Os gatos são animais que despertam curiosidade e encantam. Pesquisas indicam que a convivência entre humanos e felinos teve início há cerca de 10 mil anos, na antiga mesopotâmia, quando os gatos começaram a ser atraídos por comunidades agrícolas devido à abundância de roedores. Com personalidades misteriosas e características únicas, esses animais rapidamente conquistaram um lugar especial ao lado das pessoas.
Apesar dessa longa convivência, muitas crenças
sobre os gatos foram transmitidas ao longo das gerações, mas elas nem sempre
refletem a realidade. Seja por suas atitudes enigmáticas ou por seu
comportamento singular, esses pets continuam a inspirar mitos que se perpetuam
até hoje.
Vamos explorar algumas dessas ideias e descobrir
mais sobre essa espécie fascinante?
Os gatos sempre caem em pé
Mito: Embora seja comum ver imagens de felinos caindo em pé, essa não é uma
regra. O que ocorre é que a espécie tem o chamado “reflexo de endireitamento”,
que é uma combinação de sua percepção de equilíbrio, associada ao sistema
vestibular no ouvido interno, e à flexibilidade de sua coluna vertebral. Isso
permite que eles girem o corpo rapidamente durante a queda e se posicionem de
maneira a aterrissar de pé. Entretando, dependendo do tipo de queda ou altura o
animal pode não conseguir cair em pé. Além disso, as quedas podem gerar
fraturas ou lesões em órgãos internos
Ronronar é sinal de satisfação
Verdade: Os felinos ronronam quando estão relaxados. O barulhinho característico
é comum quando estão sendo acariciados ou em um ambiente seguro. Os filhotes,
por exemplo, ronronam para comunicar à mãe que estão bem e seguros. Já os gatos
adultos usam o som para se comunicar com seus tutores, especialmente quando
querem atenção ou carinho.
Gatos não gostam de carinho
Mito: Apesar de serem frequentemente vistos como independentes, os gatos
adoram carinho, especialmente em áreas como a cabeça, o pescoço e as costas. No
entanto, a intensidade e a duração do afeto que cada pet aprecia variam de
acordo com a sua personalidade.
Eles amam ter uma rotina:
Verdade: Os felinos são animais de hábitos e sentem-se mais seguros em ambientes
previsíveis. Mudanças repentinas, como alterações no ambiente ou na rotina
alimentar, podem gerar estresse. Isso explica por que eles têm horários bem
definidos para comer, dormir e explorar.
Os felinos adoram leite:
Mito: Embora o leite materno seja indispensável para o desenvolvimento
adequado e para a imunidade dos filhotes, ele não deve ser oferecido aos pets
adultos. Isso ocorre porque a maioria dos pets perde a enzima lactase após o
desmame, que é necessária para digerir a lactose presente no leite. Quando os
gatos consomem leite, especialmente em grandes quantidades, a lactose não
digerida pode causar desconfortos gastrointestinais, como diarreia e cólicas.
Eles adoram brincar:
Verdade. Brincar é uma atividade essencial para os gatos. Além de manter o pet
ativo, elas ajudam a manter o ambiente enriquecido contribuindo para o
desenvolvimento físico e mental dos pets.
Grávidas não podem conviver
com felinos:
Mito: Esse mito está relacionado a falta de informação sobre a toxoplasmose,
uma infecção que pode ser transmitida pelas fezes de gatos infectados. No
entanto, o risco é baixo e pode ser evitado com simples precauções, como evitar
limpar a caixa de areia ou usar luvas e lavar bem as mãos. Vale ressaltar que
os gatos domésticos saudáveis e que não consonem proteínas cruas, têm pouca
chance de contrair o parasita.
Gatos são noturnos:
Parcialmente verdadeiro: Os gatos são, na verdade, animais crepusculares, o que significa que são
mais ativos durante o amanhecer e o entardecer. Essa característica está
relacionada aos seus instintos de caça, já que muitos de seus ancestrais
predavam nesse período.
Sair de casa faz parte do
instinto dos felinos
Mito: Essa informação que é amplamente difundida, não corresponde à realidade.
A verdade é que os felinos têm hábitos e instintos de caça mais apurados que
outros animais domésticos e por isso, precisam de estímulos diferentes. É
fundamental investir no enriquecimento ambiental, com brinquedos,
arranhadores, além de mobiliário para os felinos subirem, escalarem e se
esconderem. Para quem vive em casa, é possível dar acesso ao quintal, desde que
o espaço seja telado. No caso de apartamentos o acesso a varadas pode permitir
que o pet observe o exterior. Além disso, interações diárias com seus tutores
também são fundamentais para o bem-estar do felino.
Vale ressaltar que é fundamental que os tutores não
permitam que os gatos saiam para a rua. Mantê-los no ambiente doméstico é
fundamental para segurança do pet, evitando riscos, como atropelamentos, brigas
com outros animais, doenças e o perigo de se perderem.
Como visto, esses animais são cheios de nuances.
Conhecê-los mais a fundo, separando mitos e verdades é uma forma de compreender
melhor as necessidades e o comportamento dessa espécie tão fascinante. Afinal,
uma coisa é certa: o que não faltam são motivos para admirar e amar os gatos.
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