Falta de recursos e de informações sobre a área é um dos principais motivos registrados; Serasa Experian abre inscrições para projeto de capacitação gratuito em SC, PA e CE
Uma pesquisa
inédita feita pela Serasa Experian mostrou que mulheres e pessoas de classes
mais baixas sentem mais as barreiras de entrada para o mercado de trabalho em
tecnologia.
Um fato curioso
é que, até 2024, o Brasil terá um atraso relativo de 260 mil vagas a serem
preenchidas na área de TI, segundo a Associação das Empresas de Tecnologia
(Brasscom). “As vagas existem e o setor demanda por profissionais, mas a falta
de representatividade e a dificuldade do acesso ao conhecimento podem ser
problemas capazes de impedir que novos talentos sejam descobertos para ocupar
esses espaços. Pensando nisso, realizamos um estudo para entender quais são, de
fato, os principais motivos que afastam esses grupos minoritários do mercado de
TI”, explica o head de sustentabilidade da Serasa Experian, Paulo Gustavo
Gomes.
De acordo com o
levantamento, feito em março de 2023, mesmo que 9 em cada 10 entrevistados
identificassem a tecnologia como a profissão do futuro, apenas 29% acabam
trabalhando na área. Esse percentual é ainda mais preocupante quando visto pelo
recorte de classe social, uma vez que apenas 23% da população das classes C, D
e E trabalham em cargos relacionados à tecnologia.
Desconhecimento
é um dos principais motivos para o gap de profissionais
Dentre aqueles
que não atuam no setor de tecnologia, somente 37% alegam que já pensaram na
possibilidade de atuar e apenas 24% responderam que pretendem ser profissionais
da área. No cenário por gênero, é possível observar que só 20% das mulheres que
não trabalham no segmento têm vontade de trabalhar.
Entre os
principais motivos pelos quais as pessoas não desejam entrar para mercado de
Tecnologia estão desconhecimento e falta de interesse pelo setor. De acordo com
os dados do estudo, 48% dos respondentes dizem não conhecer nada sobre
tecnologia ou não se interessam pelo tema. Nas classes de renda mais baixa, o
percentual chega a 52%.
“Percebemos que
a questão financeira contribui para o afastamento das minorias do setor de
tecnologia, mas vemos também que a desmistificação desse mercado de trabalho
ainda é um grande ponto a ser resolvido. Como alguém pode se interessar por
aquilo que não conhece? Como pessoas em situação de vulnerabilidade podem
procurar informações sobre o tema se, muitas vezes, não sabem como atuar dentro
dele?”, questiona o head de sustentabilidade da Serasa Experian.
Os desafios
apontados pelos entrevistados que não se identificam com a área ou que têm
dificuldade de capacitação são diversos, mas a maioria deles diz respeito à
falta de habilidades, capacidades e experiências com a tecnologia, além da
falta de recursos de ensino e da dificuldade de aprender, que estão diretamente
relacionados. Alguns também apontaram o fato de que já atuam em outro setor no
mercado de trabalho e, portanto, não viam como fazer uma transição de carreira.
Ainda segundo o
executivo, a maior parte desses desafios podem ser solucionados por meio de
programas de incentivo ao estudo e do apoio ao ingresso nesse mercado de
trabalho. “O contato com a informação e com as possíveis profissões e
oportunidades do setor deve ser incentivado. É preciso apresentar todas as
possibilidades de atuação no campo tecnológico para que elas possam se
encontrar, entendendo assim, que é possível obter sucesso profissional e que
são capazes de alcançá-lo”, explica.
A
importância dos cursos gratuitos para inclusão de minorias na tecnologia
De acordo com o
levantamento, foi possível concluir que a oferta de cursos públicos e projetos
gratuitos tem um papel importante na sociedade, ajudando a fomentar a
participação e inclusão das minorias no setor de TI e Informática. Metade dos
entrevistados já realizaram cursos livres e técnicos online e entendem que são
portas de entrada para o mercado de trabalho da tecnologia.
