Médico
explica avanços tecnológicos para diminuir a dependência dos óculos e melhorar
a qualidade de vida.
Para muitas pessoas,
enxergar o que está longe é difícil. A miopia é uma das doenças mais comuns,
afetando 28% da população mundial em algum grau e, estima-se que até 2050 metade
da população mundial será míope.
É possível corrigir
a visão por meio de óculos e lentes de contato prescritas por um médico
oftalmologista, mas também existe a cirurgia refrativa.
Dr. Hallim Féres
Neto, Oftalmologista do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, explica que os
chamados erros refrativos são as alterações oculares relacionadas ao foco e que
podem ser corrigidas com lentes, como a miopia, a hipermetropia e o
astigmatismo.
"Existem alguns
tipos de cirurgias refrativas, cada uma tem suas indicações, e o médico
oftalmologista deve levar em consideração diversas questões antes de decidir
qual a melhor para o paciente", orienta.
As técnicas são
feitas a laser, em ambiente hospitalar:
• PRK - foi a
primeira técnica criada, mas que evoluiu e foi refinada ao longo de mais de 30
anos. Ainda é a técnica de escolha em algumas situações.
• Excimer Laser -
age na superfície da córnea, remodelando-a para alterar a sua curva e,
consequentemente, o grau. "Costuma ser a cirurgia com maior desconforto no
pós-operatório e tem um tempo de recuperação mais longo", diz Dr. Hallim,
"a principal vantagem é que a princípio pode ser feito com mais segurança
em córneas com espessura mais fina, que não suportariam outras técnicas".
• LASIK - o laser,
nesse caso, age numa camada intermediária da córnea. "Para acessar essa
camada, é levantada uma finíssima camada da córnea, que chamamos de ‘flap
corneano’. Depois, aplicamos o Excimer Laser para remodelar a córnea, e por fim
reposicionamos o flap no lugar", explica o médico. O conforto
pós-operatório é maior, e traz uma recuperação da visão mais rápida - às vezes
no dia seguinte ao procedimento.
• SMILE - é a
técnica mais nova, que usa apenas o Laser de Femtosegundo, com o qual
lapida-se, no meio da córnea, uma pequena lente, calculada para ter o
exatamente o grau que está a "mais" no olho. "Tem uma
recuperação quase tão rápida quanto o LASIK, e causa menos sintomas de olho
seco. Porém serve para graus menores de miopia e não corrige a hipermetropia."
Dr. Hallim conta que
a cirurgia refrativa é indicada para algumas pessoas apenas. É preciso que:
- o grau esteja
estável ou mudando pouco;
- ser maior de idade
(preferencialmente maior de 21 anos);
- ter a córnea
saudável (não pode por exemplo ter ceratocone);
- ter um grau que
seja possível de operar com o laser - ou graus muito altos, ou não tão altos
com córneas mais finas.
- ter expectativas
realistas quanto ao procedimento: "embora improvável, é possível que mesmo
após a cirurgia, o paciente precise de óculos em algumas situações, como por
exemplo pegar uma estrada a noite", diz o médico.
Nos casos em que não
é possível operar com o laser, existe a opção do implante de lente fácica, que
também tem resultados excelentes.
Dr. Hallim Feres Neto @drhallim - CRM-SP
117.127 | RQE 60732 • Oftalmologia
Geral • Cirurgia Refrativa • Ceratocone •
Catarata • Pterígio • Membro do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia
• Membro da ABCCR - Associação Brasileira de
Catarata e Cirurgia Refrativa • Membro da
ISRS - International Society of Refractive Surgery • Membro da AAO - American Academy of Ophthalmology
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