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Segundo dados da base da healthtech Sami, a faixa etária mais prevalente com diagnósticos de condições mentais é de 29 a 33 anos
O Time de Saúde da healthtech Sami apontou que na base de cerca de
21 mil membros que a operadora atende, cerca de 20% tiveram diagnóstico de pelo
menos um distúrbio relacionado à saúde mental (4200 pessoas). Em relação às
condições do CID (Classificação Internacional de Doenças), a faixa etária com
mais diagnósticos é de 29 a 33 anos, com prevalência entre as mulheres, sendo
que 14% da base possui diagnóstico de ansiedade e 3% de depressão, e pelo menos
1% apresentou transtorno de estresse.
“Apesar de ainda existir muito tabu em relação aos
cuidados à saúde mental, existe uma movimentação entre os millennials, que,
apesar de se sentirem mais afetados por essas condições do que outras gerações,
também procuram ajuda com mais facilidade. Uma saúde mental equilibrada vai
além da ausência de uma doença mental. Consiste em lidar com os problemas da
vida sem desmoronar, mas sentindo e validando as emoções que são naturais ao
ser humano”, afirma a Dra. Karina Santos, médica de família e comunidade na
Sami.
O problema geracional foi evidenciado pelos
pesquisadores da Universidade de Sydney, que descobriram que houve uma
deterioração perceptível no bem-estar mental de cada geração sucessiva desde a
década de 1950. Pessoas nascidas na década de 1990 têm a pior saúde mental de
qualquer geração anterior a elas. Dados da última pesquisa anual da consultoria
Deloitte apontaram que quatro em cada dez millennials (39%) relataram que se
sentem estressados ou ansiosos o tempo todo, ou na maior parte do tempo. É
possível também observar uma continuação na tendência das mulheres relatarem
níveis mais altos de estresse e ansiedade do que os homens (43% contra 35%).
“Quando falamos da criação de uma rotina de
cuidados com a saúde mental, é importante reforçarmos que a atenção ao assunto
deve ser feita de janeiro a janeiro. O autocuidado e o foco nas nossas
necessidades emocionais são naturais e devem fazer parte do nosso dia a dia,
desde escovar os dentes e tomar banho até meditar e fazer terapia. O debate
sobre a saúde mental no trabalho também precisa ser estimulado. Ter um ambiente
de trabalho saudável, tanto mentalmente quanto fisicamente, produz resultados
para todos. Assim, é essencial para os colaboradores que eles se sintam
realizados e reconhecidos, e que não atravessem pressões muitas vezes
desnecessárias”, diz Santos.
A mesma pesquisa da Deloitte mostrou que, fora do
período de férias, três em cada 10 millennials ou menos utilizam as fontes de
apoio disponibilizadas a eles no trabalho, que vão desde terapia até
aplicativos digitais e desde dias sem reuniões até encontros regulares com
gestores focados no bem-estar. Na Sami, o cuidado integrativo também está
relacionado a disponibilizar e estimular o uso de recursos para a promoção da
saúde mental, como a parceria com a Zenklub,
ecossistema de saúde mental que oferece sessões com especialistas de várias
áreas, como psicólogos, psicanalistas e terapeutas integrativos, disponíveis 24
h.
"Felizmente as pessoas e, consequentemente, as
empresas, estão mais conscientes sobre os impactos que o não cuidado com a
saúde mental podem causar no âmbito profissional e pessoal. Passamos mais de ⅓ das nossas horas semanais nos dedicando ao trabalho. Ou seja, o
trabalho tem a responsabilidade de gerar um efeito protetor na psique,
impactando em fatores como renda financeira, pertencimento social, relações
interpessoais e realização individual. Por isso, é fundamental oferecer um
ambiente de trabalho saudável e que tenha uma cultura voltada para a segurança
psicológica dos colaboradores - pensando em acolhimento, tratamento e
prevenção", acrescenta Rui Brandão, CEO e cofundador do Zenklub.
Sami Saúde
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