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terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Esgotamento físico e mental pode ser síndrome do burn out?


O termo ‘burn out’ vem da língua inglesa e significa exaustão, queima, esgotamento. E estas são as sensações descritas pelas pessoas que passam por esta condição, cada vez mais frequente no Brasil. De acordo com dados do International Stress Management Association (ISMA), 30% da população brasileira economicamente ativa é afetada pelo burn out.  

Segundo a neuropsicóloga, Thaís Quaranta, a síndrome do burn out é resultado de um estresse prolongado e não gerenciado. “O burn out foi descrito, inicialmente, como uma condição ligada aos profissionais da área de saúde. Entretanto, sabe-se que hoje qualquer pessoa está sujeita a desenvolver esta síndrome, que pode estar relacionada ao trabalho ou a outros aspectos da vida, como a chegada de um filho, por exemplo”, diz.

A prova de que o burn out não é um problema exclusivamente ligado ao trabalho, veio de um estudo recente. A pesquisa, publicada no Journal of Reproductive and Infant Psychology, mostrou que 20% das mães são atingidas pelo esgotamento após a maternidade. Outros estudos já haviam ligado o burn out às funções parentais.


Estresse é diferente de burn out?
 
Para Thaís, é preciso diferenciar o estresse normal da síndrome do burn out. “O estresse é uma resposta natural do organismo e todos passamos por ele, em várias situações do dia a dia. Entretanto, há importantes diferenças no quadro do burn out em relação ao estresse”, cita Thaís.

Um dos pontos mais importantes é a exaustão emocional. “A pessoa chega num ponto em que não consegue mais acessar seus recursos internos para lidar com as situações. Esse desgaste emocional pode se manifestar por meio de comportamentos insensíveis. Não há mais energia para se relacionar ou lidar com as pessoas. O paciente pode evitar, inclusive, atender telefonemas e se esquivar das interações sociais”, explica a neuropsicóloga.

Essa característica de “insensibilidade” é chamada de despersonalização e é a principal pista de que o estresse pode ter evoluído para o burn out. “O esgotamento físico e emocional acaba levando a pessoa a construir barreiras para evitar os contatos sociais. Ela também pode apresentar mais rigidez nos comportamentos, assim como ironia e cinismo”, comenta Thaís.


Queda da produtividade
 
O burn out está diretamente ligado à queda da produtividade no trabalho, assim como a faltas contínuas. “A falta de energia e o esgotamento mental tiram a motivação para desempenhar as atividades. Isso leva a sentimentos de inferioridade, afetando a autoestima e fazendo com que essas pessoas se sintam menos competentes”, cita a psicóloga.  


Manifestações são variadas
 
Como tudo na vida, a síndrome do burn out pode se manifestar de diferentes maneiras em cada pessoa. “O cansaço crônico é bem característico, assim como a evitação das interações sociais, que acabam levando ao isolamento social. Muitas pessoas também apresentam alterações no sono, no apetite, dores, queda da libido, baixa imunidade, etc. São condições muito parecidas com aquelas ligadas ao estresse crônico e à depressão, por exemplo”, ressalta Thaís.

O humor também pode variar bastante. Irritação, agressividade e impaciência são constantes. Outros sinais que indicam um esgotamento mental e emocional é o abuso de substâncias, como álcool, cigarro ou até mesmo drogas. 


A origem do mal
 
O primeiro passo para tratar a síndrome do burn out é identificar quais são as fontes do estresse. O trabalho? A maternidade? O relacionamento? “Como vimos, atualmente o burn out não é uma condição somente ligada ao trabalho. Portanto, em primeiro lugar é preciso reconhecer a origem do estresse, seja ela qual for”, reforça Thaís.

A especialista explica que, normalmente, o burn out se desenvolve quando a situação é vista como uma ameaça e não como um meio para alcançar satisfação, reconhecimento ou felicidade. “Isso pode estar ligado ao trabalho, às pressões típicas da maternidade ou a qualquer outra grande responsabilidade”, encerra Thaís.

O tratamento envolve psicoterapia e medicamentos, além claro do afastamento da fonte do estresse. Com a ajuda da neuropsicóloga, elaboramos 6 dicas para prevenir a síndrome do burn out. Confira.


