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sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Janeiro Verde: captura híbrida vem garantindo maior confiabilidade no combate ao câncer de colo do útero

 Eficaz na detecção precoce do HPV, principal causador da doença, exame pode ser realizado por mulheres a partir dos 30 anos de idade 

 

O Janeiro Verde é marcado pela conscientização e combate ao terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres: o de colo do útero. Somente em 2023, foram diagnosticados mais de 17 mil novos casos da doença, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Com esse enorme grau de recorrência, Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN, multinacional alemã especialista em diagnósticos, destaca a importância da detecção precoce do HPV (Papilomavírus Humano), principal causador do câncer de colo de útero, que pode ser realizada por meio de exames de rotina, como a captura híbrida.

“Entre as medidas de prevenção estão as consultas e exames essenciais, que devem fazer parte do calendário anual do público feminino. Embora o Papanicolau e a colposcopia sejam os mais solicitados pelos médicos, testes como a captura híbrida são considerados os mais confiáveis para detectar a presença do HPV. Trata-se de uma solução muito mais sensível e avançada, capaz de identificar a contaminação antes mesmo de surgir a primeira lesão”, explica o executivo.

Transmitido por contato direto com a pele ou mucosas infectadas, o vírus do HPV apresenta mais de 200 variações, com 90% dos casos representado uma contaminação transitória, onde o próprio sistema imunológico consegue se defender. O alerta, segundo Oliveira, prevalece para algumas variantes que costumam ser mais resistentes e com o passar do tempo causam lesões no colo do útero, transformando-se em feridas e evoluindo de forma maligna. “Por isso é tão importante detectar precocemente o HPV e iniciar o tratamento mais indicado para cada caso”, complementa.


Quando e como fazer a captura híbrida

A Captura Híbrida é indicada para ser realizada por mulheres a partir dos 30 anos de idade. Caso apresente um resultado negativo, um novo rastreio pode ser feito dentro de um intervalo de cinco anos. As pacientes que apresentam um diagnóstico positivo para a presença do vírus, devem receber um acompanhamento mais próximo. O monitoramento frequente, assim como os tratamentos precoces, caso seja necessário, ampliam as chances de cura. 

“Esse exame já existe há mais de 20 anos, sendo o exame mais utilizado em todo o mundo e mais de 100 milhões de mulheres já fizeram este teste. No entanto, no Brasil, ela está disponível apenas no sistema de saúde privado, ou seja, para mulheres que possuem planos de saúde, algo que representa em torno de 1% de todas as brasileiras que são elegíveis ao teste. Mesmo assim, as pacientes que possuem convênio médico devem insistir com seu ginecologista para que ele prescreva o exame. Essa iniciativa é capaz de ajudar a salvar milhares de vidas”, alerta o executivo da QIAGEN.

O câncer de colo do útero não costuma apresentar sintomas iniciais e, quando aparecem, pode ser um indício de avanço da doença. Além da realização anual dos exames de rotina, é preciso atenção para alterações como sangramento vaginal sem causa aparente, corrimento alterado, dor abdominal ou pélvica constante, sensação de pressão no abdômen, vontade frequente de urinar e perda rápida de peso. Ao surgimento desses sintomas é recomendado buscar ajuda médica com urgência. 

 

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