Fazer um investimento pode ser uma tarefa complicada quando não se tem conhecimento prévio no assunto. É comum se sentir perdido, sem saber como agir ou que decisão tomar. Por essa razão, existem algumas informações básicas que você precisa saber quando se tem vontade de começar a investir.
Em primeiro lugar, defina os objetivos que pretende
alcançar com os investimentos. Para isso, as perguntas “por
quê”, “quando” e “como” podem ajudar nessa tarefa, da seguinte forma:
- Por quê você quer ou precisa investir?
Exemplo de resposta: Dar entrada em um imóvel,
viajar, montar um plano de aposentadoria etc.
- Quando você pretende conquistar esse objetivo?
Exemplo de resposta: Daqui 2 anos, daqui 5 anos,
daqui 10 anos etc.
- De que forma vai fazer este plano dar certo?
Exemplo de resposta: Investindo em produtos de
baixo risco e maior liquidez; Investindo em produtos de maior risco, mas com
maior oscilação; Fazendo uma mescla das classes de ativos.
Tendo as respostas para essas perguntas, é possível
tirar seus planos do papel e colocá-los em prática, por meio de ações que
considero essenciais. O primeiro passo é conseguir fazer o dinheiro sobrar todos
os meses, além de ter construído uma reserva de segurança para
imprevistos e emergências.
Apesar de ser notoriamente conhecida por ter uma
rentabilidade mais baixa, a poupança é um ótimo ponto de partida para pessoas
(que nunca investiram antes) começarem a investir, pois ajuda bastante na
consolidação da “cultura” de investimentos, criando assim o costume de fazer
isso com frequência.
Outras opções de investimento de baixo risco para
quem está começando são o Tesouro Selic (garantido pelo Tesouro Nacional) e os
CDBs de bancões e de bancos de médio porte (até o limite do valor coberto pelo
FGC - Fundo Garantidor de Crédito).
Os títulos do Tesouro Direto possuem liquidez
diária, ou seja, existe a possibilidade de resgate da aplicação no prazo de 1
dia útil, o que pode ser considerado vantajoso para muitas pessoas. Já os CDBs
são produtos em que a liquidez pode variar, existindo produtos também com
liquidez diária ou até CDBs que imobilizam seu capital por 30 dias até alguns
anos. Então, preste atenção quando for escolher.
Além disso, se você ainda sente que precisa de um
suporte adicional para dar mais tranquilidade e segurança neste momento,
existem profissionais capacitados que podem lhe ajudar a começar com o pé
direito, evitando erros que iniciantes podem vir a cometer e lhe prevenindo
contra perdas evitáveis nessa hora.
No entanto, faço um alerta de que é preciso tomar
bastante cuidado ao procurar por auxílio. Existem profissionais que oferecem
produtos duvidosos, de maior risco e com comissão, o chamado “rebate”. Por esse
motivo, você deve sempre pedir por transparência na relação profissional.
Logo nos primeiros meses investindo, é importante
estudar sobre outros produtos, como: fundos de renda fixa com taxas de
administração muito baixas e CDBs de bancos grandes (ou médios) dentro do valor
coberto pelo FGC. Desta forma, é possível expandir horizontes e ampliar o seu
leque de possibilidades.
Com os objetivos e metas definidos, descobre-se
qual é o perfil de risco do investidor. Com a adequação do
perfil, os profissionais e instituições do mercado que podem auxiliar nessa
jornada terão mais informações para ajudar a atingir seus objetivos de acordo
com o seu grau particular de tolerância ao risco, nível de renda, momento de
vida e objetivos estabelecidos.
Depois de ter feito corretamente todas as etapas
anteriores, é fundamental manter uma periodicidade e uma recorrência nos
investimentos, pois é assim que os juros compostos vão conseguir trabalhar da
melhor maneira para você, fazendo o seu dinheiro começar a valer mais ao longo
do tempo.
Por isso, ter um acompanhamento periódico para
validar se a estratégia de investimentos está dando certo é de extrema
importância para que o seu processo de investir seja bem sucedido. Algumas
vezes, se faz necessário um rebalanceamento ou até mesmo uma mudança de rota.
Também vale ler sobre finanças comportamentais,
para que você não cometa erros de julgamento e de tomada de decisão causados
pela nossa natureza de evitar a dor a qualquer custo, ou tomar riscos acima do
adequado. É preciso pensar antes de agir, para que seu investimento tenha
sucesso e assim consiga atingir os objetivos que você estabeleceu.
Trata-se de texto com o objetivo educativo, sem a
intenção de fornecer recomendações de investimento.
João Victorino - administrador
de empresas e especialista em finanças pessoais. Com uma carreira bem-sucedida,
busca contribuir para que as pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus
projetos e carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro
com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.
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