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sábado, 9 de setembro de 2023

Prevenção ao suicídio: psicóloga ensina como identificar pessoas em sofrimento psíquico

Em um mundo que a saúde mental é uma preocupação crescente, a prevenção ao suicídio emerge como um tema relevante. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois com isso, estima-se mais de 1 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. Não à toa, dia 10 de setembro foi estabelecido o dia dia mundial de prevenção ao suicídio e a campanha setembro amarelo ocorre durante todo o mês. A psicóloga Ana Streit, mestre em psicologia e saúde, diz que a prevenção ao suicídio é fundamental e a conscientização desempenha um papel importantena luta a favor da vida.

Antes de ajudar alguém, o primeiro passo é estar atento aos nossos pensamentos e atitudes, pois o cuidado com a saúde mental deve começar com a gente. Depois, estendemos o olhar para o próximo. “Os sintomas nem sempre são visíveis, muitas vezes são silenciosos, mas há alguns sinais para os quais podemos prestar atenção, como os sintomas verbais, frases com intenção, mesmo que subliminar, de morte, por exemplo: “estou cansado, não quero continuar”, “quero acabar com essa dor”, junto com sintomas comportamentais, tipo a tendência ao isolamento, desinteresse por atividades que antes eram agradáveis, excesso ou falta de sono. Mas, tudo depende de cada pessoa ou situação que ela está vivendo naquele momento. Os períodos de estresse demandam atenção”, pondera.

 A especialista em saúde mental orienta que há muitas formas de previnir um suicídio e que algumas situações podem aumentar ou diminuir o risco desse comportamento. Por isso, conhecer os fatores de risco é importante para buscar ajuda para si ou para alguém que esteja precisando. Ana cita os fatores de risco, que são: sofrer ou praticar bullying, gravidez na adolescência, separação e conflitos constantes com os pais ou familiares, transtornos alimentares, abuso de drogas e álcool, ter sofrido algum trauma, sofrer ou praticar violência sexual.

 Já quando falamos de prevenção, as ações que a psicóloga destaca são: trabalhar a autoestima, ter rede de apoio, amigos e familiares que a pessoa possa contar quando está triste, cultivar a sua espiritualidade e senso de propósito, pois é um aspecto importante e que dá suporte nos momentos difíceis. “Em casos de pessoas que possuam algum transtorno mental, a terapia e, muitas vezes, o acompanhamento psiquiátrico é essencial. Os transtornos mentais causam muito sofrimento, seja um transtorno de humor como depressão, ansiedade, seja um transtorno de personalidade“ ressalta. 



Ana Streit - psicóloga clínica, Mestre em Psicologia e Saúde pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), e Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Além disso, a profissional é professora, supervisora e terapeuta do esquema, já em processo de Certificação Internacional em Terapia do Esquema pela International Schema Therapy Society (ISST). A profissional gaúcha escreve.



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