Para a grande maioria, há mais oportunidade de crescer na carreira
O mercado de trabalho se reinventa a
cada dia para comportar as novas gerações. Com diferentes perfis convivendo em
busca de um único resultado, é preciso readequar os padrões para, assim,
satisfazer a todos. Então, muitas organizações repensam seus postos e
flexibilizam as gestões em prol de pessoas mais motivadas. Contudo, isso vai
mesmo ao encontro dos desejos dos jovens? Para entender o assunto, o Nube - Núcleo Brasileiro de
Estágios realizou
uma pesquisa com o seguinte enfoque: “O que você acha de empresas com muitos
níveis hierárquicos?”. A maioria mostrou uma visão positiva sobre o tema!
Ao todo, foram 22.264 participantes,
com faixa etária entre 15 e 26 anos. O levantamento ocorreu em todo o Brasil,
entre 22 de outubro e 2 de novembro. Como resposta mais apontada, a
alternativa: “acho ótimo, assim posso ter muito crescimento na carreira” foi
mencionada por 60,78%, ou 13.531 votantes. Para a gerente de treinamento do
Nube, Yolanda Brandão, é muito comum os ingressantes no ambiente organizacional
terem uma expectativa de progressão mais acelerada. “Contudo, essas companhias
são, geralmente, de grande porte e é um equívoco considerar ascensão rápida por
conta das diversas posições”, explica.
Afinal, por ter uma disposição rígida
de cargos, a promoção nem sempre vem na velocidade esperada. “Então, a dica é
planejamento. Isso sim será determinante para a construção da vida
profissional”, assegura. Ainda assim, 29,20% (6.501) se mantiveram neutros e
comentaram: “faz parte da realidade do mundo corporativo”. De acordo com a
especialista, no passado, necessitava-se de muitos colaboradores para executar
atividades, as quais, hoje, são automatizadas. “Por consequência, era preciso
ter maior proporção de supervisores, gerentes e staffs.
Atualmente, já percebemos a tentativa de tornar as empresas mais enxutas e com
procedimentos racionalizados”, enfatiza.
Já para 8% (1.781), a estrutura
tradicional “é um dos maiores problemas da lentidão nos processos”. Segundo
Yolanda, como a operação envolve muitos funcionários, as coisas podem seguir de
forma mais devagar. “A comunicação fluída é fundamental para maior
assertividade dentro desse contexto”, ressalta.
Outros 2,03% (451) também se
mostraram avessos a tantos postos de liderança e revelaram: “detesto, é muito
cacique querendo ter poder”. Para evitar esse possível dilema, é essencial uma
descrição bem definida de funções e um papel ativo dos comandantes.
Independentemente de onde se inicia a
carreira, é válido refletir sobre o fato de todas as experiências terem perdas
e ganhos. “Se uma corporação maior oferece bons salários, bônus e benefícios,
uma menor não fica atrás e compensa dando autonomia e flexibilidade”, afirma a
gerente. Então, é preciso observar quais oportunidades o empreendimento oferece
e pensar sobre as mais valiosas para o seu perfil. “No mundo de tantas
mudanças, o autoconhecimento é imprescindível. Afinal, o crescimento por si só
não se sustenta a longo prazo. Encontrar um propósito é o diferencial”,
finaliza.
Fonte: Yolanda Brandão - gerente de
treinamento do Nube
www.nube.com.br
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