretor-presidente da ABLC, estudo recente realizado em adolescentes com síndrome metabólica corrobora esta afirmação. Nessa análise, ao manter as calorias e a quantidade total de carboidratos iguais na dieta dos jovens, mas substituindo a sacarose por glicose, na forma de amido, os pesquisadores detectaram uma melhora significativa na esteatose e de alguns outros marcadores de síndrome metabólica.

A respeito da quantidade que pode ser ingerida de açúcar, em média, Souto enfatiza que se trata de uma toxina, tal como o álcool e, assim, a dose importa. “O ideal é que não houvesse nenhum açúcar adicionado aos produtos alimentícios, de uma forma geral, e que todo o açúcar ingerido fosse aquele naturalmente encontrado nos alimentos”, afirma. Em alguns casos, mesmo o açúcar existente de forma natural na comida deve ser minimizado; “Uma pessoa saudável não tem problema em comer uma banana, mas para um diabético, essa mesma fruta produzirá um pico substancial na glicose sanguínea”, diz.

O açúcar já foi detectado como um vilão para a saúde. E muitas pessoas vêm buscando consumir alimentos com menor quantidade dessa substância. A low carb, por exemplo, é uma prática alimentar que tem como uma de suas regras básicas evitar a ingestão de açúcar. Uma questão, porém, que dificulta o acesso dos consumidores a uma dieta mais saudável desse ponto de vista, encontra-se na falta de informação adequada.

De acordo com o diretor-presidente da ABLC, o fato de um alimento apresentar na embalagem os dizeres “sem adição de açúcar” não significa que ele não contenha a substância. “Um suco de uva integral, por exemplo, contém tanto açúcar quanto um caldo de cana. No entanto, o rótulo sugere ao consumidor que seja um alimento saudável por não ter açúcar adicionado”, explica. Souto enfatiza que para o pâncreas não faz nenhuma diferença se o açúcar foi adicionado posteriormente ou se veio da cana ou da fruta.

Além disso, argumenta o diretor-presidente da ABLC, alguns produtos rotulados como “diet” e “zero açúcar” podem não conter açúcar (sacarose), mas apresentam grande quantidade de carboidratos, na forma de amido (glicose), ou na forma de sua variante, a maltodextrina.

Nesse sentido a ABLC gostaria que houvesse uma revisão do conceito de “açúcares adicionados” na forma que se encontra atualmente na legislação brasileira, a fim de que os consumidores não adquirissem produtos tidos por eles como saudáveis, mas que, na realidade, apresentam grande quantidade de açúcares e carboidratos oriundos dos próprios ingredientes, ou seja, não “adicionados”.

 



Porta-vozes da ABLC:

Dr. José Carlos Souto - médico e diretor presidente da ABLC

Dr. Rodrigo Bomeny de Paulo – médico endocrinologista e diretor de Medicina na ABLC

Patrícia Gomides Ayres – nutricionista da ABLC


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