Má qualidade do sono pode resultar em diversas disfunções graves do organismo. Especialista orienta sobre hábitos que auxiliam a dormir melhor
A qualidade do sono é tão importante que, recentemente, ele foi incluído na lista de condições que avaliam a saúde do coração e do cérebro. Pela primeira vez, a Associação Americana do Coração (AHA) atualizou a diretriz médica sobre fatores de risco cardiovascular, criada em 2010, e incluiu a má qualidade do sono associada a outros sete fatores da lista original – tabagismo, alimentação, atividade física, nível de colesterol, glicose no sangue, índice de massa corpórea e pressão arterial.
Dormir bem promove inúmeros benefícios, como a melhora da função cerebral, resultando em mais produtividade, criatividade e energia, além de ser durante o sono que o organismo produz hormônios que possibilitam o controle do apetite, o desenvolvimento de um sistema imunológico mais forte, a redução do estresse e a melhora do humor, e ainda realiza a renovação dos tecidos e o crescimento muscular. Por outro lado, dormir mal, além de provocar cansaço e exaustão, pode resultar em diversas disfunções do organismo, como pressão alta, colesterol elevado, declínio cognitivo, aumento da probabilidade de eventos cardiovasculares, como infarto e AVC, depressão e diabetes, entre outros fatores.
O sono de qualidade é essencial para a saúde física e mental, mas cerca de 40% da população apresenta alguma dificuldade para dormir, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). As razões que interferem no sono são diversas: estresse, transtornos neurológicos ou hormonais, problemas respiratórios, hábitos que comprometem a saúde, dores crônicas, uso de medicamentos, entre outros. “Além disso, existe um fator natural: a queda da produção de melatonina pelo organismo. A melatonina, mais conhecida como “hormônio do sono”, regulará o ritmo circadiano, promovendo o sono de forma adequada. Com o passar dos anos, sua produção natural pelo organismo é reduzida, contribuindo para que as pessoas apresentem dificuldades para dormir”, explica Lucila Santinon, nutricionista da VITAFOR®. A boa notícia é que é possível manter os níveis desejáveis de melatonina, fazendo a suplementação diária. Existem suplementos sublinguais que otimizam a absorção, induzindo o sono naturalmente. A orientação deve ser feita por um profissional devidamente habilitado.
Lucila orienta que, para minimizar estes danos e dormir melhor, é importante adotar alguns hábitos: “A produção de melatonina acontece principalmente à noite, estímulo natural dos seres humanos, indicando o horário de dormir. Por isso, é recomendada a higiene do sono, evitar estímulos luminosos e sonoros, como televisão, celulares e músicas agitadas, pois podem trazer estímulos ao corpo que despertem, ao invés de relaxar e de fato dormir, fazendo com que diminua a produção de melatonina”. Ela ainda dá algumas dicas que auxiliam a regular o sono e chegar à fase de profundo relaxamento, muitas vezes difícil de alcançar:
- é importante definir uma
rotina, com horário para dormir, que deve ser respeitado, e criar um ambiente
propício, escuro, confortável e em silêncio;
- procure encerrar o expediente e
estar relaxado até 2 horas antes de deitar-se;
- evite alimentos estimulantes à
noite, como café, canela e excesso de açúcar, além de cigarros e bebidas
alcoólicas;
- evite exercícios intensos muito
próximos do horário de dormir;
- desconecte-se da televisão e do
celular, prefira uma leitura antes de dormir;
- incluir a suplementação diária
de melatonina ou compostos que tenham o Triptofano nesta rotina também ajudará
a ter um sono de qualidade;
- em casos mais graves, procure um especialista em
qualidade do sono
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