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sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Golpes da internet: oito sinais de que você é um alvo fácil


Divulgação

ESET América Latina dá dicas para não ser enganado pelos cibercriminosos


Os cibercriminosos continuam enganando usuários por meio de campanhas maliciosas, que são eficazes devido à falta de conhecimento sobre como usar a tecnologia com segurança. É por isso que o Laboratório de Pesquisas da ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças, apresenta um breve guia com "sinais que um usuário é propenso a cair nas armadilhas dos cibercriminosos".

  1. Não saber qual é a URL do site que está procurando
A fim de induzir os usuários a acreditar que estão na página oficial de uma marca ou serviço, os cibercriminosos usam técnicas que manipulam os mecanismos de busca, denominadas Black Hat SEO, para posicionar seus links entre os primeiros resultados nos buscadores, encobrindo a identidade de serviços legítimos.  Portanto, por mais confiança que tenha em resultados de sites conhecidos, é preciso cautela na hora de clicar em um link.

  1. Deixar-se levar pelo título no assunto de um e-mail
Ao receber e-mails que contenham no título chamadas para prêmios, oportunidades únicas, heranças ou até suas senhas e números de telefone pessoais não entre em pânico. Para que a vítima não tenha tempo de pensar e caia no golpe, os cibercriminosos se aproveitam do campo do “assunto” do e-mail para manipular emoções e gerar sentimentos que podem variar de euforia a desespero. Nestes casos, o ideal é não responder o contato.

  1. Não revisar o endereço dos e-mails remetentes
Ao receber uma mensagem, verifique atentamente se aquele endereço de e-mail do remetente parece genuíno. Para fingir que o endereço eletrônico é de uma empresa legítima, muitas vezes os cibercriminosos enviam mensagens cujo domínio inclui o nome de uma empresa real, mas que são endereços falsos. O domínio usado em uma campanha de phishing que se passava pela Apple, por exemplo, foi "@ servicedstoredapps.live".

Além disso, domínios de e-mail Gmail, Hotmail, Yahoo e outros, geralmente são de contas pessoais. Dificilmente uma empresa conhecida usaria um domínio @gmail.com, por exemplo. Empresas optam, geralmente, por e-mails com nomedocolaborador@nomedaempresa.com.br.

  1. Não revisar as URLs de destino
É importante analisar para onde um link te direciona, pois muitas campanhas de engenharia social ocultam URLs falsas que parecem ser legítimas. Para descobrir isso, geralmente basta passar o cursor sobre o hiperlink e verificar se corresponde ao nome do suposto site. Para confirmar essa informação quando se está em um smartphone, é necessário selecionar o texto para mostrar a URL sem clicar.

Algo semelhante acontece com as ferramentas para encurtar links. Ao usá-las, não é possível saber o endereço da URL final. Se você suspeitar de uma fraude, existem ferramentas para descobrir o conteúdo do link encurtado antes de abri-lo, como a Unshorten.It.

  1. Compartilhar informações pessoais nas redes sociais
Muitos usuários não estão cientes dos riscos de superexposição em redes sociais e compartilham dados pessoais, como número do documento, data de nascimento, número de telefone, endereço residencial, entre outros. Portanto, além de pensar duas vezes antes de inserir uma informação nas redes sociais, é importante configurar cuidadosamente a privacidade de cada uma das plataformas usada. Caso contrário, você ficará exposto a cibercriminosos que podem criar um perfil falso, simplesmente coletando informações de seus perfis e das atividades que compartilha.

  1. Achar que um site é seguro somente porque tem HTTPS
Até pouco tempo era comum acreditar que as páginas que usavam o protocolo HTTP poderiam conter ameaças, e as que usavam o HTTPS, não. Mas hoje em dia, os criminosos conseguem obter um certificado SSL / TLS válido e gratuito. Portanto, não é mais suficiente para um site ter HTTPS e um cadeado para determinar que ele é seguro.

  1. Confiar demais em serviços, redes sociais ou plataformas de uso massivo
Muitos cibercriminosos criam contas falsas em sites de vendas e redes sociais para se passar por empresas legítimas e até mesmo realizam campanhas publicitárias com falsas promoções (chamadas de malvertising), procurando usuários que acessem seus links para que possam roubar seus dados.

