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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Tumor de pele é o mais diagnosticado no dr.consulta

Tumores de pele correspondem a 38% de todos os diagnósticos de neoplasias do dr.consulta; especialista indica pontos de alerta e relembra a importância do tratamento precoce para o bom prognóstico da doença 

 

Um levantamento inédito realizado pelo dr.consulta revelou que 38% das neoplasias tanto benignas quanto malignas diagnosticadas historicamente em suas unidades foram referentes a tumores dermatológicos. Os dados destacam a relevância dos serviços de atenção primária no diagnóstico precoce e tratamento do tumor de pele, o tipo mais prevalente no Brasil. 

A análise, que abrangeu informações de 29 unidades da rede com dados desde 2015, também aponta mais de 13 mil biópsias de pele realizadas e 23 mil procedimentos para remoção cirúrgica de lesões cutâneas foram realizadas nos próprios centros médicos, com acesso mais fácil e rápido para os pacientes, além da redução de custos e aumento das chances de cura, já que o sucesso terapêutico está diretamente associado ao tratamento precoce. 

O levantamento evidencia a importância do acompanhamento médico regular na detecção de lesões suspeitas em estágios iniciais, permitindo tratamentos rápidos e eficazes. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele corresponde a 27% de todos os tumores que evoluem de forma maligna diagnosticados no Brasil, reforçando sua relevância como um problema de saúde pública. 

Para Paulo Yoo, diretor médico do dr.consulta e especialista em gestão de saúde populacional, a atenção primária desempenha um papel fundamental na educação da população sobre consultas regulares com dermatologistas e medidas preventivas, como a proteção solar. “A incidência do câncer de pele supera diagnósticos de outros tipos comuns, como próstata, mama e pulmão. Dados do Inca mostram que é uma questão de saúde pública, mas a boa notícia é que muitos casos podem ser prevenidos. Evitar exposição excessiva ao sol e usar protetor solar são medidas essenciais para reduzir os riscos”, explica.
 

Fatores de risco e pontos de atenção

O principal fator de risco para todos os tipos de câncer de pele é a radiação ultravioleta. Por isso, os cânceres do tipo não-melanoma são mais comuns nas regiões do corpo que ficam mais expostas ao sol, como braços, rosto, pescoço, orelhas, ombros e costas. Já o melanoma, tipo mais agressivo da doença, pode aparecer em outras áreas da pele e até em pessoas mais jovens. 

Além das consultas recorrentes ao dermatologista e o olhar atento para o uso de filtro solar e acessórios de proteção à exposição prolongada ao sol, o autoexame é uma importante ferramenta de diagnóstico precoce. “É por isso que é importante educar o paciente para que ele tome as ações de autoproteção e saiba quais gatilhos podem indicar que algo está errado. O paciente informado é um co-criador de uma vida mais saudável”, pontua Paulo Yoo. 

O principal fator de observação dos sinais da pele é utilizar a Regra ABCDE para identificar pontos de alerta no autoexame:

  • A: assimetria - pintas assimétricas podem indicar problemas.
  • B: bordas irregulares - pintas com bordas recortadas podem ser um sinal de câncer de pele.
  • C: cores variadas - pintas com tons diferentes merecem mais atenção.
  • D: diâmetro - lesões com mais de 6 mm podem ser suspeitas.
  • E: evolução - pintas/manchas que evoluem com o tempo, podendo crescer, mudar de cor ou apresentar novas características, devem despertar a atenção.

Diante de qualquer indício diferente do comum, a orientação é procurar um dermatologista. 

Mas além da Regra ABCDE há outros indicativos que demandam atenção médica:
 

1) Lesões que não seguem o padrão ABCDE
A Regra BCDE é uma ferramenta importante de avaliação, mas outras lesões, mesmo que não sigam essas características, podem ser motivo de preocupação.
 

2) Presença de nódulos ou inchaço
Nódulos palpáveis na pele, que podem ser dolorosos ou indolores, ou inchaço persistente em uma área específica que não está associada a lesões prévias.
 

3) Mudanças no brilho da pele
Mudanças no brilho da pele sobre a lesão, podendo parecer brilhante, lustrosa ou translúcida.
 

4) Histórico pessoal ou familiar de câncer de pele

Um histórico pessoal ou familiar de câncer de pele pode aumentar o risco. Pessoas com pele clara, sardas, queimaduras solares frequentes ou histórico familiar da doença devem estar particularmente atentas. 

Em suma, o câncer de pele é um desafio, mas a prevenção e diagnóstico precoce são armas poderosas. A conscientização sobre os sinais de alerta e o acesso a cuidados preventivos são fundamentais para combater essa condição.
 



dr.consulta

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