No Dia Internacional da Epilepsia, 8 de fevereiro, especialista da BP explica a condição e ressalta a importância também do acolhimento
Caracterizada
por predisposição a convulsões, a epilepsia é uma condição neurológica ainda
cercada por estigmas. O Dia Internacional da Epilepsia, 8 de fevereiro, foi
criado para conscientizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico,
tratamento adequado e acolhimento.
O
neurologista Guilherme Olival, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo,
um dos principais hubs de saúde de excelência do país, explica que a epilepsia
pode ser genética, hereditária ou adquirida, com chances de apresentar formas
mais complexas e de difícil diagnóstico. As crises convulsivas podem ocorrer em
pessoas que nunca haviam tido outros sinais ou sintomas. A recomendação é que
seja procurado atendimento médico o quanto antes.
As
principais causas costumam ser cisticercose (doença parasitária causada pelo
consumo de alimentos contaminados), aneurisma, tumor cerebral e trauma
craniano. Na maioria dos casos, a condição é controlada com acompanhamento
médico e medicamentos.
Segundo
o Guilherme Olival, embora a maior parte das formas de epilepsia seja crônica,
algumas podem ser reversíveis, permitindo que o paciente interrompa o uso de
medicamentos após um período. “Apesar de assustadoras para algumas pessoas, as
crises epilépticas não são diretamente prejudiciais ao cérebro, mas podem
resultar em riscos secundários, como quedas, por exemplo. Existem diferentes
tipos de crises: as generalizadas, que afetam todo o cérebro, e as parciais,
que se iniciam em uma área específica, provocando sintomas como formigamento,
alteração de olfato ou visão, podendo levar à convulsão”, esclarece o médico.
A condição pode causar também alterações na percepção, sensações frequentes de déjà vu e comportamentos semelhantes ao sonambulismo, além de alterações no humor, depressão e até mesmo transtorno bipolar. “A insegurança e o medo de uma crise podem impactar a qualidade de vida dos pacientes, fora a discriminação e o estigma, ainda muito presentes em nossa sociedade.”
No entanto, os avanços da medicina, o acolhimento e os cuidados oportunos têm permitido respostas positivas cada vez maiores aos tratamentos, com menos efeitos colaterais e interações medicamentosas. “De forma geral, o acompanhamento adequado permite que a condição seja bem controlada, possibilitando aos pacientes levar uma vida normal”, finaliza Olival.
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