A pesquisa
também mostrou que os cursos na modalidade remota são mais aproveitados pelas
classes de menor renda, enquanto as universidades ainda têm maior penetração
pelas classes mais altas. 38% dos respondentes que já fizeram cursos
relacionados ao setor alegam que realizaram os estudos de forma gratuita, entre
eles, 48% pertencem às classes mais baixas, 45% são negros e 43% fazem parte do
grupo LGBTQIA+. Além disso, entre os entrevistados que nunca fizeram cursos
sobre tecnologia, 46% almejam iniciar os estudos nos próximos 6 meses.
“A relevância de
projetos de inclusão para áreas de tecnologia é muito clara. Programas que
conectam grupos vulneráveis com esse tipo de experiência são capazes de criar
sonhos e mudar vidas, mostrando novos caminhos possíveis e encorajando as
pessoas a trilhá-los. Precisamos de um mercado diverso para continuar obtendo novas
ideias e descobrindo novos talentos. Por isso, a Serasa Experian desenvolveu o
programa Transforme-se, que atua com PCDs, jovens em situação de
vulnerabilidade e mulheres para viabilizar a entrada deles no mercado de
trabalho. É extremamente gratificante para nós contribuir com um futuro melhor
e mais inclusivo para tantos brasileiros”, finaliza Paulo Gomes.
Transforme-se,
um projeto de inclusão da Serasa Experian
A Serasa
Experian, em parceria com a Gerando Falcões, está disponibilizando 316 bolsas
de estudos 100% gratuitas para jovens de baixa renda que tenham entre 18 e 29
anos e que queiram ingressar no mercado de tecnologia e dados. As inscrições vão até o dia 15 de setembro, com vagas
destinadas exclusivamente para residentes de favelas da idade indicada, que
cursem ou tenham completado o Ensino Médio em instituição pública ou em
particular sendo bolsista.
Nessa rodada do
projeto, três regiões serão contempladas: a cidade de Belém, no Pará, receberá
100 bolsas de ensino, em Fortaleza, no Ceará, serão oferecidas 96 bolsas e na
região de Florianópolis, em Santa Catarina, 120. Os interessados poderão se
inscrever pelo site www.serasaexperian.com.br/transformese e, aqueles que
participarem do programa terão ajuda de custo de R$ 500 mensais.
Como
o Transforme-se vai funcionar?
• Bolsa
100% gratuitas para estudar com a metodologia Senac.
• Carga
horária: até 260 horas, de 1 a 6 meses de aulas presenciais (a depender da
localidade) no período da tarde ou noite.
• No Pará,
será ministrado na cidade de Belém, no Senac – Rua Aristides Lobo, 1058.
Bairro: Reduto. (Esquina com Rua Benjamin Constant) - CEP: 66017-010.
• No Ceará,
será ministrado na cidade de Fortaleza, no Senac – Av. Tristão Gonçalves, 1245
– Centro - Fortaleza – CE – CEP: 60015-000.
• Em Santa
Catarina, será ministrado na cidade de Florianópolis, no Senac – Rua Silva
Jardim, 360 - Centro - CEP: 88020-200.
• O primeiro
módulo vai abordar temáticas sobre Informática Básica e Lógica de Programação
com 60h de duração. O segundo terá como foco a Programação de Sistemas, com
200h de duração.
• Mentoria
com profissionais da Serasa Experian.
• Bolsa-auxílio
para estudantes de até R$ 500 por mês.
• Acompanhamento
social e pedagógico individualizado.
• Serão 316
bolsas no total, sendo 120 para Santa Catarina, 96 para o Ceará e 100 para o
Pará. As inscrições ficarão abertas até o dia 15 de setembro e as
aulas têm início em 23 de outubro. Para se inscrever, clique aqui
Serasa Experian
www.serasaexperian.com.br
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