Tarifas aeroportuárias giram em
torno de 10% dos custos dos vôos
São Paulo tem hoje a maior frota de
helicópteros do mundo. O táxi aéreo, além de ser um meio de transporte rápido,
é também um dos mais seguros do mundo. No entanto, graças aos TACAS (Transporte
Aéreo Clandestino), também conhecidos como Táxis Aéreos Piratas, o mercado
desse setor está ficando cada vez pior.
A crise no táxi aéreo está crescente
no Brasil por conta de diversos fatores, como a dificuldade provocada pelo
órgão regulador (ANAC) pelo excesso de regulamentos e exigências de estruturas
desproporcionais ao movimento, falta de fiscalização e punição dos táxis aéreos
piratas, tarifas aeroportuárias muito caras para o setor, que de 2010 a 2015 os
reajustes passam de 400%, combustível lastreado em dólar e, atualmente, o
momento econômico do país, que agrava ainda mais a situação.
Segundo o diretor da ABTAer
(Associação Brasileira de Táxis Aéreos), Ênio Paes de Oliveira,o cenário não é
nada bom. “A queda média de faturamento dos Táxis Aéreos é de 50%,
chegando a 70% em alguns casos”, afirma. “As empresas ainda não estão
fechando, porem estão deteriorando de forma drástica”, completa o diretor.
Já o mercado dos clandestinos (TACA – Transporte Aéreo Clandestinos), os
piratas, está em expansão, tomando cerca de 70% do faturamento do mercado de
transporte de passageiros através de Táxis Aéreos. Esta pratica nociva estão se
proliferando em todo Pais. Entre os Estados que mais contribuem para esse
mercado ilegal, a região Norte, Centro-Oeste e Sudeste se destacam.
É importante lembrar que usando os
TACAS, os usuários correm alto risco, uma vez que não há fiscalizações no uso
das aeronaves, na qualificação, tipo de habilitação dos tripulantes e
fiscalização da jornada de trabalho deles. Também não há controle e
fiscalização da manutenção adequada, desconhecimento das normas, uso de
mão-de-obra não qualificada, pistas irregulares e sem condições de uso são
apenas alguns dos erros causados pelo transporte aéreo pirata, causando
acidentes.
O preço dos táxis aéreos
regularizados é superior aos piratas por conta de fatores como custos
regulatórios e as exigências não praticadas pelos clandestinos. “Em 2010, o
preço das tarifas aeroportuárias era 3,5% dos custos do vôo, já hoje, é 10%, enquanto
o preço da Gasolina para Aviação 9AVIGAS) aumentou mais de 100% em um ano e
meio, refletido as acusações da Petrobrás.” explica Ênio.
O diretor da ABTAer, garante que a
associação luta veemente com a ANAC e combate a pirataria em todas as frentes possíveis,
inclusive no Ministério Público. “Houve algumas melhoras, no entanto ainda
estamos longe do ideal”, afirma.
ABTAer - Associação Brasileira
de Empresas de Táxi Aéreo e Manutenção de Aeronáutica