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sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

SBD-RS orienta sobre primeiros socorros em casos de queimaduras por água-viva ou mãe-d'água

Aumento de ocorrências no litoral durante o verão reforça a importância de agir corretamente para evitar complicações  


Desde o início da Operação Verão, o Corpo de Bombeiros já registrou mais de 41 mil lesões provocadas por água-viva ou mãe-d’água no litoral, com uma média de mil casos diários. Essas queimaduras podem resultar em dor intensa, vermelhidão e até reações alérgicas graves, tornando essencial conhecer os procedimentos adequados para minimizar os danos à pele. Conforme o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção Rio Grande do Sul (SBD-RS), Juliano Peruzzo, adotar as orientações corretas é indispensável.

“Remover a vítima da água com cuidado e lavar a área com água do mar ou vinagre são passos iniciais que ajudam a neutralizar o veneno e a evitar a piora da lesão. Além disso, é fundamental evitar práticas equivocadas, como o uso de água doce ou o ato de esfregar a região atingida, que podem agravar o quadro”, explica Peruzzo.

As toxinas liberadas pelas águas-vivas desencadeiam uma inflamação imediata na pele, causando dor, ardência e, em casos mais graves, bolhas e marcas características. Se houver sintomas como dificuldade para respirar, tontura ou febre, é imprescindível buscar atendimento médico imediatamente.


O que fazer ao ser queimado por água-viva?

Retire a pessoa da água com cuidado: Evite novas queimaduras e garanta a segurança.

Lave com água do mar ou vinagre: Elimine resíduos dos tentáculos e neutralize o veneno.

Remova os tentáculos: Utilize uma pinça ou objeto não cortante, protegendo as mãos.

Aplique compressas quentes: O calor ajuda a desativar as toxinas.


O que evitar?

Usar água doce: Isso pode liberar mais toxinas.

Esfregar a área com toalha ou areia: Essas ações agravam a lesão.

Aplicar álcool, urina ou amônia: Essas substâncias intensificam a dor.


Quando procurar ajuda médica?

Se houver sinais de reação alérgica grave.

Quando a dor persistir por mais de 24 horas.

Em casos de infecção ou febre.

Após os primeiros socorros, mantenha a pele limpa, evite exposição ao sol na área lesionada e aplique hidratantes calmantes, como os à base de aloe vera. Não coçar a região é crucial para evitar infecções.

Em caso de dúvidas ou suspeita, procure um médico dermatologista. Profissionais habilitados podem ser encontrados no site da SBD-RS: www.sbdrs.org.br

  

Marcelo Matusiak


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