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Alergia não tem cura, mas é possível controlar as crises e ajudar o pet a ter uma vida normal cuidando e nutrindo a pele
Coçar de vez em quando é normal, e isso não está
necessariamente ligado a algum problema de saúde, mas para os animais alérgicos
as mudanças de estações podem provocar piora nas coceiras e outros sintomas
associados à alergia.
“As principais alergias nos cães são as alergias de
pele, como a DAPE (Dermatite Alérgica à Picada de Ectoparasitos) e a dermatite
atópica. Essa última é a condição alérgica mais comum, acometendo entre 20% e
30% dos cães e pode ser desencadeada por uma gama de alérgenos, incluindo o
pólen que é extremamente comum nesta época do ano”, explica Mariana Raposo,
médica veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.
Ao mesmo tempo em que aumenta a incidência de
alérgenos no ambiente, a primavera é conhecida pela mudança da pelagem do pet,
onde os pelos mais densos que protegem do frio dão lugar à pelos mais leves
para suportar o verão. A troca de pelos é um processo que também deixa a pele
do animal um pouco mais sensível e suscetível aos desafios ambientais.
Mariana alerta que para os cães alérgicos o momento
da troca de pelos é um pouco pior, porque, embora o processo seja comum em
todos os animais, os pets que desenvolvem alergia já apresentam uma falha
natural na barreira protetora da pele. Essa sensibilidade maior somada ao
aumento da concentração de alérgenos no ambiente faz com que as crises de
alergia se intensifiquem.
Como identificar uma crise de
alergia no pet?
“As coceiras de alergia são bem mais intensas do
que as coceirinhas normais, que todos os pets têm. São coceiras mais intensas,
com as patas, os dentes, e até mesmo se esfregando em objetos e tapetes, ou no
chão. Essas coceiras são acompanhadas de vermelhidão intensa na pele, queda de
pelos em tufinhos em determinada região do corpo, e uma mudança perceptível na
pele com descamação, um odor diferente do normal e até mesmo lesões de pele bem
visíveis, como machucados ou feridinhas”, explica.
Além da coceira, o pet pode apresentar inflamação
da pele, com uma vermelhidão característica ao redor dos olhos, da boca, nas
patas, nas orelhas e na região de virilha e abdômen, locais onde a pele é mais
fina.
Como curar e como prevenir as
alergias nos cães?
Durante as crises agudas, quando a coceira é
demasiado intensa e atrapalha a qualidade de vida do pet e dos tutores, é
importante buscar ajuda veterinária para que o pet seja medicado de maneira
adequada e a crise combatida, mas não existe cura! O que muitos tutores não
sabem é que é possível utilizar algumas estratégias para que estas crises não
sejam tão frequentes e nem tão intensas.
“Nós temos pouco controle sobre todos os alérgenos
capazes de desencadear as crises, mas podemos auxiliar o pet no fortalecimento
das defesas do organismo contra estes agentes. Seja através de protocolos
capazes de educar o sistema imunológico do animal a não reagir de maneira
exagerada quando exposto àquele agente, seja através do fortalecimento da
barreira protetora da pele. A utilização de produtos como hidratantes, shampoos
que nutrem o microbioma cutâneo, assim como os suplementos alimentares a base
de ômegas com alta concentração de EPA, DHA e GLA específicos para o pet, ajudam
a manter uma pele mais saudável e protegida, fortalecendo a barreira cutânea e
ajudando na prevenção das crises alérgicas”, reforça Mariana.
Além dos cuidados com a saúde da pele, a proteção contra ectoparasitas (pulgas e carrapatos) é essencial para todos os pets, principalmente na primavera e no verão, quando eles se proliferam e estão mais presentes no ambiente. “A utilização de antipulgas e anticarrapatos na periodicidade correta indicada pelo médico veterinário também ajuda a prevenir as crises alérgicas, especialmente dos animais com DAPE, e atuam para a manutenção da saúde do pet como um todo”, finaliza.
Avert Saúde Animal
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