Farmacêutica global exibe mamadeira e chupeta gigantes na Avenida Paulista para chamar a atenção para gestação em jovens de 10 a 19 anos, e cria conteúdo sobre planejamento familiar e métodos contraceptivos de longa duração
Farmacêutica global com atuação em mais
de 140 países, a Organon exibirá amanhã (31) uma mamadeira e uma chupeta
gigantes em plena Avenida Paulista, em São Paulo. As peças fazem parte da
campanha de comunicação da companhia para a Semana Nacional de Prevenção da
Gravidez na Adolescência, na primeira semana de fevereiro, para chamar atenção
para a gestação precoce e a necessidade de ampliação de métodos contraceptivos
de longa duração no SUS. Segundo o Ministério da Saúde, 315.606 meninas de 10 a
19 anos deram à luz em todo o Brasil em 2022 — o correspondente a assombrosos
12,3% em relação ao total de gestantes no país.
A campanha da Organon será realizada
até o próximo dia 16 e as duas estruturas estarão em frente ao Shopping Cidade
São Paulo apenas nesta sexta-feira. As ações também contam com camisas e
painéis com o slogan "Uma decisão desse tamanho", alusivo à
importância das consequências de uma gravidez na adolescência, junto às imagens
de uma mamadeira e uma chupeta gigantes, e QR code direcionando para material
educativo sobre planejamento familiar e métodos anticoncepcionais de longa
duração como implantes subdérmicos, além de pílulas, injetáveis, diafragma,
adesivos, DIUs, anel vaginal e preservativos. Todo o conteúdo está disponível
nas redes sociais da Organon.
Dados do Ministério da Saúde mostram
que 66% das gestações entre adolescentes são indesejadas, ocorridas sem
qualquer planejamento familiar. As regiões Norte e Nordeste concentraram 51,5%
dos casos em 2022. Desse total de mães precoces no país, 5% tinham idades entre
10 e 14 anos. A gravidez não planejada também é responsável por 20% do abandono
escolar entre essas estudantes, limitando o seu acesso ao mercado de trabalho e
perpetuando ciclos de pobreza.
"Queremos alertar a sociedade para
os riscos da gravidez entre meninas e adolescentes. Os seus efeitos são sérios
e duradouros para a vida toda, pois um quinto delas abandona a escola e se
submete a subempregos, principalmente nas camadas sociais mais baixas, perdendo
a chance de romper com um estado de pobreza familiar e de obter um futuro
melhor", explica a diretora de relações institucionais da Organon, Tássia
Ginciene.
"O Estado tem atuado bem na rede
de assistência básica e nas escolas, mas pode ir além e ampliar ainda mais a
sua política de planejamento reprodutivo e prevenção à gravidez no SUS com a
oferta de métodos contraceptivos de longa duração, como o implante subdérmico
de etonogestrel, que é um hormônio feminino sintético que inibe a gravidez e
tem a menor taxa de falha contra a gravidez, com 99,95% de eficácia",
completa a diretora de saúde feminina, Andrea Ciolette Baes.
Desigualdade social quadruplica gravidez precoce
Atualmente, 2,3% dessas jovens se
tornaram mães no Brasil. Somente em São Paulo, houve 8.062 casos de gravidez
indesejada, em 2023, de acordo com o DataSUS, do Ministério da Saúde. No Rio,
4.908. Já em Fortaleza, foram 2.537. Em Salvador, 1.865; no Recife, 1.498; e em
Porto Alegre, 733 trocaram estudos e trabalho por fraldas e mamadeiras.
Segundo o ministério, as desigualdades sociais
e diferenças de raça e etnia são fatores para que meninas e adolescentes
analfabetas ou só com educação primária tenham quatro vezes mais chances de
engravidar do que aquelas com ensino médio ou superior. O mesmo quadro se
observa entre aquelas de famílias com menor renda.
Dados de 2020 mostram também que, entre
os nascidos vivos de indígenas, 28,2% eram de mães adolescentes. Entre pardas,
negras e brancas, esses percentuais são de, respectivamente, 16,7%, 13% e
9,2%.
Já a Pesquisa Nacional de Saúde do
Escolar de 2019, realizada pelo IBGE e pelo Ministério da Saúde com estudantes
do 9º ano (entre 13 e 15 anos), revelou que 22,6% das meninas e 34,6% dos
meninos já haviam tido relações sexuais. Cerca de 53,5% delas e 62,8% deles
relataram ter se prevenido contra gravidez no último encontro. A pesquisa
também apontou que 77,6% receberam orientação na escola sobre prevenção de
gravidez e 69% sobre como obter preservativos gratuitamente.
Organon
www.organon.com/brazil
linkedin.com/company/organon-brasil/ e instagram.com/aquipelasaudedela.
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