Eficaz na detecção
precoce do HPV, principal causador da doença, exame pode ser realizado por
mulheres a partir dos 30 anos de idade
O Janeiro Verde é marcado pela conscientização e
combate ao terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres: o de colo do
útero. Somente em 2023, foram diagnosticados mais de 17 mil novos casos da
doença, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Com esse
enorme grau de recorrência, Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional
LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN,
multinacional alemã especialista em diagnósticos, destaca a importância da
detecção precoce do HPV (Papilomavírus Humano), principal causador do câncer de
colo de útero, que pode ser realizada por meio de exames de rotina, como a
captura híbrida.
“Entre as medidas de prevenção estão as consultas e
exames essenciais, que devem fazer parte do calendário anual do público
feminino. Embora o Papanicolau e a colposcopia sejam os mais solicitados pelos
médicos, testes como a captura híbrida são considerados os mais confiáveis para
detectar a presença do HPV. Trata-se de uma solução muito mais sensível e
avançada, capaz de identificar a contaminação antes mesmo de surgir a primeira
lesão”, explica o executivo.
Transmitido por contato direto com a pele ou
mucosas infectadas, o vírus do HPV apresenta mais de 200 variações, com 90% dos
casos representado uma contaminação transitória, onde o próprio sistema
imunológico consegue se defender. O alerta, segundo Oliveira, prevalece para
algumas variantes que costumam ser mais resistentes e com o passar do tempo
causam lesões no colo do útero, transformando-se em feridas e evoluindo de
forma maligna. “Por isso é tão importante detectar precocemente o HPV e iniciar
o tratamento mais indicado para cada caso”, complementa.
Quando e como fazer a captura
híbrida
A Captura Híbrida é indicada para ser realizada por
mulheres a partir dos 30 anos de idade. Caso apresente um resultado negativo,
um novo rastreio pode ser feito dentro de um intervalo de cinco anos. As pacientes
que apresentam um diagnóstico positivo para a presença do vírus, devem receber
um acompanhamento mais próximo. O monitoramento frequente, assim como os
tratamentos precoces, caso seja necessário, ampliam as chances de cura.
“Esse exame já existe há mais de 20 anos, sendo o
exame mais utilizado em todo o mundo e mais de 100 milhões de mulheres já
fizeram este teste. No entanto, no Brasil, ela está disponível apenas no
sistema de saúde privado, ou seja, para mulheres que possuem planos de saúde, algo
que representa em torno de 1% de todas as brasileiras que são elegíveis ao
teste. Mesmo assim, as pacientes que possuem convênio médico devem insistir com
seu ginecologista para que ele prescreva o exame. Essa iniciativa é capaz de
ajudar a salvar milhares de vidas”, alerta o executivo da QIAGEN.
O câncer de colo do útero não costuma apresentar
sintomas iniciais e, quando aparecem, pode ser um indício de avanço da doença.
Além da realização anual dos exames de rotina, é preciso atenção para
alterações como sangramento vaginal sem causa aparente, corrimento alterado,
dor abdominal ou pélvica constante, sensação de pressão no abdômen, vontade
frequente de urinar e perda rápida de peso. Ao surgimento desses sintomas é
recomendado buscar ajuda médica com urgência.
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