Segundo Mariana Gonzalez, especialista em mercado financeiro do ISAE Escola de Negócios, ainda não há um consenso para o fechamento do dólar em 2021, mas ele deve flutuar entre R$ 5,10 a R$ 4,90
Com
a reabertura das fronteiras e a possibilidade de voltar a viajar, muitos
turistas estão preocupados com o alto valor do dólar. O mesmo acontece no
universo dos investimentos, já que a taxa de câmbio funciona como uma proteção
tanto para nossa inflação relativa quanto para a segurança dos ativos na bolsa de
valores.
A
pandemia trouxe fortes consequências para nossa economia. A restrição de oferta
devido aos constantes lockdowns, os cortes nos juros que geraram uma pressão
inflacionária no país, a dívida pública alcançando uma zona perigosa e a
desestabilidade política com a aproximação das eleições formaram, sem dúvida,
uma combinação perigosa que culminou na tendência de maior perda de valor do
Real.
Mesmo
neste cenário, a especialista em mercado financeiro do ISAE Escola de Negócios,
Mariana Gonzalez, aponta que o Brasil tem fortes contrapontos que tornam a
economia nacional mais atraente aos olhos dos investidores externos. “A
ascensão da taxa básica de juros, o saldo bastante positivo das exportações e o
comércio interno em ritmo de recuperação gera interesse aos investidores
estrangeiros”, afirma
Ainda
assim, não há um consenso de mercado para o fechamento do dólar em 2021, que
deve flutuar entre R$ 5,10 a R$ 4,90. “O resultado dependerá de qual lado será
mais forte: o cenário no qual veremos antigos hábitos da nossa política com
medidas populistas de estímulos de curto prazo nocivos e abandono das reformas
com a aproximação das eleições ou o cenário construtivo para o crescimento do
país com a relação saudável de gastos públicos, sem aumento de impostos e
controle da inflação. Prefiro acreditar, e temos instrumentos que nos indicam
isso, que o cenário construtivo pode prevalecer”, completa a especialista.
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