De acordo com
Gabriel e Isabela Komatu, fundadores da Komatu Gestora de Recursos, a
diversificação da carteira de investimentos é primordial para não ser afetada
pela volatilidade das economias
Com a aproximação das eleições, elas costumam ser
um termômetro que irá ditar os próximos movimentos dos investidores de ações
nacionais e internacionais, que tentam se proteger das volatilidades do
mercado.
Recentemente, o Banco Central sinalizou que a fase
de aumento da taxa SELIC teria se encerrado e as expectativas do mercado é de
que ela seja reduzida já na metade do próximo ano. Para Isabela Komatu, formada
em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), CEO e
cofundadora da Komatu Gestora de
Recursos, esse rumo ainda é incerto. “Uma redução brusca na taxa de juros pode
implicar na valorização do dólar e desvalorização do real, assim como vimos em
em 2019 e 2020. Por outro lado, se a SELIC ficar em 13,75% por mais tempo que o
mercado imagina, poderemos ver a bolsa brasileira andando de lado e o real se
valorizando. Tudo isso acontecendo enquanto o Banco Central Americano luta
contra a inflação tendo que subir a sua taxa de juros agressivamente. Isso
mostra perfeitamente a necessidade de diversificação entre ativos e moedas
brasileiras e estrangeiras”, pontua.
Graças às iniciativas de corretoras e fintechs,
o mercado financeiro trouxe a possibilidade de participação de fundos que
tenham ativos brasileiros e estrangeiros. “Hoje, por exemplo, o Komatu Ações
Globais em Reais é um fundo que investe majoritariamente em ativos estrangeiros
sem ignorar os brasileiros, faz a proteção cambial e está disponível para todos
os investidores que tenham a partir de R$ 1 mil. No passado, fundos assim eram
disponíveis apenas ao investidor qualificado ou profissional”, revela a CEO.
Isabela acredita que um fundo de investimento
oferece mais segurança para brasileiros que querem diversificar sua carteira de
ativos. “Nos dias de hoje, é muito fácil para o investidor de varejo ter acesso
a ações internacionais fora de fundos. Porém, quando ele precisa elaborar uma
estratégia de proteção cambial, fica desamparado pelo fato de ser uma operação
extremamente complexa. Sem contar que, na maioria das vezes, o pequeno
investidor não tem qualificação profissional para escolher as melhores ações”,
relata.
De acordo com Gabriel Komatu, formado em
Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e cofundador da
Komatu Gestora de Recursos, muitos querem investir em ações de empresas
globalmente conhecidas, mas os processos pedem um olhar mais amplo. “O
brasileiro é acostumado a commodities e bancos, sempre
perguntando sobre as ações de empresas como Petrobras, Vale, Itaú ou Bradesco.
Quando o assunto são ações globais, o setor mais procurado é o de tecnologia,
com companhias como Apple, Microsoft, Amazon e Tesla sempre na liderança do
mercado de ações. Porém, isso é apenas uma pequena parte do que, de fato, é ser
um investidor global. Olhamos desde o Banco do Brasil, até a francesa LVMH e a
taiwanesa TSMC”, declara.
Embora seja comum que empresas brasileiras sejam
afetadas pela volatilidade do dólar, o mesmo não acontece quando falamos do
real. “Empresas estrangeiras que sofrem impactos pela variação do real são
raras. Pode acontecer com algumas que operam fortemente no Brasil, como o Mercado
Livre e a America Movil, responsável pelas operações da Claro em solo nacional.
Mas, no geral, poucas empresas globais se impactam pela performance do Brasil,
até porque nosso PIB representa aproximadamente 2% do PIB mundial”, pontua o
cofundador.
Para Gabriel, investir no mercado de ações externo
se torna uma opção ainda melhor com a proximidade das eleições. “A nossa
economia é extremamente volátil. Os juros caíram de 14,25% para 2%, e voltaram
para 13,75% em apenas 7 anos. O congresso saiu de uma agenda reformista para
uma agenda social em poucos meses. Vemos ameaças de golpe militar ao mesmo
tempo que vemos políticos tradicionais defendendo a democracia. As incertezas
da nossa economia dificultam o investimento de longo prazo, por isso,
precisamos diversificar a carteira com opções ao redor do mundo inteiro,
principalmente em economias mais estáveis”, finaliza.
Gabriel Komatu - formado em
administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas e atua no mercado
financeiro há mais de sete anos. Iniciou a sua carreira como assessor de
investimentos em um escritório de agentes autônomos em São Paulo e saiu do
escritório para fazer um intercâmbio na França, na HEC Paris. Em 2020, começou
a fazer gestão de portfólio do Clube de Investimento de Paris ao lado de sua
esposa, Isabela. Em 2022, os dois fundaram a Komatu, primeira gestora de
recursos da Baixada Santista. Atualmente, é diretor de Investimentos na Komatu,
atuando na gestão dos produtos e serviços financeiros da gestora. Gabriel
é autodidata e conhecido por ter uma vasta compreensão do mercado financeiro e
de capitais brasileiro e global. Possui uma das certificações mais relevantes
do mercado financeiro brasileiro, o CGA (Certificado de Gestor Anbima) e está
no caminho para se tornar CFA Charterholder (principal certificação
internacional).
Isabela Komatu - formada em administração de
empresas pela Fundação Getúlio Vargas e mestre em gestão internacional também
pela Fundação Getúlio Vargas (junto com programa CEMS e intercâmbio acadêmico
na HEC Paris) iniciou a sua carreira no mercado de luxo. Trabalhou com
marketing estratégico na Dior no Brasil e na Shiseido na França. Iniciou um
clube de investimento em 2020, o qual fazia gestão de portfólio junto com o
Gabriel. Em 2022, os dois fundaram a Komatu, primeira gestora de recursos da
baixada santista. Isabela possui um background internacional, morou nos Estados
Unidos, na Espanha, na Itália e na França. Este último residiu por 1,5 anos,
onde pôde aprender a cultura e a língua francesa. Atualmente, é CEO e
responsável pelas áreas de Operações, Risco e Compliance na Komatu.
Komatu
@komatu.gestora
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