Em alusão ao
Novembro Azul, especialista esclarece os principais tabus relacionados à doença
mais comum entre as pessoas com próstata
No Brasil, estima-se que 65 mil pessoas serão
diagnosticadas com câncer de próstata no triênio 2020 a 2022, correspondendo a
62 novos casos a cada 100 mil pessoas, de acordo com o Instituto Nacional de
Câncer (INCA)[1]. Embora seja o câncer mais comum entre os
que têm próstata, depois do câncer de pele não melanoma, o preconceito e a
desinformação ainda fazem com que homens não procurem um médico e fiquem sem
realizar exames periódicos, contribuindo para que 20% dos casos de câncer de
próstata sejam diagnosticados em fase avançada[2].
Para incentivar a prevenção e o diagnóstico precoce
do câncer de próstata, o oncologista Fernando Maluf, Diretor
Médico Associado do Centro de Oncologia da BP, Membro do Comite Gestor do
Centro de Oncologia do Hospital Albert Einstein, Co-fundador do Instituto
Vencer o Cancer e Membro fundador do Grupo EVA, Autor de artigos científicos e
de mais de uma dezena de livros publicados no Brasil e no exterior, Professor
Livre Docente, pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, desmistifica
os principais tabus relacionados à doença.
Não ter sintomas significa que
eu não tenho câncer de próstata.
Mito – Em geral, o câncer de próstata é silencioso, ou seja, em estágio inicial
não apresenta sintomas específicos². Por ter crescimento lento, sintomas como
fluxo urinário fraco ou interrompido, vontade de urinar de noite, sangue na
urina, disfunção erétil e dor no quadril, costas ou coxas podem demorar para se
manifestar e significar que a doença já está em estágio avançado². Por isso, é
imprescindível ter acompanhamento médico a partir dos 50 anos de idade.
O exame de toque retal é
apenas um dos exames que preciso realizar para diagnóstico da doença.
Verdade – Os principais exames para diagnosticar câncer de próstata são o toque
retal e dosagem de PSA (Antígeno Prostático Específico), um exame de sangue que
indicará se há um aumento benigno da próstata ou de cancro. Caso um desses
exames levante suspeita da presença de um tumor, deve ser realizada uma biópsia
da próstata. É importante frisar que os exames são complementares e ambos devem
ser realizados.
Só devo me preocupar em
realizar os exames preventivos se um familiar próximo for diagnosticado com a
doença.
Mito - É indicada a realização dos exames PSA e toque retal a partir dos 50
anos de idade, caso não tenha histórico familiar, pois existem outros fatores
de risco para seu desenvolvimento, como: idade, raça, dieta, obesidade e
síndromes genéticas². Já pessoas que tenham caso de pai e irmãos diagnosticados
com câncer de próstata devem iniciar a investigação entre os 40 e 45 anos,
devido ao maior risco de desenvolver a doença².
Investigar a mutação do câncer
de próstata é importante para realizar um tratamento personalizado e pode
contribuir para diagnóstico precoce de gerações futuras.
Verdade – A descoberta da mutação não só beneficia o paciente com a possibilidade
de realizar um tratamento mais assertivo, reduzindo o risco de progressão da
doença, o risco de morte e aumentando a sobrevida global, como pode contribuir
para o diagnóstico precoce das gerações futuras. Nós sabemos que 15% dos pacientes
com câncer de próstata apresentam mutação BRCA1, BRCA2 ou ATM, e, nesses casos[3],
um tratamento personalizado, específico para essas mutações, pode trazer
diversos benefícios aos pacientes. Para descobrir a mutação é necessário
realizar um teste genético, conhecido como teste HRR, um exame realizado em
amostra tumoral. Inclusive, pessoas com histórico familiar de mutação de BRCA2,
gene também presente no câncer de mama, têm um risco elevado de desenvolver
tumores de próstata mais agressivos e em idades mais jovens². Por isso, nesses
casos, os homens devem começar a realizar os exames preventivos com 40 anos².
Para descoberta da mutação em pacientes com câncer de próstata metastático, a
AstraZeneca oferece teste genético de forma gratuita pelo programa ID.AZ, por
meio do pedido médico. É preciso conversar com o especialista sobre essa
possibilidade.
Utilizar testosterona pode
potencializar o risco da doença.
Verdade – Apesar de a maioria dos estudos não apontar para uma relação direta
entre o câncer de próstata e a reposição de testosterona entre os homens com
níveis baixos do hormônio, existe um risco potencial de desenvolver câncer de
próstata pelo uso indevido de anabolizantes².
A retirada da próstata torna o
homem impotente.
Mito – A retirada da próstata, também conhecida como prostatectomia radical, é
uma das opções de tratamento para o câncer de próstata². É válido pontuar que
ela torna o paciente infértil, não realizando mais a ejaculação. Entretanto, o
paciente não fica impotente e a sensação do orgasmo não é alterada².
É possível curar o câncer de
próstata.
Verdade – O câncer de próstata quando rastreado em estágio inicial tem até 97% de chance de cura². Por isso, é extremamente importante vencer o medo e se informar em relação a esta doença, que já poderia ter uma baixa taxa de mortalidade, caso os homens cuidassem mais e melhor de sua própria saúde.
AstraZeneca
www.astrazeneca.com.br
Instagram @astrazenecabr.
[1] Instituto Nacional de Câncer (INCA). Estimativa 2020. Disponível em: https://www.inca.gov.br/estimativa/sintese-de-resultados-e-comentarios. Acesso em: 17 de outubro de 2022.
[2] MALUF, Fernando Cotait. VENCER O CÂNCER DE PRÓSTATA. 2ª edição. São Paulo: Dendrix, 2020.
[3] Abida W. et al. PNAS 2019; 116:11428-436.
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