O
Brasil é o país mais deprimido da América Latina. Porém, quem pensa que o transtorno depressivo
aflige apenas seres humanos está enganado. Cães e gatos também convivem com o
problema, conforme explica Luana Sartori, veterinária responsável pela Monello
Select. Pixabay
Traumas,
abandono, chegada de um novo membro, mudança de ambiente e solidão são algumas
das causas da depressão nos animais. “A tristeza profunda acomete cães e gatos
que passam por experiências difíceis, por sustos grandes ou que ficam muito
tempo sozinhos. Cada animal responde de uma forma a esses fatos expostos”,
conta Luana.
É
importante não confundir a depressão com a Síndrome da Ansiedade de Separação -
conhecida pela sigla SAS. Muito embora os sintomas sejam semelhantes, são
problemas diferentes. Alguns sinais indicam que o pet pode estar em estado de
depressão como, por exemplo, a falta de apetite que vai piorando conforme os
dias passam.
“A
falta de interesse pelas coisas também pode ser sinal da doença. Ficar muito
agitado, rejeitar carinhos do tutor, destruir objetos da casa, urinar em local
diferente e latir em demasia também podem indicar um transtorno depressivo”,
acrescenta a especialista da Nutrire.
Às
vezes, a mudança de ambiente pode desencadear o problema. “O que parece simples
para nós, não é tão simples para o pet. As mudanças sempre causam desconforto
ao animal, que já estava ambientado ao local que vivia. Sair da zona de
conforto pode causar medo aos bichinhos e uma série de doenças, inclusive a
ansiedade e depressão”, revela.
O
mais indicado para quem vai se mudar é levar o animal para reconhecer o local
antes da mudança. Além disso, evitar ao máximo mudar seus hábitos e rotinas
também é importante. “Leve o pet para passear nos mesmos horários, mantenha as
mesmas brincadeiras e redobre o afeto para que ele se sinta acolhido nesse novo
ambiente”, indica Luana.
Ao
notar qualquer mudança no pet, seja física ou de comportamento, o recomendado é
consultar o veterinário imediatamente. “Muitos desses sintomas estão
relacionados com outras doenças mais graves, que exigem tratamento imediato.
Por isso, é sempre importante que o animal esteja com as vacinas em dia e
frequente um especialista regularmente”, alerta.
O
tratamento varia de acordo com cada caso, mas pode ser necessário o uso de
medicamentos alopáticos - que têm ação específica nos sintomas. Você pode
ajudar a prevenir o transtorno depressivo estabelecendo uma rotina de
brincadeiras e mantendo os passeios em dia. “O ambiente em que o animal vive
deve ser limpo diariamente e, claro, protegido da chuva. É importante que os
bichinhos aproveitem o sol, mas com cuidado para evitar o câncer de pele,
especialmente nos gatinhos brancos. Todos esses fatores influenciam no bem
estar do pet”, conclui Luana.
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