Hoje, 51% dos usuários têm entre 25 e 44 anos. Cada brasileiro utiliza o app uma hora por dia, em média, 33% a mais do que o Instagram
Está na hora de o varejo
enxergar o TikTok muito além de um aplicativo para gravar dancinhas. Esse foi o
recado deixado pelo Santander para o varejo brasileiro no relatório divulgado
segunda-feira (26), assinado pelos analistas Ruben Couto, Eric Huang e Vitor
Fuziharo. “Marcas e varejistas não podem se dar ao luxo de não dominar o
TikTok”, afirmaram no documento.
O banco espanhol apurou também
que, com o possível lançamento até 2026 no Brasil do
TikTok Shop – experiência completa da jornada de compra, da
publicidade à finalização da venda –, a rede pode ocupar de 5% a 9% do
e-commerce brasileiro até 2028, totalizando um GMV (volume geral de vendas) de
R$ 25 bilhões R$ 39 bilhões.
No Brasil, segundo dados da Data.ai,
Kepios e Meltwater, cruzados pelo Santander, o TikTok no Brasil têm atualmente
111 milhões de usuários – é o terceiro maior mercado global, atrás de Indonésia
(161 milhões) e Estados Unidos (138 milhões e onde pode ser banido).
Um mito que os varejistas devem
ter em mente é que não se trata de uma plataforma de perfil juvenil: 51% dos
usuários têm entre 25 e 44 anos, então a percepção de que no app só tem a
Geração Z está desatualizada (33% dos usuários têm entre 18 e 24 anos).
Cada brasileiro utiliza o
aplicativo em média por uma hora diariamente (33% a mais do que o Instagram) e
no TikTok há de três a quatro vezes mais engajamento do que no Instagram.
Além da grande audiência, a
oportunidade está no fato de que no TikTok Shop 71% das descobertas de produtos
são convertidas em compras. “Pode ser a maior disrupção do varejo desde a
pandemia.”
Por enquanto, a plataforma
completa do TikTok Shop só está disponível em sete países, além dos Estados
Unidos – Filipinas, Indonésia, Malásia, Reino Unido, Singapura, Tailândia e
Vietnã. Ela inclui funcionalidades que possibilitam exibir o catálogo de
produtos das varejistas sem sair do aplicativo, reduzindo as interrupções da
experiência de compra. O próximo país que receberá essas ferramentas será o
México, em fevereiro deste ano – ainda não há data de lançamento para o Brasil.
BRASIL
Com o possível banimento do
aplicativo nos EUA – caso não venda para uma empresa americana até 5 de abril
deste ano – o próximo país a receber a plataforma completa deve ser o Brasil.
O Santander também descobriu
que 41% das vagas abertas pelo TikTok no Brasil são relacionadas as atividades
de comércio. “Acreditamos que isso pode indicar um potencial lançamento
iminente”, afirmaram os autores do documento.
O Santander também analisou as
métricas de engajamento e as estratégias de mídias sociais de 28 varejistas
listadas em Bolsa para entender o quão prontas elas estão para um possível
lançamento do TikTok Shop no Brasil.
Segundo o Santander, liderando
o grupo estão empresas “que já adotam estratégias nativas de plataforma e que
produzem maior engajamento e menores custos de aquisição de clientes”. Por
outro lado, os players tradicionais de lojas físicas, ou aqueles com dedicação
limitada à plataforma, “enfrentam maior ameaça de perda de participação de
mercado.”
Neste campo, abaixo do ideal
apesar de elevada exposição, foram incluídas Azzas 2154 (OP), Guararapes (N),
SBF (N) e Vulcabras (OP). Em relação a plataformas como Magalu e Mercado Livre,
o Santander acredita em parcerias estratégicas, como ocorreu entre Amazon e
TikTok Shop nos EUA.
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/o-recado-do-santander-varejistas-devem-abracar-o-tiktok-para-o-e-commerce
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