Divulgação/Takeda |
Em 2023, foram notificadas 8.466 ocorrências da enfermidade no estado durante as três primeiras semanas do ano, enquanto em 2024 já são 10.728, o equivalente a 24,15 por 100 mil habitantes
O estado de São Paulo fechou 2023 com uma queda de 2% nos números gerais da dengue em comparação com 2022, mas o novo ano começou com uma crescente que pode ser a maior da história. Apenas nas primeiras três semanas de 2024, já são 10.728 casos da doença, um aumento de 26,7% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com os dados da Secretaria da Saúde do Estado, divulgados em janeiro. A situação é ainda mais grave na capital paulista, com 400% mais ocorrências, enquanto por todo o Brasil o número de prováveis já é de 217 mil.
O infectologista e consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, destaca que a população pode evitar a proliferação de Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya – com medidas simples e combater a proliferação da doença.
“Devemos evitar manter água parada em ambientes internos e externos, que é o cenário ideal para a reprodução desse inseto, principalmente durante o verão, porque as chuvas e o calor favorecem a multiplicação dos mosquitos. Por isso, deve-se evitar o acúmulo de água em latas, potes, pneus, tampas, garrafas e calhas, deixando-as desobstruídas e livres de folhas e galhos. É necessário também cobrir adequadamente as caixas d'água e tratar as piscinas para evitar que virem moradas do Aedes”, informa.
O especialista também recomenda a vacinação contra a doença para prevenir casos graves, como internação e morte. Atualmente, no Brasil, está disponível a vacina Qdenga (TAK-003), do laboratório japonês Takeda. Ela foi a primeira autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e protege contra os quatro tipos do vírus (DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4), sendo que as dos tipos 1, 2 e 4 são as mais comuns no Brasil.
A
vacina pode ser aplicada tanto em pessoas que nunca tiveram dengue como nas que
já tiveram a doença. O imunizante está acessível na rede privada. “A Qdenga é
uma vacina segura, com excelente eficiência, e que pode ser administrada em
pessoas de 4 a 60 anos”, informa o infectologista, acrescentando que “o
imunizante ajuda a prevenir mais de 80% dos casos de dengue, reduzindo em 90%
as hospitalizações”. Em fevereiro, ela deverá ser incorporada no Sistema Único
de Saúde (SUS), mas focada em públicos e regiões prioritárias.
Diagnóstico precoce
O diagnóstico da doença pode ser feito por meio de diferentes exames. O Sabin, por exemplo, disponibiliza os testes rápidos para antígeno NS1 e anticorpos IgG e IgM, com a liberação do resultado em até um dia útil. Já a detecção do vírus da dengue por PCR tem resultado em até três dias úteis. “O Sabin também oferece o PCR combo, que detecta três vírus – dengue, zika e chikungunya – com resultado em quatro dias úteis, a partir da coleta de uma única amostra de sangue do paciente”, informa a coordenadora do Núcleo Técnico Operacional do Sabin, Híbera Brandão.
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