Novas terapias,
como a cannabis medicinal, ganham destaque no tratamento do câncer
ginecológico, oferecendo alternativas para melhorar a qualidade de vida das
pacientes Freepik
Apesar de ser um dos mais comuns entre as mulheres,
o câncer ginecológico ainda recebe pouca atenção em comparação a outros tipos
de câncer. Muitas vezes silencioso, ele afeta o sistema reprodutor feminino e,
em alguns casos, é muito difícil de ser detectado, devido à escassez de
informações e campanhas de conscientização, o que compromete o diagnóstico
precoce e o acesso a tratamentos adequados.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer
(INCA), 13% dos casos de câncer em mulheres são do tipo ginecológico. Entre os
mais frequentes estão os tumores no colo do útero, ovário e endométrio, mas
também existem os de vulva e vagina, que embora menos comuns, fazem parte dessa
categoria.
No Brasil, mais de 30 mil novos casos de câncer
ginecológico são diagnosticados anualmente, com mais de 16 mil deles sendo
apenas de câncer de colo do útero. Alarmante, não é? Este é, inclusive, o
principal tipo de câncer que causa mortes em mulheres no mundo.
Quais são os sinais de alerta?
Os principais sintomas do câncer ginecológico
incluem:
- Dor
pélvica persistente, especialmente abaixo do umbigo;
- Inchaço
abdominal frequente;
- Dor
lombar intensa e contínua;
- Sangramento
vaginal anormal, fora do ciclo menstrual;
- Febre
persistente sem
causa aparente;
- Dores
no estômago;
- Perda
de peso acentuada sem dieta ou esforço específico.
Tratamentos disponíveis
Freepik |
Quando falamos em tratamento do câncer ginecológico, as opções atuais incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação dessas abordagens. Tudo depende de como a doença se apresenta e do estágio em que é diagnosticada.
No entanto, enquanto a medicina avança no combate
ao câncer, novas terapias também vêm ganhando destaque. Um exemplo é o uso
da cannabis medicinal.
Mariana Maciel, médica brasileira e fundadora da
Thronus Medical, uma biofarmacêutica canadense especializada em nano THC e nano
CBD, explica como essa alternativa tem feito a diferença.
“A dor oncológica, especialmente em pacientes com
câncer ginecológico, pode ser difícil de manejar. A cannabis medicinal, quando
usada de forma controlada e sob supervisão médica, tem mostrado resultados
promissores para reduzir a intensidade da dor, melhorando significativamente a
qualidade de vida das pacientes”, afirma Mariana.
Além disso, a cannabis medicinal pode ajudar a controlar
não apenas a dor, mas também outros sintomas como insônia e ansiedade, que são
comuns entre pacientes oncológicos. “O impacto emocional do câncer ginecológico
é imenso. O alívio oferecido pela cannabis vai além do físico, ajudando as
pacientes a enfrentarem melhor essa jornada”, complementa a especialista.
Uma abordagem personalizada
No tratamento de câncer ginecológico, cada paciente
vive uma experiência única. Por isso, o uso da cannabis medicinal deve ser
ajustado às necessidades específicas de cada mulher. “A dosagem e a forma de
administração precisam ser cuidadosamente avaliadas, garantindo o máximo
benefício terapêutico”, ressalta Mariana.
Um detalhe importante: o CBD, uma das substâncias presentes na cannabis, não
tem efeitos psicoativos. Ainda assim, o uso deve ser feito apenas com
prescrição médica e respeitando todas as orientações do profissional.
Combinando inovação com cuidados tradicionais, a medicina segue ampliando as
possibilidades para tratar e aliviar o impacto do câncer ginecológico. Afinal,
a saúde e o bem-estar das pacientes estão sempre em primeiro lugar.
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