Um profissional reconhecido em seu ambiente de trabalho é capaz de trazer resultados esplêndidos para a empresa. Por muitos anos, essa valorização era massivamente associada a cargos de destaque, com altos salários – mas, hoje, essas e muitas outras recompensas estão perdendo cada vez mais espaço, para a valorização de uma peça-chave essencial para a retenção e desenvolvimento de profissionais cada vez mais qualificados: as habilidades individuais de cada colaborador.
A baixa qualificação profissional é uma das maiores
dores sentidas em empresas dos mais diversos portes e segmentos. Em um
levantamento feito pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic),
inclusive, cerca de 60% das empresas estão com dificuldade para contratar mão
de obra preparada para lidar com as rotinas de cada área. Mas, mesmo diante de
barreiras nítidas, os investimentos em programas de desenvolvimento e
treinamento que capacitem esses profissionais e auxiliem em aprimorar seus
potenciais, se torna uma ferramenta poderosa para a prosperidade do negócio.
Quando treinados para este fim, o aprimoramento de
suas capacidades permite não apenas que tenham um melhor desempenho em suas
funções, como também expandam sua visão de negócios de forma macro – auxiliando
para que consigam enxergar oportunidades de inovar e empreender dentro da
própria empresa. Mas, muito além que viabilizar esse desenvolvimento, a
recompensa por aprimorar tais habilidades, certamente, é muito bem-vista pelos
profissionais, incentivando-os a continuar nesta trilha não apenas para o
sucesso da companhia, como principalmente para seu próprio crescimento.
Como prova dessa relevância, um estudo conduzido
pela Deloitte identificou que 90% dos líderes consideram que as habilidades
estão se tornando a forma mais importante de desenvolver os talentos de uma
empresa – servindo, até mesmo, de base para desenhar o plano de carreira de
cada um. Na prática, sua proposta seria, justamente, eliminar a hierarquia
corporativa gradualmente, oferecendo melhores remunerações àqueles que melhor
explorarem suas habilidades a favor do crescimento da empresa. Isso,
independentemente do cargo que ocupar. Mas, para que obtenha êxito em seu
objetivo, essa “multicapacitação” depende de uma intensa mudança na mentalidade
das empresas.
Em um primeiro momento, toda a cultura
organizacional deve ser consolidada a partir desse intuito, disseminando a
importância do reconhecimento de habilidades para a prosperidade dos
profissionais e da empresa e, principalmente, adotando indicadores de
performance que mensurem os resultados já conquistados. Assim, a empresa
consegue ter uma visão mais clara da assertividade dos programas de treinamento
adotados e, quais outras ações podem ser tomadas para trazer conquistas cada
vez maiores para a gestão empresarial.
Ainda, as estruturas estabelecidas internamente
devem ser flexibilizadas, garantindo que os profissionais consigam crescer com
base na aquisição de novas competências – tais como melhorar o relacionamento
com seu time, conquista de metas estabelecidas e desenvolvimento de um
determinado produto ou serviço, por exemplo.
Os efeitos da recompensa por habilidades ainda estão na fase inicial, mas já é possível perceber que ajudam a configurar um novo cenário para os profissionais que almejam um crescimento para além da promoção de cargos. Essa tendência abre inúmeras perspectivas na forma como os líderes e gestores podem evoluir em suas formas de trabalho nos próximos anos, sendo capazes de construir resultados cada vez melhores a partir de uma equipe mais engajada e motivada.
Pollyana Guimarães - idealizadora da Evoluzi, empresa de curadoria de
treinamentos corporativos.
Evoluzi
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