Confira dicas de Jonas Carvalho, analista pedagógico da Plataforma
Amplia
Com a entrada de um novo ano, a comunidade
escolar se prepara para retomar a rotina de volta às aulas. Afinal, durante o
período de férias, os alunos experimentaram horários flexíveis, passando mais
tempo em casa e em diversas atividades de lazer e entretenimento.
Por conta dessa mudança de hábitos, muitas
vezes, na hora de voltar à rotina escolar alguns estudantes sofrem com a
dificuldade de adaptação, o que pode refletir diretamente na capacidade de
aprendizado.
Para explicar o porquê deste processo e como
é possível evitá-lo, Jonas Carvalho, analista pedagógico da Plataforma Amplia,
sistema de ensino voltado para a educação básica, aborda a relevância do tema,
trazendo dicas essenciais para ajudar neste momento.
“A importância de os estudantes retomarem as
atividades escolares motivados é significativa, pois impacta em aspectos do processo
educacional. A falta de motivação, por sua vez, pode afetar o ano letivo
inteiro, influenciando diretamente em seu desempenho acadêmico. Um aluno
motivado tem maior probabilidade de se envolver ativamente no processo de
aprendizagem e de dedicar mais tempo aos estudos. Além disso, a motivação (ou a
falta dela) impacta também no desenvolvimento de habilidades socioemocionais,
como a autoestima, resiliência, perseverança e autogestão”, explica Carvalho.
Tendo em vista esses fatores, o pedagogo
afirma que é importante identificar quais os principais pontos que dificultam a
adaptação da rotina dos estudantes no retorno às aulas, para assim, traçar
estratégias que possam ajudar nesta questão.
“Durante as férias, muitas vezes, os alunos
adotam rotinas mais flexíveis e menos estruturadas, como a própria hora de
dormir, na qual os padrões de sono são alterados. Além disso, se envolvam em
atividades de lazer e entretenimento que, se comparadas com as atividades
ligadas ao ambiente escolar, podem gerar atrito. Levando esses fatores em
consideração, é possível imaginar o sentimento de desconexão que é gerado no
aluno com relação ao espaço escolar e aos próprios pares”, comenta.
Segundo ele, neste contexto, é importante uma
reintrodução gradual à rotina, ou seja, iniciar esse processo de retorno com
atividades leves, aumentando gradualmente a intensidade ao longo dos primeiros
dias.
“Vale considerar a construção de um espaço
acolhedor, criando uma atmosfera positiva e convidativa. Isso pode ser feito de
maneira simples, como decorando a sala de aula ou incentivando atividades que
promovam a integração entre estudantes, como jogos, dinâmicas e conversas em
grupo. Essas atividades podem ajudar a fortalecer os laços sociais e criar um
senso de comunidade entre os pares”.
Outra orientação do pedagogo para estimular a
motivação do aluno é o uso de materiais didáticos que priorizem o seu
protagonismo, fazendo com que ele se veja como parte do processo de ensino.
“Materiais com conteúdos atualizados e contextualizados, trazendo exemplos
reais, recursos visuais e auditivos dão abertura para trabalhar com os diversos
estilos de aprendizagem, o que aumenta a compreensão de como cada indivíduo
aprende, considerando a individualidade de cada um e aproximando esse aluno do
aprendizado”, conclui Jonas.
Para finalizar, o educador ressalta a
importância do apoio da comunidade escolar ao estudante. “A reintegração social
pode levar tempo. Esse período pode vir acompanhado também de desafios
emocionais e de concentração. Por isso, é importante que ele encontre todo
suporte necessário dentro e fora da escola”, finaliza.
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