Professores do
Unipê, Módulo e FASS direcionam as melhores opções para não entrar no labirinto
das dívidas
Os brasileiros já estão
acostumados com despesas fixas como alimentação, transporte, casa, água e
energia. Porém, além disso, sempre há gastos adicionais que podem ser
parcelados ou pagos com empréstimo. O Brasil é o país que mais usa o cartão de
crédito na América Latina e de acordo com uma pesquisa feita pelo Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC), em parceria com o portal Meu Bolso Feliz, 52 milhões
de brasileiros usam a função crédito no dia a dia. O número de cartões ativos
no país é ainda maior, alcançando a marca de 87 milhões, o que resulta em uma
média de 1,7 cartões por pessoa.
Com esse cenário, o número de
dívidas tende a aumentar também, pois abre espaço para atrasos no pagamento, um
limite não compatível com a renda da pessoa, além de necessidades básicas que
podem ser passadas no crédito. Segundo a professora Tcharla Bragantin,
coordenadora dos cursos de Administração e de Ciências Contábeis do
Centro Universitário Módulo e Faculdade São Sebastião - FASS, o principal
motivo dos endividamentos na atualidade é o aumento da inflação e a consequente
diminuição do poder de compra das famílias, pois nos últimos meses os itens
básicos de sobrevivência aumentaram muito o valor e em contrapartida não houve
o acompanhamento do poder de compra.
Nesse cenário, uma das formas
de enfrentar a alta da inflação tem sido com a taxa Selic, que hoje está
13,75%. “O Banco Central, através do Copom, vem aumentando essa taxa como uma
forma de frear o acesso ao crédito, ou seja, tentar diminuir a circulação de
dinheiro, gerando um desequilíbrio entre a oferta e a demanda. Quanto menor a
demanda e maior a oferta, a tendência é que os preços reduzam, porque as
pessoas e empresas não conseguirão vender e a única forma de realizar a venda é
abaixando o valor do preço, do produto ou do serviço. Então nesse momento se
endividar não é o caminho”, sustenta o coordenador dos cursos de Ciências Contábeis e de Finanças do Centro
Universitário de João Pessoa - Unipê, Cristiano Rodrigues.
Para sair da inadimplência e
atravessar a crise, o primeiro passo é verificar custos e despesas fixas e
variáveis, sugere Cristiano. Contas de energia, de água, de internet, gás de
cozinha, combustível, entre outros, são possíveis de reduzir ou cancelar por um
determinado período para enxugar as dívidas e honrar os compromissos mensais.
Um outro ponto seria criar uma renda extra, tentando empreender e usar a
criatividade para melhorar a situação financeira.
Tcharla complementa: é
fundamental ter organização e planejamento, colocar no papel todas as dívidas,
destacando quais são as essenciais e que precisam ser negociadas mais
rapidamente, assim como quais são as maiores que exigem uma negociação um pouco
mais detalhada. E ainda procurar os credores, instituições financeiras,
aproveitar os feirões de negociação e sempre que possível dar preferência para
aquelas que têm a negociação com a menor taxa de juros, priorizando a parcela
que cabe no orçamento.
“Para as pessoas que não estão endividadas, essas orientações também são importantes principalmente quando há um planejamento do orçamento familiar. É importante que todos participem da organização para que saibam quais são as reais necessidades financeiras. Não adianta se desesperar se já está endividado. É necessário planejar detalhadamente, sempre que possível buscar uma segunda ou alternativa fonte de renda para complementar a renda. A gente sabe que as famílias, de uns últimos tempos, vêm com um orçamento muito restrito de adaptação ou readaptação na atual necessidade, então essas dicas de organização e de planejamento são extremamente importantes para que esse endividamento possa ser minimizado ao longo dos próximos meses”, conclui.
Universitário de João Pessoa – UNIPÊ
Faculdade São Sebastião – FASS
Centro Universitário Módulo
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