  1. Abrir um e-mail não solicitado
Os usuários devem estar cientes de que um banco ou uma entidade séria geralmente não envia e-mails, principalmente com anexos, sem solicitação prévia. Receber um documento que não foi solicitado deve ser motivo de suspeita imediata.

Além disso, as instituições financeiras não solicitam o envio de senhas de acesso ou dados do cartão de crédito por e-mail. Portanto, no caso de receber um pedido deste tipo, suspeite e entre em contato com a entidade por outro canal, a fim de verificar a legitimidade da mensagem.

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 Natalia Diogo 


WeLiveSecurity



Guarda compartilhada de animais: como funciona?



O casamento não deu certo e o divórcio foi a decisão definitiva do casal. Porém, o apego pelo animal de estimação não deixou de existir. O que fazer em situações como essa? Alguns casais não sabem que atitudes tomar quando se deparam com um cenário desses, mas se os donos não quiserem se distanciar de seu animal, podem recorrer à guarda compartilhada. Uma ação que vem sendo cada vez mais discutida no meio Judiciário.

Segundo pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Produtos de Animais de Estimação (ABINPET), o Brasil tem a 4ª maior população de animais de estimação do mundo. E pensando em como essas separações podem afetar tanto os donos quanto os animais, o Poder Judiciário vem dando cada vez mais espaço para esse tipo de ação.

Para sanar algumas dúvidas, a advogada Silvia Zavisch da BCMZ Assessoria Jurídica nos explica mais detalhes sobre a guarda compartilhada de animais de estimação.


Existe uma lei que garante a guarda compartilhada de animais de estimação? Se não, o que pode ser levado em consideração na hora da decisão?

Silvia Zavisch: Atualmente não existe regulamentação quanto a guarda de animais de estimação, porém a 4ª turma do STJ, equiparando o animal a crianças e adolescentes, garantiu o direito de visita ao animal de estimação que ficou com um dos donos após fim da união estável. Dessa forma, esse julgamento poderá ser utilizado para outros casos semelhantes


Quais as diferenças entre a guarda de filhos e de animais?

Silvia Zavisch: A decisão da guarda compartilhada do animal de estimação, apesar de muito semelhante a guarda de filhos, tem como principal objetivo ao bem estar do ex-marido e ex-mulher, ao contrário do que acontece na guarda de filhos, que o bem estar do menor é o fator primordial para a tomada de decisão.

 
Como pode funcionar a guarda compartilhada?

Silvia Zavisch: Sendo certo que o casal nutre a mesma estima, o ideal nesse caso é optar pela guarda compartilhada, assim,  o animal terá a atenção de ambos, inclusive com relação às necessidades e tratamentos, veterinários e etc.. Na guarda compartilhada o ex-marido e a ex-mulher possuem os mesmos poderes e deveres sobre o animal, regulando-se, por meio de cláusulas estabelecidas de comum acordo ou mesmo por meio de decisão judicial, quantos dias ficará com um e com o outro.


Existe uma pena se algum dos donos descumprir uma das exigências do acordo?

Silvia Zavisch:
Sim. A guarda compartilhada de animais é uma decisão judicial, e em caso de descumprimento por parte de um dos tutores pode ocorrer aplicação de multa ou busca e apreensão do animal.


Essa decisão precisa ser tomada judicialmente? Quais os benefícios de ter essa interferência jurídica?

Silvia Zavisch: Tendo em vista que ainda não existe legislação especifica, para segurança das partes é necessária a decisão judicial. Uma vez determinada as cláusulas de convivência, as partes terão mais tranquilidade pois estarão resguardadas judicialmente.


