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sexta-feira, 27 de julho de 2018

Hepatites Virais: quanto mais silenciosa é a doença, maior é o perigo à saúde

Pele e olhos amarelados, urina escura, dores acentuadas no fígado. Sintomas clássicos que, de longe, denunciam a hepatite. O problema é que nem todo tipo de hepatite se apresenta dessa forma, tão evidente, e o que é pior: as hepatites mais silenciosas, ou seja, as que acometem o fígado sem demonstrar sintomas, são as mais perigosas. Para alertar a população do mundo inteiro sobre o quanto as hepatites comprometem a saúde, a OMS instituiu 28 de julho como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais.

Para explicar melhor o que é a hepatite, é importante primeiro entender como ela afeta o fígado, maior glândula do organismo, localizado na parte superior do abdome. “O fígado mantém as reservas de ferro, de vitaminas e de sais minerais necessárias para a saúde. Sem ele, não haveria força para seguirmos adiante. Ele também produz a bile, um líquido ácido que ajuda na digestão dos alimentos. Com isso, desintoxica todos os produtos químicos e prejudiciais que ingerimos, como bebidas alcoólicas e remédios, por exemplo”, explica a médica Graziela Medeiros, do Hapvida Saúde.

Quando o fígado é acometido por uma inflamação, ou seja, pela hepatite, todos esses benefícios podem ser destruídos. Existem vários tipos de hepatites, mas os mais comuns são causados por vírus dos tipos A, B e C. “A hepatite pode ser aguda ou crônica. A aguda dá sinais mais evidentes, como a cor amarelada na pele e nos olhos, dores acentuadas no fígado, entre outros sintomas. Já a crônica é totalmente silenciosa, com uma lesão que vai avançando sem causar dor e quase sem nenhum incômodo e, quando a pessoa se dá conta, já está com uma cirrose”, alerta a especialista.


Cirrose

Cirrose é o estágio em que o fígado perde as funções e isso pode levar a pessoa à morte. Entre as principais causas da cirrose estão o uso abusivo de bebidas alcoólicas; doenças autoimunes que provocam inflamações no fígado; enfermidades hereditárias; acúmulo de gordura no fígado; e remédios de uso clínico que podem causar hepatite. “Paracetamol é um remédio usado livremente, para qualquer dor de cabeça, mas é preciso ter cuidado com a associação desse medicamento ao uso do álcool. Misturados, podem ser altamente tóxicos e perigosos”, enfatiza Graziela.


Diagnóstico

Exames de sangue podem denunciar o problema. Outros testes mostram a fase e a gravidade da doença. “O melhor é prevenir desde a infância. Hoje, por exemplo, a maior preocupação realmente é com a faixa etária que está mais exposta, sexualmente ativa, e que não foi vacinada na infância”, explica a médica. A preocupação com a atividade sexual desprotegida é porque as hepatites mais comuns e perigosas, a B e a C, são transmitidas por contato sexual ou sanguíneo.


Tratamento e prevenção

Para as hepatites agudas, bastam repouso e medicamentos sintomáticos, além do combate às causas da inflamação – redução da ingestão de bebidas alcoólicas e comidas gordurosas, por exemplo. Para os outros casos, há tratamento e cura. Um lembrete importante: a vacina contra a hepatite B é disponibilizada na rede pública, no calendário nacional de imunização.

Estima-se que, no Brasil, 2,3 milhões de pessoas tenham algum tipo de hepatite e cerca de 1,5 milhão são portadores do tipo C, o mais grave. Ainda não se tem uma vacina para este tipo de hepatite.

Pessoas que compõem o chamado grupo de risco são, trabalhadores da área de saúde, coletores de lixo, vítimas de abuso sexual, dentre outras. Elas podem e devem procurar as unidades de saúde para se vacinarem. Para esses, a vacinação é realizada independentemente da faixa etária e não é necessário revelar o motivo pelo qual se está buscando a vacina.

Meningite meningocócica: saiba como se prevenir


A meningite é uma doença grave que pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, fungos e vírus.1,2 A meningite bacteriana costuma apresentar um quadro clínico mais grave.2 No Brasil, casos de meningite são esperados ao longo de todo o ano, sendo a ocorrência das bacterianas mais comum no inverno e, das virais, no verão.3

A meningite meningocócica é uma infecção bacteriana das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo causar sequelas e até mesmo levar a óbito.1 É causada pela bactéria Neisseria meningitidis que possui 12 sorogrupos identificados1,4, sendo que cinco deles são os mais comuns (A, B, C, W e Y).4

Por ser uma doença grave, é importante conhecer os diferentes tipos de meningite e saber como se prevenir. Confira abaixo algumas informações sobre a doença como transmissão, sintomas e formas de prevenção.


- Quais as diferenças entre meningite viral e meningite bacteriana?

As meningites bacterianas são, do ponto de vista clínico, as mais graves.2 A meningite meningocócica (causada pela Neisseria meningitidis) certamente está entre as doenças imunopreveníveis que causam maior preocupação4 e, pela magnitude, gravidade e potencial de ocasionar surtos e epidemias, apresenta maior importância para a saúde pública.2 Já as meningites virais podem se expressar por meio de surtos, porém com menor gravidade.2


- O que é doença meningocócica? Por que é uma doença grave?

A Doença Meningocócica (DM) é causada pela bactéria Neisseria meningitidis e uma das formas de manifestação é a meningite meningocócica, que é uma infecção das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Uma outra forma mais grave é quando a bactéria atinge a corrente sanguínea, chamada de meningococcemia.1,4,5
 
Mesmo quando a doença é diagnosticada precocemente e o tratamento adequado é iniciado, 8% a 15% dos pacientes vão a óbito, geralmente dentro de 24 a 48 horas após o início dos sintomas.1 Se não for tratada, a meningite meningocócica é fatal em 50% dos casos e pode resultar em dano cerebral, perda auditiva ou incapacidade em 10% a 20% dos sobreviventes.1


- Como a meningite meningocócica pode ser transmitida?

