Educador
financeiro cita o aumento dos valores e explica como contornar a situação
reaproveitando alguns produtos
O mês de janeiro é marcado por grande impacto
financeiro na vida de pessoas que possuem filhos e isso acontece porque existe
o momento da compra do material escolar novo. As famílias costumam ir até lojas
e papelarias, desembolsar altas quantias para cumprir a lista que é enviada
pela escola, mas principalmente para agradar as crianças ou adolescentes.
De acordo com dados disponibilizados em um levantamento inédito do Instituto
Locomotiva em parceria com o QuestionPro (um software de pesquisa online), as
famílias brasileiras gastaram cerca de R$ 49,3 bilhões com materiais escolares
em 2024. Esse valor representa um crescimento de 43,7% ao longo dos últimos
quatro anos, que ocorre também devido ao aumento dos preços dos produtos.
Segundo o educador financeiro, João Victorino, o material escolar
tem ficado cada vez mais caro com o passar do anos e tem pesado no bolso
dos brasileiros, especialmente se tiverem mais de um filho. Os valores altos
são reflexos de um momento de elevação dos custos de produção, o que impacta de
forma significativa diversos setores do comércio, como os de itens de
papelaria.
João explica que antes de sair comprando o material escolar de forma impulsiva,
o ideal é pesquisar. “É preciso planejamento financeiro para conseguir arcar
com os gastos, mas além disso, é fundamental saber a importância de fazer
pesquisas em diferentes lojas, sejam físicas ou online. Fazer essa comparação
de preços vai ser muito importante para decidir o local onde comprar, também
avaliando a marca e a qualidade dos produtos”, afirma.
O especialista reforça que diante de valores altos dos produtos nos últimos
anos, e também com o objetivo de trazer uma reflexão geral sobre a preocupação
com o meio ambiente, é essencial que os pais orientem os seus filhos que
existem outras possibilidades quando se trata da escolha do material e que
muitas vezes, não há necessidade de comprar todos os itens novos a cada ano que
começa.
“Muitas vezes, o estudante utilizou só algumas folhas do caderno e, ao invés de
comprar um novo, poderia aproveitá-lo novamente. Por outro lado, caso os filhos
façam questão de itens novos, e os pais consigam bancar, é possível fazer a
doação do material - desde que em bom estado. Por isso a importância de
orientar os filhos a conservar esses itens, pois pessoas que realmente precisam
podem fazer um bom uso em seus respectivos processos de ensino-aprendizagem”,
finaliza João.
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