Dicas para prevenir o burn out
  1. Pratique o autoconhecimento: É fundamental a pessoa exercitar o autoconhecimento para reconhecer o que lhe faz bem e o que aumenta o estresse.
  2. Trabalho é só trabalho: Quando o trabalho está levando ao esgotamento mental e emocional é preciso lembrar que é perfeitamente possível mudar de emprego. O trabalho é só um trabalho! Assim, se há mais sofrimento do que satisfação, é hora de procurar outra vaga, mudar de departamento, etc.
  3. Gerencie seu estresse: Ninguém está livre do estresse. Assim, é essencial procurar maneiras de aliviar a tensão e ansiedade. Basicamente é preciso adotar hábitos saudáveis, como dormir bem, se alimentar bem, ter momentos de lazer. Dedicar a si mesmo, todos os dias, um momento para fazer algo que dê prazer. Seja dançar, ouvir música, fazer uma caminhada, tomar um banho demorado, ler, meditar, etc.
  4. Ser ouvido: Falar é terapêutico! Portanto, é importante ter uma pessoa de confiança como um amigo, parceiro (a) ou um profissional, como um psicólogo, para desabafar, falar sobre os acontecimentos e situações que estão gerando o estresse. Se a pessoa tem dificuldade para falar, escrever pode ser uma alternativa.
  5. Viva um papel por vez: Mãe, profissional, esposa. Pai, profissional, marido, filho, etc. Todos temos vários papéis que precisamos desempenhar ao longo da vida. Porém, pode ser complexo lidar com todos eles ao mesmo tempo. Assim, procure viver plenamente cada um deles, nos momentos adequados. Isso significa brincar com os filhos sem atender telefonemas do trabalho, assim como trabalhar sem se preocupar como o que vai fazer no jantar. Quem desempenha todos os papéis ao mesmo tempo acaba sobrecarregando a mente, aumentando a ansiedade e, por consequência, o estresse.
  6.  Seja gentil com você: Pare de se criticar e de se cobrar tanto. Seja mais gentil com você mesmo! Trate-se bem. Cuide-se. Ame-se acima de tudo e de todos! Conecte-se com seu ser interior.

IoT na Saúde: o futuro já chegou


A Internet das Coisas (IoT) vem ganhando força no nosso dia a dia e em diversos setores da economia. O setor de saúde, por exemplo, tem inúmeras possibilidades de aplicabilidade, sobretudo no que se refere à prevenção de doenças crônicas e à redução de infecções hospitalares – um dos principais agravantes da qualidade de vida dos pacientes e dos altos custos das instituições.

Sendo assim, podemos afirmar que a IoT é um importante ativo para toda a cadeia de valor do setor, beneficiando pacientes, hospitais, operadoras, institutos de pesquisa e desenvolvimento, profissionais e laboratórios farmacêuticos. A tecnologia permite a comunicação entre equipamentos e melhora o atendimento médico, o diagnóstico preventivo de doenças e as cirurgias, ajudando a salvar vidas.

De acordo com projeções do Plano Nacional de IoT, uma iniciativa do BNDES, estima-se que até 2025 o mercado global de saúde tenha um ganho potencial gerado pela Internet das Coisas de US$ 1,7 trilhão. No Brasil, estima-se que o valor poderá chegar a US$ 39 bilhões. O projeto prioriza quatro segmentos - Manufatura, Agronegócio, Cidades Inteligentes e Saúde -, sendo este último o que deverá ocupar o primeiro lugar em velocidade de adoção e implementação.

Aliás, durante o Fórum Econômico Mundial para a América Latina, realizado em março deste ano, o Governo anunciou medidas para estimular os pilares relacionados à essa tecnologia no Brasil, dentre eles, a disponibilidade imediata de linhas de crédito de mais de R$ 10 bilhões do BNDES, Finep e Banco da Amazônia. A iniciativa proporcionará mais inteligência na prestação de serviços públicos e privados, capacitação de pessoas, inovação, empreendedorismo, além de ajudar a posicionar o Brasil como um desenvolvedor de tecnologia no mercado global.

Uma das aplicações da internet das coisas, por exemplo, permite monitorar os pacientes de maneira remota por meio de dispositivos vestíveis (wearables) e aplicativos de celular. Com o objetivo de identificar alterações com agilidade e diminuir a incidência de doenças graves, os dados coletados podem, em tempo real, alimentar o prontuário eletrônico em hospitais ou clínicas médicas auxiliando na tomada de decisão.

A tecnologia também ajuda doentes crônicos a terem uma melhor qualidade de vida ao possibilitar o tratamento em casa, evitar o esquecimento das doses dos remédios e reduzir a internação recorrente por conta da doença. Para se ter uma ideia, em 2014, existiam no Brasil cerca de 60 milhões de doentes crônicos, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), o que comprova a importância de se investir em tecnologias como essa.

Mais do que isso, a IoT contribui para a preservação da saúde dos pacientes internados ao reduzir o número de infecções hospitalares por meio do incentivo à higienização das mãos dos profissionais da instituição. Tudo isso por meio da instalação de processos simples e dispensários de álcool em gel conectados por radiofrequência que monitoram a recorrência com que cada profissional efetua a higienização.

