Empatia e confiança são pilares básicos para que profissionais de saúde ajudem no diagnóstico precoce de doenças como a endometriose
A chegada de um novo ano muitas vezes traz
consigo a promessa de renovação, metas a serem alcançadas e uma oportunidade de
cuidar melhor da nossa saúde. Apesar de todos os avanços da tecnologia na área
da medicina, o apoio do médico continua sendo fundamental na hora de lidar com
diagnósticos e tratamentos. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos aponta
que, entre outras vantagens, uma relação empática entre médico e paciente pode
promover um melhor funcionamento do sistema imunológico, altas mais rápidas
após cirurgias e redução do período em que os sintomas se manifestam em certas
doenças.
Quando se trata de ginecologistas, uma
relação com empatia e confiança é ainda mais importante, especialmente para
ajudar em diagnósticos sensíveis como o da endometriose. “Nem sempre as
mulheres se sentem à vontade para relatar seus desconfortos e dores. Uma boa
relação com o profissional se torna portanto um ponto chave para o correto
diagnóstico, facilitando esse processo. É importante estabelecer uma relação
profissional clara, mas sobretudo humana”, comenta o ginecologista Patrick
Bellelis, colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade
de São Paulo.
Segundo Bellelis, um dos grandes desafios de
todo médico é evitar um diálogo com o paciente em que prevaleça uma relação de
obediência e submissão. “A endometriose é um exemplo do quanto essa relação de
confiança é necessária, porque é uma doença que envolve muitos aspectos
delicados da vida da mulher. A partir de uma atitude humilde e de contenção, o
médico deve gerar um clima de empatia positiva que lhe permita ajudar a pessoa
que vem à consulta a ficar aliviada e confiante com relação ao diagnóstico da
endometriose e ao seu tratamento, seja ele cirúrgico ou não”, finaliza
Bellelis.
Clínica Bellelis - Ginecologia
Patrick Bellelis - Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC; especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); além de ser especialista em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da USP. Possui ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intrauterinas e infertilidade. Fez parte da diretoria da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) de 2007 a 2022, além de ter integrado a Comissão Especializada de Endometriose da FEBRASGO até 2021. Em 2010, tornou-se médico assistente do setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da USP; em 2011, tornou-se professor do curso de especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva — pós-graduação lato sensu, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês; e, desde 2012, é professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia.
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