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sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Volta às aulas: pediatra alerta sobre as 3 doenças mais comuns e orienta prevenção

Cuidados simples podem evitar surtos de gripes, gastroenterites e conjuntivite, doenças que impactam a saúde e frequência escolar dos pequenos

 

Com a retomada das aulas, o convívio próximo entre crianças em salas fechadas cria um cenário ideal para a propagação de doenças infecciosas. Entre os casos mais recorrentes, destacam-se infecções respiratórias, gastroenterites virais e a conjuntivite que, de acordo com o relatório Saúde Escolar pelo Brasil de 2023, é a principal responsável pelas faltas de crianças nas escolas, superando até os casos de gripe. No entanto, uma condição frequentemente subestimada pelos pais – a estomatite herpética, causada pelo vírus do herpes simples – pode gerar surtos localizados e grandes desconfortos para os pequenos. 

De acordo com a pediatra e docente do curso de Medicina do Centro Universitário Max Planck (UniMAX), Dra. Lívia Franco, as infecções respiratórias são as mais comuns, impulsionadas pela maior circulação de vírus, como influenza e vírus sincicial respiratório (VSR), em ambientes aglomerados. “Gripes e resfriados se tornam inevitáveis no retorno às aulas, mas os cuidados com higiene e vacinas em dia podem reduzir significativamente esses casos”, explica a especialista. 

Já a estomatite herpética, apesar de menos frequente, é confundida com outras condições e negligenciada. “Ela é popularmente conhecida como sapinho e causa lesões dolorosas na boca, febre alta e dificuldade para comer, comprometendo a qualidade de vida das crianças e até a frequência escolar. É fundamental reconhecer os sintomas e buscar tratamento adequado”, alerta a Dra. Lívia. 


Principais sinais de alerta para pais e escolas

  • Infecções respiratórias: febre persistente, tosse produtiva e dificuldade respiratória.
  • Gastroenterites: diarreia intensa, vômitos repetidos e sinais de desidratação, como boca seca.
  • Conjuntivite: vermelhidão ocular, coceira e secreção.
  • Estomatite herpética: lesões dolorosas na boca, febre alta e recusa alimentar.


Prevenção no ambiente escolar

Para evitar a disseminação dessas doenças, a Dra. Lívia reforça a importância de medidas simples: “A higienização frequente das mãos, a limpeza de brinquedos e superfícies, e a ventilação adequada das salas de aula são passos indispensáveis. Além disso, hábitos como cobrir o nariz ao espirrar e evitar compartilhar objetos pessoais devem ser incentivados entre as crianças”.

 

Curiosidade e alerta importante

Nas primeiras semanas de aula, é comum um aumento de casos devido ao que especialistas chamam de “imunidade de grupo inicial”. Crianças que estiveram menos expostas a patógenos durante as férias enfrentam surtos naturais no convívio escolar. “Embora esperado, isso reforça a necessidade de boas práticas preventivas para evitar consequências maiores”, conclui a pediatra.


Orientação extra: manter a vacinação das crianças atualizada, especialmente contra a gripe e o rotavírus, reduz significativamente o risco de complicações.

 



Lívia Franco - médica endocrinologista pediátrica, coordenadora pedagógica da 3ª série e docente do curso de Medicina da UniMAX, em Indaiatuba (SP). Graduada em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (2017), realizou Residência Médica em Pediatria no Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC) e em Endocrinologia Pediátrica na Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Possui MBA em Gestão em Saúde pela USP e pós-graduação em Educação Médica com foco em Metodologias Ativas (Grupo UniEduK).


UniFAJ e UniMAX

 

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