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A hiperpigmentação pós-inflamatória (HPI) é uma condição dermatológica comum que afeta pessoas de todas as idades e tipos de pele. Caracterizada pelo escurecimento da pele em áreas onde houve inflamação ou lesão, a HPI pode surgir após acne, queimaduras, procedimentos estéticos ou até mesmo irritações causadas por produtos cosméticos. Embora não seja perigosa, pode impactar significativamente a autoestima e o bem-estar dos pacientes.
Segundo o Dr. José Roberto Fraga Filho, dermatologista membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Diretor Clínico do Instituto Fraga de Dermatologia, a HPI é uma alteração da cor da pele após ela ter sofrido uma agressão, sendo que os melanócitos que são células que produzem a melanina vão produzi-la de forma acentuada no sentido de proteger a pele da agressão.
“Quanto maior for o fototipo da pessoa, mais chance de desenvolver, ou seja, ele é mais frequente em pessoas morenas ou negras. A mancha acastanhada persistente e profunda que aparece após a região do corpo sofrer uma agressão pode indicar o sinal de uma HPI”, explica Dr. Fraga.
“O diagnóstico é clínico feito através do dermatologista que usará um aparelho de Dermatoscopia para facilitar o diagnóstico e em casos mais difíceis pode se realizar uma biopsia da pele lesada”, completa.
O médico ressalta que a HPI é um grande desafio para o dermatologista, visto que a pigmentação se encontra numa camada mais profunda da pele, então uma associação de tratamentos é indicada, sendo usado uma associação entre peelings e lasers.
“É muito importante não coçar, espremer ou traumatizar a área lesada. Usar cremes calmantes ou cicatrizantes, evitar a exposição solar e utilizar protetor mesmo em ambientes fechados”, destaca.
O tratamento inicial consiste em cremes clareadores de uso domiciliar, tendo cuidado em não se expor ao sol para evitar o efeito rebote, ou seja, há uma piora do quadro ao invés de melhora. Existem inúmeros clareadores no mercado como hidroquinona, ácido tranexâmico, Acido Kojico e Cisteamina, mas somente um médico dermatologista está apto a indicar o melhor para seu tipo de pele.
“Quando o
tratamento domiciliar não foi eficaz, usamos os peelings, substâncias químicas
que vão descamar a região escurecida na tentativa de clareamento. Outro
arsenal que dispomos são os lasers, principalmente os de Q-Switched,
específicos para pigmentos, sendo utilizados até em retirada de tatuagens. Já
nos primeiros dias vemos a mancha clarear, porém um resultado mais evidente
ocorre após 12 semanas de tratamento”, finaliza.
Fonte:
Dr. José Roberto Fraga Filho - Médico dermatologista, membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, fundador e Diretor Clínico do Instituto Fraga de Dermatologia.
Instagram: @fragadermatologia
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