Outra aplicação da tecnologia visa a cirurgias mais seguras por meio da identificação de cada um dos instrumentos utilizados no centro cirúrgico. Além disso, a rastreabilidade ajuda na gestão de OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais, dispositivos e materiais de alto valor agregado), que impactam no alto custo dos hospitais. Com a IoT, é possível identificar a localização exata de cada instrumento, evitando, por exemplo, que um deles seja esquecido dentro do paciente.

Há ainda as tecnologias de Big Data e a Inteligência Artificial, que analisam os dados coletados a partir de dispositivos conectados e os correlacionam com informações da literatura médica, gerando insights para toda a cadeia de valor. Desta forma, é possível, por exemplo, identificar regiões brasileiras onde há maior incidência de determinada patologia.

Essas tecnologias já estão sendo implementadas em várias instituições do setor, principalmente nas áreas voltadas para o cuidado com o paciente. Juntas, elas irão revolucionar a medicina e a vida das pessoas, com retorno do investimento comprovado em hospitais e laboratórios, além de ajudar a reduzir o índice de infecções hospitalares. Em pouco tempo, será possível acessar todo o histórico dos pacientes a qualquer hora e de qualquer lugar, com base em informações vindas de dispositivos conectados. Ou seja, o prontuário de uma vida toda estará concentrado, permitindo uma análise muito mais inteligente, assertiva e individualizada. Isso reduzirá as idas aos consultórios e elevará a qualidade de vida a patamares até então desconhecidos.



Carlos Reis - consultor do segmento de Saúde da Logicalis


Qual a visão dos jovens sobre a hierarquia nas empresas?


Para a grande maioria, há mais oportunidade de crescer na carreira


O mercado de trabalho se reinventa a cada dia para comportar as novas gerações. Com diferentes perfis convivendo em busca de um único resultado, é preciso readequar os padrões para, assim, satisfazer a todos. Então, muitas organizações repensam seus postos e flexibilizam as gestões em prol de pessoas mais motivadas. Contudo, isso vai mesmo ao encontro dos desejos dos jovens? Para entender o assunto, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios realizou uma pesquisa com o seguinte enfoque: “O que você acha de empresas com muitos níveis hierárquicos?”. A maioria mostrou uma visão positiva sobre o tema!

Ao todo, foram 22.264 participantes, com faixa etária entre 15 e 26 anos. O levantamento ocorreu em todo o Brasil, entre 22 de outubro e 2 de novembro. Como resposta mais apontada, a alternativa: “acho ótimo, assim posso ter muito crescimento na carreira” foi mencionada por 60,78%, ou 13.531 votantes. Para a gerente de treinamento do Nube, Yolanda Brandão, é muito comum os ingressantes no ambiente organizacional terem uma expectativa de progressão mais acelerada. “Contudo, essas companhias são, geralmente, de grande porte e é um equívoco considerar ascensão rápida por conta das diversas posições”, explica.

Afinal, por ter uma disposição rígida de cargos, a promoção nem sempre vem na velocidade esperada. “Então, a dica é planejamento. Isso sim será determinante para a construção da vida profissional”, assegura. Ainda assim, 29,20% (6.501) se mantiveram neutros e comentaram: “faz parte da realidade do mundo corporativo”. De acordo com a especialista, no passado, necessitava-se de muitos colaboradores para executar atividades, as quais, hoje, são automatizadas. “Por consequência, era preciso ter maior proporção de supervisores, gerentes e staffs. Atualmente, já percebemos a tentativa de tornar as empresas mais enxutas e com procedimentos racionalizados”, enfatiza.

Já para 8% (1.781), a estrutura tradicional “é um dos maiores problemas da lentidão nos processos”. Segundo Yolanda, como a operação envolve muitos funcionários, as coisas podem seguir de forma mais devagar. “A comunicação fluída é fundamental para maior assertividade dentro desse contexto”, ressalta.

 Outros 2,03% (451) também se mostraram avessos a tantos postos de liderança e revelaram: “detesto, é muito cacique querendo ter poder”. Para evitar esse possível dilema, é essencial uma descrição bem definida de funções e um papel ativo dos comandantes.

Independentemente de onde se inicia a carreira, é válido refletir sobre o fato de todas as experiências terem perdas e ganhos. “Se uma corporação maior oferece bons salários, bônus e benefícios, uma menor não fica atrás e compensa dando autonomia e flexibilidade”, afirma a gerente. Então, é preciso observar quais oportunidades o empreendimento oferece e pensar sobre as mais valiosas para o seu perfil. “No mundo de tantas mudanças, o autoconhecimento é imprescindível. Afinal, o crescimento por si só não se sustenta a longo prazo. Encontrar um propósito é o diferencial”, finaliza.





Fonte: Yolanda Brandão - gerente de treinamento do Nube

www.nube.com.br



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