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sábado, 8 de fevereiro de 2025

87% dos brasileiros acreditam que os pais devem controlar o tempo de tela dos filhos


  • 94% reconhecem que a exposição precoce a celulares é prejudicial para crianças e adolescentes
  • 86% concordam que o celular pode afetar o desenvolvimento infantil, prejudicando aprendizagem e socialização

 

Os efeitos do tempo de tela, o acesso precoce à internet e às redes sociais e os impactos na saúde e no desenvolvimento de crianças e adolescentes têm preocupado de pais a educadores. Pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva e QuestionPro revela que 8 em cada 10 adultos (87%) acreditam que os pais devem controlar o tempo de tela dos filhos. A concordância com essa medida é significativa entre diferentes grupos demográficos: 

  • Pais: 82% apoiam a proibição.
  • Brasileiros sem filhos: 72% concordam com a medida.
  • Geração Z (18 a 29 anos): 68% são favoráveis à proibição.
  • Pessoas com 61 anos ou mais: 87% apoiam a restrição. 

“Depois da pandemia, período em que a internet teve um papel fundamental para que as crianças mantivessem os estudos, a população começa a perceber os efeitos negativos do uso excessivo de telas e do acesso à internet na infância e adolescência. Hoje, a maioria da população é a favor da proibição do uso do celular dentro das escolas – e a proibição é majoritária mesmo entre os mais jovens”, afirma Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva. 

A percepção geral é de que essa realidade faz com que os jovens percam momentos de lazer tradicionais, dedicando mais tempo às telas. 94% reconhecem que a exposição precoce aos celulares pode ser prejudicial para crianças e adolescentes. Quase a mesma porcentagem, 90% (139 milhões de brasileiros), concorda que as crianças de hoje não querem mais brincar na rua por causa do uso do celular ou para assistir TV. 

Além disso, 86% concordam que os celulares podem prejudicar o desenvolvimento das crianças, afetando a aprendizagem e a socialização. 

Os efeitos negativos percebidos incluem:

  • Vício em tecnologia: 75% dos entrevistados apontam este problema.
  • Aumento da ansiedade e depressão: 71% acreditam que o uso excessivo de celulares contribui para essas condições.
  • Problemas de sono: 70% reconhecem impactos negativos no sono das crianças e adolescentes.
  • Desempenho escolar prejudicado: 68% observam que o uso do celular afeta negativamente o rendimento acadêmico.
  • Dificuldades nas relações sociais: 54% identificam prejuízos na socialização.
  • Exposição ao cyberbullying: 50% estão preocupados com esse risco. 

"O uso cada vez mais precoce do celular tem afetado o comportamento das crianças e mudado dinâmicas de socialização. Estamos diante de um desafio novo: uma maioria de pais que vivenciaram uma infância sem smartphones tendo que lidar com o acesso precoce de crianças e adolescentes", conclui Renato.

 

Controle parental em diferentes faixas etárias 

  • Tanto os mais novos quanto os mais velhos defendem o controle dos pais sobre o tempo de tela dos filhos.
    • Baby boomers (61 anos ou mais): 87% defendem o controle parental.
    • Geração Z (18 a 29 anos): 79% apoiam o controle, embora em menor proporção.

  • Em relação ao controle do conteúdo acessado pelas crianças:

    • Baby boomers: 87% defendem a necessidade de controle do conteúdo.
    • Geração Z: 82% concordam com o controle, mas são menos enfáticos. 

Outro dado relevante é que 9 em cada 10 brasileiros (94%) reconhecem que a exposição precoce aos celulares pode ser prejudicial para crianças e adolescentes, indicando uma consciência generalizada sobre os potenciais riscos associados ao uso excessivo de tecnologia na infância. 

Além disso, o levantamento identificou que 90% dos brasileiros, ou 139 milhões de pessoas, concordam que as crianças de hoje não querem mais brincar na rua por causa do uso do celular ou para assistir TV, evidenciando uma mudança significativa nos hábitos de lazer e interação social das novas gerações. 

"A tecnologia é uma ferramenta poderosa que oferece inúmeras oportunidades, mas é essencial que seu uso seja acompanhado de orientações adequadas. O controle parental não deve ser visto como uma restrição, mas como uma forma de garantir que as crianças tenham uma relação saudável com a tecnologia, aproveitando seus benefícios sem sofrer com os efeitos negativos", acrescenta Renato. 

A discussão sobre o tempo de tela e o acesso precoce à tecnologia também reflete diferenças geracionais. Enquanto os baby boomers vivenciaram uma infância sem a presença de dispositivos digitais, a geração Z já nasceu em um mundo altamente conectado. Essa diferença influencia as percepções e atitudes em relação ao controle e ao monitoramento do uso da tecnologia. 

Mesmo entre os mais jovens, há reconhecimento dos potenciais riscos associados ao uso excessivo de celulares. Embora a geração Z seja menos enfática em relação ao controle parental (79% defendem o controle do tempo de tela e 82% o controle do conteúdo), a maioria ainda concorda com a necessidade de algum nível de supervisão.

 

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