Mês de conscientização reforça a
importância da disseminação de informações que auxiliem lactantes a encontrar o
melhor caminho ao alimentar bebês
Ao contrário do que dizem crenças do imaginário
popular, amamentar não é tarefa fácil - principalmente para as mamães de
primeira viagem. Tanto a mãe quanto o bebê precisam aprender como esse processo
funciona, e isso tranquilidade e paciência devem fazer parte da rotina neste
período de adaptação. Mas algumas dicas também são muito bem-vindas.
Aproveitando que estamos no Agosto Dourado, mês de conscientização para a
importância do aleitamento materno, a médica Rafaella Reggiani, do time de
saúde da Sami Saúde, simplifica o assunto e fala sobre o que é mito e o que é
verdade na lactação.
- Algumas mães produzem leite fraco? Mito! Segundo a médica Rafaella Reggiani, cada mãe produz o
leite adequado para as necessidades de seu bebê. “Entendo que esses primeiros
dias são difíceis para as mães, que não têm experiência e ouvem vários
conselhos de outras pessoas. Porém, o excesso de choro do bebê no começo é
normal. Nesse momento, as mães precisam manter a calma, pois esta é a única
forma de comunicação do recém-nascido com o mundo”, destaca.
- O colostro é suficiente para sustentar o bebê nos
primeiros dias de vida? Verdade! “Por
ser rico em anticorpos, o colostro protege contra uma série de doenças e
alimenta muito bem o bebê nos primeiros dias. É rico em proteínas, com menos
gorduras que o leite maduro e, por ser concentrado, o bebê só precisa ingerir
uma pequena quantidade a cada mamada”, explica Rafaella Reggiani.
- O recém-nascido deve mamar a cada duas ou três horas?
Mito! “Durante as primeiras semanas,
os bebês sentem muita fome. Por isso, estabelecer um horário para amamentar não
é indicado. Inclusive vai contra a orientação da Organização Mundial da Saúde
(OMS), que orienta que a oferta de leite materno precisa ser em livre demanda”,
reforça a médica da Sami Saúde.
- Quanto mais o bebê mamar, mais leite a mãe produzirá?
Verdade! “A produção do leite materno
vai aumentando conforme ocorre a sucção do bebê”, relata.
- Existe um jeito
correto do bebê pegar o peito na amamentação? Verdade!
“A pega correta é na aréola e não no bico do seio. A parte de cima da aréola
tem que ficar um pouco mais visível do que a parte de baixo, e os lábios do
bebê devem estar em formato de peixinho. Quando ele suga, o seio da mãe vai
para dentro da boca”, esclarece Rafaella Reggiani.
A médica, que também está amamentando o filho Vicente, de 3 meses, na vida pessoal, reforça
sobre a importância do aleitamento materno tanto para as mães quanto para os
bebês. “As crianças que amamentam têm maior contato com a mãe, melhoram a
digestão e a amamentação ainda minimiza as cólicas. Além disso, reduz o risco
de doenças alérgicas e fortalece a arcada dentária. Previne contra doenças
contagiosas também”, ressalta.
Ainda segundo a médica, para a mãe, o aleitamento
materno diminui o sangramento no pós-parto, acelera a perda de peso, reduz a
incidência de câncer de mama, ovário e endométrio, evita a osteoporose e ainda
protege contra doenças cardiovasculares, como o infarto.
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