Entenda os tipos,
onde ocorrem, fatores de risco e importância do diagnóstico precoce Freepik
O aneurisma é uma dilatação da artéria ou veia que
ocorre quando há um aumento anormal de seu diâmetro. Esse alargamento pode ser
observado em diferentes partes do corpo e exige atenção médica para evitar
complicações.
A especialidade Vascular trata diferentes tipos de
aneurismas, incluindo: aneurismas das artérias periféricas, que ficam
localizados nos braços ou pernas; aneurismas viscerais ou esplâncnicos, que
afetam as artérias que irrigam os rins, baço, fígado ou intestinos; aneurismas
de aorta torácica ou abdominal, que ocorrem na aorta, a maior artéria do corpo,
localizada na região torácica ou abdominal. Esses tipos de aneurismas se
diferem por sua localização anatômica, o que influencia o risco cirúrgico e a
possibilidade de ruptura.
Há estudos estatísticos em grandes grupos
populacionais que revelam que o aneurisma da aorta abdominal afetam mais homens
do que mulheres (4:1); sua ocorrência é maior à medida que os indivíduos ficam
mais idosos, pois são pouco frequentes em pessoas abaixo dos 50 anos e mais
comuns após os 80, quando apresenta uma prevalência em torno de 6%; acometem
brancos e asiáticos mais do que negros; e em países desenvolvidos ou em desenvolvimento,
o aneurisma da aorta abdominal é a terceira maior causa de morte.
De acordo com o cirurgião vascular e membro da
Comissão de Aneurismas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia
Vascular da Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Marcelo José de Almeida, os
aneurismas degenerativos são formados por uma fragilidade da parede arterial.
Atualmente, há evidências de que esta fragilidade apresente uma tendência
familiar e, portanto, geneticamente induzida, há áreas que são mais suscetíveis
à dilatação como, por exemplo, a aorta abdominal infrarrenal responsável por
mais de 30% dos aneurismas degenerativos. Já os Pseudoaneurismas, que são
aqueles que ocorrem por trauma ou procedimentos médicos invasivos, são mais
comuns em artérias femorais, umerais ou radiais (Não se considerou o
aneurisma cerebral que apresenta outras características em sua origem e são
tratados pela neurocirurgia ou neurointervenção).
Pressão arterial (PA) elevada e o tabagismo
contribuem para o enfraquecimento das paredes arteriais e aumentam o risco de
um aneurisma. O especialista explica que quando a pressão arterial está
constantemente elevada, ela exerce uma força maior nas paredes das artérias.
Isso pode causar estresse mecânico e aumentar a pressão sobre as áreas já
enfraquecidas, com o tempo, esse estresse adicional pode contribuir para a
formação e crescimento de um aneurisma.
No caso do tabagismo, ele estimula células
presentes na parede da artéria que produzem substâncias que destroem a elastina
(fibras elásticas) que conferem resistência e elasticidade à parede arterial.
Como a elastina é destruída ou alterada, a fragilidade se torna maior.
Segundo o Dr. Marcelo, idade avançada, histórico familiar de aneurismas,
colesterol elevado, obesidade, dieta não saudável, sedentarismo e certas
condições médicas, como a aterosclerose, também são fatores de risco. E ainda,
mais raramente, existem os fatores infecciosos da parede arterial que, da mesma
forma, podem ocasionar aneurismas. “Estas infecções normalmente são provocadas
por bactérias como tuberculose, sífilis, ou ainda infecções fúngicas”.
Na maioria das vezes, os pacientes são
assintomáticos, entretanto, os sintomas ocorrem quando há uma expansão abrupta
do aneurisma e ruptura, levando ao sangramento. Nesses casos, observa-se dor,
queda da pressão arterial devido à perda de sangue, que provoca palidez e
mal-estar generalizado.
Dr. Marcelo recomenda que, após os 40 anos, seja
realizado um ultrassom de abdome, que é um exame com acesso mais simples. “Além
disso, é essencial adotar um estilo de vida saudável, controlar os fatores de
risco e realizar exames médicos regulares para identificar e tratar problemas
potenciais precocemente. E se houver suspeita de um aneurisma, é fundamental
procurar avaliação médica imediatamente para o diagnóstico e tratamento
adequado”, reforça o cirurgião vascular.
O cirurgião vascular e presidente da SBACV-SP, Dr.
Fabio Rossi, também faz a mesma orientação quanto à prevenção e detecção
precoce desse problema de saúde: “A prevalência do aneurisma de aorta abdominal
aumenta com a idade, especialmente em pacientes portadores de fatores de risco,
como hipertensão arterial, tabagismo, colesterol alto e diabetes. Como medida
preventiva, é recomendado que todos os homens com mais de 65 anos e mulheres
com mais de 75 anos, que possuam ao menos um fator de risco, realizem uma
ecografia com doppler vascular. Esse método é não invasivo e amplamente
disponível em consultórios vasculares. Além disso, indivíduos com histórico
familiar de aneurismas devem realizar o exame, independentemente da presença de
outros fatores de risco”.
A SBACV-SP tem como missão levar informação de
qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações
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Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br
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