O meningococo, bactéria que causa a meningite meningocócica, pode ser transmitido de uma pessoa para outra por meio do contato direto com gotículas respiratórias através de tosse, espirro e beijo, por exemplo.1 Aproximadamente 10% dos adolescentes e adultos possuem a bactéria na orofaringe (“garganta”) e podem transmiti-la mesmo sem adoecer – são chamados de portadores assintomáticos.5


- Quais são os sintomas mais comuns?

Os sinais e sintomas iniciais da meningite meningocócica — incluindo febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito6 — podem ser confundidos com outras doenças infecciosas.Na sequência, o paciente pode apresentar pequenas manchas violáceas (arroxeadas) na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz.5,6 Se não for rapidamente tratado, o quadro pode evoluir para confusão mental, convulsão, sepse e choque, falência múltipla de órgãos e risco de óbito.5,6 Essa rápida evolução e início abrupto, pode levar a óbito em menos de 24 a 48 horas.5 Por isso, é tão importante a prevenção da doença.3


- Quais são as principais formas de prevenção?

A vacinação é considerada uma forma eficaz na prevenção da doença.3 A vacina para prevenção da doença meningocócica causada pelos sorogrupos A, C, W e Y é indicada para crianças a partir dos 2 meses de idade, adolescentes e adultos.7 Já a vacina para a proteção contra a doença meningocócica causada pelo meningococo B é indicada para indivíduos dos dois meses aos 50 anos de idade.8 Nos postos de saúde, a vacina para proteção contra a doença causada pelo meningococo C é gratuita para crianças menores de 5 anos de idade e adolescentes de 11 a 14 anos.9

Outras formas de prevenção são evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos.3


GSK 




Referências:
  1. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Meningococcal Meningitis. Disponível em: <www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/meningococcal-meningitis> Acesso em: 16 jul. 2018.
  2. SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA. Meningites. Disponível em: <https://www.infectologia.org.br/pg/962/meningites>. Acesso: em 16 jul. 2018.
  3. BRASIL. Ministério da Saúde. Meningites (Saúde de A a Z). Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/meningites>. Acesso em:  16 jul. 2018
  4. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Doença meningocócica (DM). Disponível em: <https://familia.sbim.org.br/doencas/88-doenca-meningococica-dm> Acesso em: 16 jul. 2018.
  5. CASTIÑEIRAS, TMPP. et al. Doença meningocócica. In: CENTRO DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE PARA VIAJANTES. Disponível em: <http://www.cives.ufrj.br/informacao/dm/dm-iv.html>. Acesso em 16 jul. 2018.
  6. THOMPSON, MJ. et al. Clinical recognition of meningococcal disease in children and adolescents. Lancet, 367:397-403, 2006.
  7. MENVEO [vacina meningocócica ACWY (conjugada)]. Bula da vacina.
  8. BEXSERO [vacina adsorvida meningocócica B (recombinante)]. Bula da vacina.
  9. BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário nacional de vacinação 2018. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/julho/11/Calendario-de-Vacinacao-2018.pdf>. Acesso em: 16 jul. 2018

*Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.




27 DE JULHO // Dia de conscientização e combate ao câncer de cabeça e pescoço


 Cinco sintomas que podem indicar câncer da tireoide

Especialista alerta para a importância do diagnóstico precoce


De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 9 mil casos de câncer de tireoide serão descobertos entre 2018 e 2019. O câncer é usualmente diagnosticado em pessoas mais jovens quando comparado aos outros tipos de neoplasias. As estatísticas mais recentes apontam que a doença é a mais frequente no sexo feminino e também pode ter incidência maior em pessoas que foram expostas à irradiação prévia do pescoço ou que possuam histórico de câncer da tireoide na família.

O Dr. Andrey Soares, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas, reuniu os cinco principais sintomas que podem indicar o surgimento da doença.


Nódulo no pescoço

Dores na parte anterior do pescoço e nódulos endurecidos, que persistem por mais de 20 dias podem ser sinais do tumor. Neste caso, o ideal é procurar um especialista, principalmente se o nódulo estiver associado à presença de linfonodomegalia cervical. Isso porque os linfonodos associados ao tumor maligno na tireoide podem apresentar crescimento nos gânglios linfáticos.


Rouquidão

Nódulos associados à rouquidão também podem indicar câncer na tiroide. Alterações na voz como duas tonalidades diferentes e que não desaparece por um longo período também merecem atenção. É importante a detecção precoce destes primeiros sinais, pois o tratamento vai depender do estágio do tumor.

Dificuldade para engolir

A dificuldade de engolir pode estar associada a diversas causas como disfagia, por exemplo. Contudo, a dificuldade para engolir, ingerir alimentos sólidos ou líquidos e ter a sensação de que existe algo preso na garganta também podem ocorrer e este é um sinal que não pode ser subestimado.


Problemas respiratórios

Como a tireoide está inflamada, problemas respiratórios são muito comuns. Se houver falta de ar, este pode ser um indicativo de desordem na tiroide e precisa ser acompanhado de perto.


Tosse frequente

Mesmo que pareça algo banal e que as pessoas não deem muita atenção, tosse frequente pode estar ligada a um tumor maligno na tiroide. Se a tosse persistir e não estiver acompanhada de um resfriado ou gripe, é hora de procurar um especialista para entender melhor este sintoma.



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