Quanto antes o diagnóstico mais chances de
minimizar os efeitos. Hemodiálise pode ajudar no tratamento dos casos de
intoxicação e envenenamento.
Após recentes casos de intoxicação por etilenoglicol, muitos tutores estão
preocupados em como identificar e tratar seus pets em caso de possível
intoxicação. Por isso, o veterinário do Hospital Veterinário Veros, Rafael
Trevisan, alerta aos primeiros sinais que o animal pode apresentar.
Segundo o especialista a principal função do etilenoglicol é agir como
anticoagulante em países com temperaturas extremas, e aqui no Brasil, para
resfriamento de máquinas, tratamento de ferrugens de motor e radiador de
carros. Mas casos recentes colocaram um alerta importante sobre o tema
envenenamento.
Avaliar os sintomas como diarreia, vômito e falta de apetite são possíveis
indícios de intoxicação. “Caso seu pet esteja com algum desses sintomas é
imprescindível a procura imediata por um especialista para avaliar de perto as
causas e indicar o melhor tratamento”, afirma o veterinário.
O diagnóstico, na maioria das vezes, é por anamnese com histórico de ingestão
alimentar e, quando identificada a intoxicação nas primeiras horas, é feito
lavagem estomacal ou a utilização do carvão ativado para neutralizar qualquer
resido da substância que não tenha sido absorvida.
“O álcool etílico também é utilizado -- com acompanhamento médico - para
neutralizar o envenenamento e agir no fígado, com o objetivo de minimizar os
prejuízos para o animal”, recomenda o especialista.
Outro ponto importante para a efetiva recuperação do animal é uma avaliação
renal e hepática minuciosa com exames de sangue ou urina que irão detectar o
aumento de toxinas na corrente sanguínea, podendo reduzir ou até mesmo parar a
produção de urina, além da ultrassonografia. Casos de insuficiência renal podem
ser diagnosticadas em casos de envenenamento.
“A partir do diagnóstico da insuficiência renal entramos com a hemodiálise para
ajudar a retirar parte das enzimas”, recomenda o médico. Caso o diagnóstico
seja recente, o tratamento irá ajudar no equilíbrio ácido básico no sangue
controlando o PH e as toxinas que o rim não consegue mais depurar. Segundo o
especialista o que se recomenda, no geral, é um tratamento de uma semana a 10
dias, com hemodiálises esporádicas até a recuperação e evolução do quadro do
animal.
É importante salientar que, uma vez diagnosticado o quadro de insuficiência
renal, o animal poderá desenvolver a doença de forma crônica, precisando ser
monitorado para o resto da vida dele, porém levando uma vida normal.
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