Mais Médicos abrirá inscrições para profissionais formados no exterior


Os candidatos terão entre 11 e 14 de dezembro para enviar a documentação. A partir do dia 20, brasileiros sem registro no país poderão escolher vagas disponíveis


Os profissionais brasileiros e estrangeiros formados no exterior (sem registro no Brasil) terão oportunidade para escolher vagas abertas pela saída dos cubanos na cooperação Brasil/Opas/Cuba no Programa Mais Médicos. Os candidatos terão entre os dias 11 e 14 de dezembro para enviar documentação ao Ministério da Saúde e, assim, estarem aptos para validação da inscrição no Programa. São 17 documentos exigidos, entre eles, o reconhecimento da instituição de ensino pela representação do país onde os profissionais obtiveram a formação.
As próximas etapas do programa seguirão o cronograma abaixo, no mês de dezembro:

Hoje (7), às 23h59 – Finaliza a inscrição de profissionais com registro no Brasil, o CRM
Dias 11 a 14 – Profissionais formados no exterior entrarão no sistema e encaminharão documentação para validação da inscrição.
Dia 14 – Último dia para os profissionais com registro no país inscritos no primeiro edital se apresentarem nos municípios
Dia 17– Será feito um balanço das vagas disponíveis, o que soma as desistências e as aquelas que não tiveram procura
Dia 18 e 19 – Os profissionais com registro no país terão nova oportunidade para se inscrever no programa e escolher os municípios disponíveis.
Dias 20 a 22 – Os médicos brasileiros formados no exterior e sem registro no país que tenham a inscrição previamente validada poderão escolher os municípios remanescentes
Dias 26 a 28 – Os estrangeiros formados no exterior e sem registro no país, que tenham a inscrição previamente validada, poderão escolher as vagas remanescentes
O lançamento do novo edital constitui mais uma medida adotada pelo governo brasileiro para garantir a assistência em locais que contavam com profissionais da cooperação. O edital de convocação segue aberto até às 23h59 desta sexta-feira (7/12) para aqueles que possuem registro no Brasil. Até esta quinta-feira (6/12), o Programa havia recebido 35.716 inscrições, preenchendo 98,6% (8.402 profissionais alocados) das 8.517 vagas disponibilizadas do Edital vigente. Desse total, 3.949 médicos já se apresentaram aos municípios selecionados. Os profissionais têm até o dia 14/12 para apresentação nos municípios.
O novo edital do programa Mais Médicos tem mostrado que os profissionais brasileiros têm escolhido os municípios mais vulneráveis do país. De acordo com as regras do programa, os perfis das localidades variam de 1 a 8 de acordo com vulnerabilidade, sendo 8 os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). O edital de seleção do programa Mais Médicos prevê regras específicas para os médicos que já atuam na Estratégia Saúde da Família (ESF). Embora a escolha da localidade seja uma decisão individual, o sistema do Mais Médicos só permite a migração desses profissionais caso optem por municípios com perfis de vulnerabilidade maiores (mais necessidade) do que aqueles que atuam ou já tenham atuado.

Para os médicos já cadastrados em Equipes de Atenção Básica em município de Perfil 7, apenas será disponibilizada a escolha de municípios deste mesmo perfil ou perfil 8. Além disso, os médicos da Equipe de Atenção Básica que já atuam nos DSEI também só podem escolher distritos indígenas para atuar.

AJUDA DE CUSTO
O Ministério da Saúde estuda modificar, por meio de portaria, as regras que tratam da devolução de despesas com ajuda de custo e passagens aéreas, por exemplo, nas situações em que o médico muda de localidade para atuar no Programa. Atualmente, os médicos precisariam devolver este recurso, que pode chegar a cerca de R$ 35 mil, caso fiquem menos de 6 meses desde a assinatura do contrato no Mais Médicos. Com a mudança, o valor passaria a ser devolvido proporcionalmente ao tempo em que o médico esteve no programa. Assim, ficariam isentos somente aqueles que permanecessem três anos em atuação.
PROGRAMA MAIS MÉ
DICOS
Criado em 2013, o Programa Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. O programa conta com 18.240 vagas em mais de 4 mil municípios e 34 DSEIs, levando assistência para cerca de 63 milhões de brasileiros.
Os profissionais do Mais Médicos recebem bolsa-formação (atualmente no valor de R$ 11,8 mil) e uma ajuda de custo inicial entre R$ 10 a R$ 35 mil para deslocamento para o município de atuação. Além disso, todos têm a moradia e a alimentação custeadas pelas prefeituras. Desde 2017, a pasta passou a reajustar o valor da bolsa anualmente aos médicos participantes, e concedeu, também, um acréscimo de 10% nos auxílios moradia e alimentação de profissionais alocados em DSEI.




