Ganhar massa muscular é um dos grandes desafios de
quem está na rotina de atividade física. O que poucos sabem é quem um dos
grandes aliados neste processo é produzido pelo próprio corpo: a insulina.
Muitas vezes relacionado apenas ao controle do diabetes, o hormônio tem papel
fundamental na pro produção de músculos. Para isso, no entanto, é preciso fugir
de dietas restritivas e jejuns prolongados.
A médica do exercício e do esporte do Hospital
Edmundo Vasconcelos, Silvana Vertematti, explica que a insulina é um hormônio
anabólico, mas pode ter função positiva ou negativa, tudo depende dos alimentos
presentes na rotina alimentar. “Caso a pessoa opte por comer pouca proteína,
muito carboidrato de qualidade ruim, o resultado não vai ser o esperado. Por
isso, é preciso pensar em uma alimentação balanceada e equilibrada”, comenta a
médica.
No cardápio, diferente do que muitos escolhem, o
carboidrato tem destaque e é essencial para que o hormônio consiga desempenhar
seu papel positivo. Essa biomolécula, associada a insulina atuam na finalização
celular, permitindo que a proteína entre no músculo a ser produzido. Segundo a
médica, essa relação é essencial para compreender o risco de dietas restritivas
e de longos períodos de jejum.
“ Quando a pessoa opta por ficar sem comer por
muito tempo ou excluí o carboidrato de boa qualidade da rotina alimentar, temos
uma inibição da insulina e a produção do glucagon, que é um hormônio antagônico
da insulina e de estresse. Ele ajuda no emagrecimento, no entanto, realizando
algo contrário do desejado, com perda de massa muscular, quebrando esse
processo importante”, atenta.
O segredo é mais simples do que pode imaginar:
equilíbrio. Uma alimentação balanceada, com boa porcentagem de carboidratos,
proteína e gordura- todos de boa qualidade, aliado aos exercícios adequados, é
um grande passo para a produção de massa muscular. De forma geral, a médica
aconselha uma composição de 60% de carboidratos e 40% de proteína.
“Assim como enfatizado, esses alimentos devem ser
de boa qualidade, portanto, carboidratos provenientes de frutas, integrais, com
baixo índice glicêmico. Proteínas, não só de carne, mas também das leguminosas
como lentilha, feijão, ervilha, ovos e lácteos. Sem esquecer, claro, de um
acompanhamento profissional com nutricionista e médico do exercício e esporte
para um olhar individualizado, focando nas necessidades e saúde de cada
paciente”, conclui.
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