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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Diagnóstico e tratamento adequados aumentam a qualidade de vida de pessoas com epilepsia

No Dia Internacional da Epilepsia, 8 de fevereiro, especialista da BP explica a condição e ressalta a importância também do acolhimento

 

Caracterizada por predisposição a convulsões, a epilepsia é uma condição neurológica ainda cercada por estigmas. O Dia Internacional da Epilepsia, 8 de fevereiro, foi criado para conscientizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico, tratamento adequado e acolhimento. 

O neurologista Guilherme Olival, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos principais hubs de saúde de excelência do país, explica que a epilepsia pode ser genética, hereditária ou adquirida, com chances de apresentar formas mais complexas e de difícil diagnóstico. As crises convulsivas podem ocorrer em pessoas que nunca haviam tido outros sinais ou sintomas. A recomendação é que seja procurado atendimento médico o quanto antes. 

As principais causas costumam ser cisticercose (doença parasitária causada pelo consumo de alimentos contaminados), aneurisma, tumor cerebral e trauma craniano. Na maioria dos casos, a condição é controlada com acompanhamento médico e medicamentos. 

Segundo o Guilherme Olival, embora a maior parte das formas de epilepsia seja crônica, algumas podem ser reversíveis, permitindo que o paciente interrompa o uso de medicamentos após um período. “Apesar de assustadoras para algumas pessoas, as crises epilépticas não são diretamente prejudiciais ao cérebro, mas podem resultar em riscos secundários, como quedas, por exemplo. Existem diferentes tipos de crises: as generalizadas, que afetam todo o cérebro, e as parciais, que se iniciam em uma área específica, provocando sintomas como formigamento, alteração de olfato ou visão, podendo levar à convulsão”, esclarece o médico. 

A condição pode causar também alterações na percepção, sensações frequentes de déjà vu e comportamentos semelhantes ao sonambulismo, além de alterações no humor, depressão e até mesmo transtorno bipolar. “A insegurança e o medo de uma crise podem impactar a qualidade de vida dos pacientes, fora a discriminação e o estigma, ainda muito presentes em nossa sociedade.” 

No entanto, os avanços da medicina, o acolhimento e os cuidados oportunos têm permitido respostas positivas cada vez maiores aos tratamentos, com menos efeitos colaterais e interações medicamentosas. “De forma geral, o acompanhamento adequado permite que a condição seja bem controlada, possibilitando aos pacientes levar uma vida normal”, finaliza Olival.


 

BP – Beneficência Portuguesa de São Paulo



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