Victor Maciel
Agência Saúde


Portabilidade de carência passará a valer para plano de saúde empresarial



A Resolução Normativa nº 438 de 03 de dezembro de 2018 da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) permitirá que beneficiários de planos de saúde empresariais utilizem a portabilidade de carências caso queiram mudar de plano ou de operadora (art. 2º).
A novidade valerá a partir de junho de 2019, quando termina o prazo de 180 dias que as operadoras possuem para se adaptarem (art. 23). Com a mudança, o consumidor terá de cumprir carência apenas para as coberturas não contratadas no plano de origem (art. 7º).
A nova norma também retira a exigência da chamada “janela” (prazo para exercer a troca) e deixa de exigir compatibilidade de cobertura entre planos para o exercício da portabilidade. Anteriormente, havia um período limitado a quatro meses no ano para o exercício da portabilidade, contados da data de aniversário do contrato. Será necessário, porém, o cumprimento das carências previstas na Lei nº 9.656 para as coberturas que o beneficiário não possuía anteriormente (art. 3º).
Isso significa que a portabilidade de carências passa a ser um direito efetivo de todo consumidor de planos de saúde, que representa uma extensão do benefício aos clientes de planos empresariais. Segundo a agência reguladora, essa modalidade de plano de saúde representa quase 70% do mercado.
A medida da ANS pode ajudar beneficiários que são demitidos, de contratos com menos de 30 vidas, ou que se aposentam. Hoje, quando um empregado deixa a empresa, precisa cumprir novos períodos de carência ao mudar de plano de saúde. A portabilidade amplia o direito desse beneficiário, que pode escolher outro produto tendo respaldada sua cobertura sem prazos extras de carência. Ela poderá ser exercida no prazo de 60 dias, a contar da data da ciência pelo beneficiário da extinção do seu vínculo com a operadora (art. 8º).
Os prazos de permanência para a realização da portabilidade continuam os mesmos. São exigidos mínimo de dois anos de permanência no plano de origem para solicitar a primeira portabilidade e mínimo de um ano para a realização de novas portabilidades (art. 3º, III, “a” e “b”).
As exceções ocorrem em duas situações: se o beneficiário tiver cumprido cobertura parcial temporária, o prazo mínimo para a primeira portabilidade será de três anos; e se o beneficiário mudar para um plano com coberturas não previstas no plano de origem, o prazo mínimo será de dois anos.

Contrato coletivo rescindido

O beneficiário que teve seu contrato coletivo rescindido passa a poder fazer a portabilidade para outro plano de sua escolha. A portabilidade de carências nesses casos poderá ser exercida no prazo de 60 dias, a contar da data da ciência pelo beneficiário da extinção do seu vínculo com a operadora (art. 8º caput, e inciso IV).

Portabilidade para clientes de operadoras em liquidação

A ANS alterou também as regras para exercício da portabilidade especial, medida adotada para que beneficiários de operadoras em liquidação ou com graves problemas administrativos ou assistenciais possam trocar de plano. A nova regra permite que não seja exigida compatibilidade de preço a esses clientes (art. 12).

Planos de pós-pagamento

Não é exigida compatibilidade de preço para os planos em pós-pagamento – modalidade exclusiva dos planos coletivos onde a quitação dos custos é feita após a utilização do serviço –, uma vez que o custo desse produto não é fixo (art. 3º, § 5º).



Luciano Dal Forno Rodrigues - coordenador jurídico do Lencioni Machado Advogados


O que fazer quando seu chefe não gosta de você?


