Especialista alerta que recipiente pode ser tornar um meio que contamina a água, ocasionando doenças
As aulas de muitas crianças já começaram e algumas escolas
pediram, na lista de materiais, para os pais enviarem uma garrafa d’água para
os alunos se hidratarem durante o período escolar.
A empreendedora Francine Menegolo, de 30 anos, tem duas filhas, a
Sara, de 2 anos, e a Isabel, de 7 meses. A mãe diz sempre tomar os cuidados
necessários com as garrafas d’água das meninas.
“Sempre me atento em usar garrafas de alumínio, por terem uma
durabilidade melhor”, afirma. Ela conta que faz trocas constantes dos
recipientes, principalmente quando começam a apresentar sinais de uso
constante. “No último ano, eu troquei as garrafinhas cinco vezes”, destaca.
Os cuidados da Francine não são infundados. As garrafas das
crianças podem se tornar meios de contaminação da água. Por isso, alguns pontos
devem ser considerados.
O material utilizado na fabricação da garrafa é o ponto mais
importante que os pais devem levar em consideração, segundo explica o gerente
de engenharia e laboratório da Culligan, líder mundial em tratamento de água,
Alexandre Mariz.
“Para o uso em ambiente escolar, o ideal, pensando até no conforto
térmico, são as garrafas térmicas de inox. Caso optem pelo recipiente de
plástico, os pais devem priorizar a compra daqueles livres de BPA (composto
químico que serve de matéria-prima para a produção de diversos tipos de
plásticos, como policarbonatos, por exemplo)”, afirma.
Outra questão que os pais devem considerar está relacionada ao
formato da garrafa. O especialista indica que ela deve conter o mínimo de
cantos possível, pois são locais preferenciais para formação de biofilmes
(contaminação microbiológica em superfícies).
Além do material, a higiene da garrafinha também deve ser
observada. “Uma rotina de hábitos de higiene pouco cuidadosa gera o ambiente
perfeito para proliferação de contaminantes”, ressalta Mariz.
A higienização da garrafa deve ser realizada com uso de água
potável corrente e detergente neutro, para garantia da eficiente limpeza
interna, externa, do bocal e da tampa do recipiente. Esse processo deve ser
feito diariamente, se possível, duas vezes ao dia, dentro do expediente de uso.
O especialista recomenda, ainda, que a água não passe mais de três
horas armazenada no recipiente para evitar contaminações. Desta forma, o ideal
é que o líquido seja substituído a cada troca de aula para intervalo e outras
atividades.
“A palavra de ordem é higiene. Os pais devem criar o hábito de
inspecionar as garrafinhas a fim de localizar qualquer ponto de acúmulo de
biofilme e, inclusive, incentivar as crianças a manterem a atenção sobre o
tema”, afirma.
A vida útil dos recipientes também deve ser levada em
consideração. “O ideal é que as garrafas mais velhas, que apresentam muitas
marcas, sejam substituídas com certa periodicidade, já que superfícies amassadas
causadas pelo uso ou quedas podem se tornar polos de acúmulo de contaminante”.
“Estes cuidados são muito importantes para garantir a proteção dos
pequenos ao beber água durante os estudos, já que a hidratação é essencial para
o rendimento escolar e disposição nas atividades”, conclui o especialista da
Culligan.
Nenhum comentário:
Postar um comentário