A fisioterapeuta pélvica e sexóloga Débora Padua explica que o hímen é uma fina membrana que reveste parcialmente a abertura vaginal e pode variar bastante de mulher para mulher. "Ao contrário do que muitos acreditam, o hímen não é uma barreira total, mas uma estrutura com diferentes formatos e espessuras que permitem a passagem do fluxo menstrual, por exemplo", explica.
Ela destaca que o hímen não é um indicador absoluto de virgindade.
"Existem mulheres que nascem sem hímen e outras que podem não apresentar
sangramento ou dor na primeira relação sexual, o que muitas vezes gera confusão
e ansiedade desnecessária”, diz a especialista ensina como conhecer os
diferentes tipos pode ajudar a desmistificar experiências individuais:
- Hímen anular: O mais comum, com uma abertura central
que facilita a passagem do fluxo menstrual.
- Hímen complacente: É mais elástico e pode não romper
durante a relação sexual, o que significa que não há sangramento, mesmo na
primeira vez.
- Hímen septado: Possui uma fina faixa de tecido que
divide a abertura vaginal em duas partes. Esse tipo pode causar algum
desconforto ou dificuldade na penetração.
- Hímen cribiforme: Apresenta pequenas aberturas, semelhantes
a uma peneira, e pode exigir intervenção médica se dificultar o fluxo
menstrual ou a penetração.
- Hímen imperfurado: Sem abertura, bloqueia a saída do
fluxo menstrual e geralmente requer cirurgia para correção.
Débora esclarece que a ruptura do hímen é sinônimo de perda da virgindade. "A virgindade é um conceito cultural e subjetivo, que vai além de questões anatômicas. Algumas mulheres podem não sentir dor ou não apresentar sangramento, enquanto outras podem romper o hímen em atividades como andar de bicicleta, praticar esportes ou usar absorventes internos. Por isso que focar exclusivamente no hímen pode gerar ansiedade desnecessária, quando o mais importante é a preparação para que a primeira relação seja sem dor", ressalta.
O alerta da sexóloga ainda vai além: “Existem algumas mulheres que
nascem com algumas alterações na formação desse hímen e por isso podem sentir
muita dificuldade em ter uma relação sexual. Uma porcentagem delas vai precisar
de cirurgia para fazer a retirada do hímen, a himenotomia, para conseguirem ter
uma relação sem problema algum. O importante é investigar e tratar já que
nenhuma relação pode ter dor – nem a primeira”, finaliza.
Débora Padua - educadora e fisioterapeuta sexual.Graduada pela Universidade de Franca (SP) durante 5 anos fez parte do corpo clínico da Clínica Dr. José Bento de Souza e foi responsável pelo setor de Uroginecológia do Centro Avançado em Urologia de Ribeirão Preto (SP). Hoje atende em consultório particular especializado.
Rua Machado Bittencourt 317 sala 71 - Vila Mariana - São Paulo- SP
Telefone: (11) 3253-6319
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