O relacionamento com o chefe é um importante termômetro da experiência profissional de alguém. Os bons relacionamentos aumentam a probabilidade de essa pessoa obter atribuições interessantes, feedbacks significativos e reconhecimento de suas contribuições.
Os relacionamentos negativos significam exatamente o contrário. Se o relacionamento com o chefe é difícil, distante ou tenso, a carreira sem dúvida sofre. A boa notícia é que existem formas de resolver esta situação.
“O primeiro passo para melhorar seu relacionamento com o chefe é explorar as causas do mal-estar. Observe as palavras que ele usa ao falar com você, assim como as expressões corporais. Ambos lhe darão pistas sobre o que está acontecendo”, explica Chris Melchíades, coach na consultoria de recursos humanos Fellipelli.
Segundo ela, o profissional que tem esse desafio deve avaliar alguns pontos como, por exemplo: “Será que meu chefe pensa que sou incompetente?”; “Será que ele não gosta do meu estilo”, “Será que é porque ele é muito mais velho que eu?”, ou “Será que ele é inseguro?”.
Para cada um desses casos, existe uma solução. Se seu chefe tem dúvidas sobre sua competência, a solução em longo prazo aqui é entregar resultados e criar um histórico de trabalho de alta qualidade. No curto prazo, fique atento a quaisquer comportamentos que você deixe transparecer que não é capaz. Seja claro e assertivo.
Já se você acredita que seja uma questão de incompatibilidade de estilos, tente identificar duas ou três coisas que você pode mudar, o que fará uma grande diferença.
“O mercado também oferece ferramentas, como testes, que ajudam os profissionais a conhecerem melhor suas necessidades motivacionais, suas expectativas e seus interesses, para ter mais facilidade no relacionamento com as pessoas”, acrescenta Chris Melchíades.
Alguns líderes são inseguros. Nessa situação, ele pode se incomodar com o fato de você ser bem-sucedido, inteligente e confiante. Por exemplo, uma conversa aparentemente produtiva sobre um novo projeto pode virar negativa se você inadvertidamente fizer com que seu chefe sinta que sabe algo que ele não faz. Isso poderia resultar em defensiva ou resistência à sua ideia.
No momento em que você vê o comportamento defensivo se aproximando, mude seu comportamento e sua comunicação. Faça perguntas mais inclusivas, como “me ajude a entender…” e “como devo pensar nisso?”
Enquanto treina estas novas habilidades, você pode pensar “não é que meu chefe não gosta de mim, é que ele simplesmente não está confiante em relação a mim ainda”. Não importa qual seja a situação, compartilhe o que faz, os créditos, e se pergunte o que mais você pode fazer de diferente para construir um relacionamento de confiança com seu gestor.


Este conteúdo foi traduzido pela Fellipelli Consultoria

Obras públicas e a política de custos que derruba pontes


A ruptura ocorrida na ponte da Marginal Pinheiros, uma das principais vias de acesso da maior metrópole brasileira, levantou precedentes para questionarmos a importância do armazenamento e da gestão de documentos, procedimentos que possibilitam dar o diagnóstico completo e mais rápido do incidente para que a obra de reparo fosse iniciada.

Porém, é sabido que a guarda e a gestão de documentos são vistas como custos e não são preocupações valorizadas pela Engenharia, principalmente quando falamos de obras públicas. O fato é que os dados só são procurados quando problemas e conflitos começam a florescer, na maioria das vezes, quando o cenário já é caótico.

Se durante as fases de projeto e obra já é assim, imagina após a sua entrega. É raro encontrar empreendimentos com orçamento para manter os dados e informações ao longo do tempo. O comum é receber o databook, que é colocado em algum armário e, infelizmente, nunca é usado. Não é incomum que ele se perca ao longo do tempo ou, até mesmo, que nunca tenha existido de forma plena, pois não são todos que conferem a documentação que recebem.

A informação e os documentos são bases para qualquer operação de facilidades ou sistema de manutenção. São organismos vivos, que precisam ser mantidos e atualizados dentro de processos e de mecanismos de governança que garantam sua integridade. Qualquer obra demanda manutenção e qualquer manutenção demanda informação e documentos.

E então o mercado segue muito agitado em relação ao BIM (Business Information Model) por se tratar de um viaduto importante que se rompe e não se tem os projetos para estudar a solução de correção. Será que não estamos querendo correr antes de aprendermos a andar?

Não quero com isso condenar a iniciativa de BIM que vem sendo, de alguma forma, incentivada ao uso nos projetos de obras públicas, mas alertar da importância de nos preocuparmos com processos e investimentos básicos que ainda não estão sendo feitos. Pontes erguidas são um problema atual e estão em alerta. É hora de revermos, com urgência, o que deve ser feito de básico antes de ampliarmos as capacidades de controle para aquele que é o mundo perfeito.




Marcus Granadeiro - engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da USP, presidente do Construtivo, empresa de tecnologia com DNA de engenharia e membro da ADN (Autodesk Development Network) e do RICS (Royal Institution of Chartered Surveyours).

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