Jornada Edu |
A
maternidade e a paternidade trazem desafios diários, cada fase uma nova
descoberta para os pequenos e para seus pais. Mas, as crianças precisam
enfrentar desafios que colaboram para o seu bem-estar e convívio escolar. Esse
momento parte da decisão de cada família, mas quando chega a hora a insegurança
pode tomar conta. Com a pandemia muitas crianças têm apresentado atrasos no
desenvolvimento, seja ele na fala, no desfralde e principalmente na
socialização. Para a Dra Patty Terrível, essa mudança na rotinha das
crianças é saudável e requer atenção para que tudo saia de forma agradável para
toda a família. A profissional trouxe algumas dicas para pais e filhos
passarem pelo processo de adaptação.
“Sempre
falo que antes de tudo é muito importante que os pais conversem com os filhos
sobre o que vai acontecer. Contar que vão para a escola, que será muito legal,
que terão novos amiguinhos, professora, mas que eles vão esperar em casa e que
voltam para buscá-la, pois a criança fica muito chocada quando não tem esse
pré-aviso e tem que lidar com tudo na hora”, comenta a doutora.
Os pais
precisam estar cientes de que todas as crianças no primeiro ano de escola podem
adoecer, seja por um simples resfriado, uma doença viral, entre outras. E isso
pode chegar em até dez vezes no mesmo ano. ´Por mais que durante a pandemia
esteja sendo obrigatório o uso de máscaras e higienização constante das mãos
com álcool em gel, as crianças entram em contato umas com as outras para
brincar e os vírus não deixa de circular, por isso, é preciso orientar os
pequenos sobre a importância do cuidado e também reforçar junto com a escola as
medidas protetivas.
“Os
pais precisam ter essa ideia em mente, pois a criança pode ficar resfriada,
depois dar um tempo e uma semana depois ficar resfriada de novo, mas é super
comum. Com o Covid, qualquer sinal de coriza é muito provável que a criança
seja afastada, mesmo que tenha acabado de entrar, mas somente pelas precauções
da pandemia, então durante esse processo, lembrar sempre de trocar a roupa da
criança ao chegar da escola, se possível dar um banho, criar costume de lavar
as mãos e sempre higienizar o nariz com soro fisiológico”, comenta Terrível.
A doutora
ainda acrescenta que é necessário ficar atento a alimentação, o ideal é que os
pais peçam antecipadamente o cardápio da escola para ver o que vão oferecer, e
caso não concordarem com algum alimento verifiquem a possibilidade de
substituição. Também é significativo que os pais peçam feedback das professoras
sobre o comportamento do filho e o desenvolvimento escolar dele.
“Acredito
que nada seja melhor do que uma boa conversa, antes de ir à escola e todos os
dias depois das aulinhas, manter contato com a escola e ir avaliando a melhor
forma de conseguirem lidar com essa nova etapa”, finaliza.
A mudança
será para toda família, cada um reage de uma forma. Mas, é importante que
estejam dispostos a passar por esse momento, que para alguns podem ser simples
e para outros mais doloroso. E sempre levar em conta os benefícios que o
convívio com outras crianças e ensinamentos trará.
Dra. Patrícia Terrível -
conhecida como Patty Terrível, é uma pediatra pró-amamentação, neonatologista,
formada pela universidade de Santo Amaro, Residência médica no Hospital
Municipal Carmino Caricchio. Trabalha também com transporte aeromédico.
Patrícia possui cursos complementares em manejo clínico de aleitamento materno,
monitoria de reanimação neonatal, monitoria no método Canguru e é idealizadora
do projeto Corrente de Amor pelo SUS.
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