Aquela vontade descontrolada de se acabar em chocolate na abundância Páscoa pode ser uma resposta do organismo com falta de energia necessitando uma reposição de emergência. Quem explica é o farmacêutico homeopata Jamar Tejada (Tejard), da capital paulista que ainda ensina como driblar essa vontade através da medicina natural.
Uma das consequências da exaustão física e
mental - tão comum em tempos de pandemia - é o cérebro pedir o consumo de doces
e com a chegada da Páscoa, a tendência deste alto consumo é disparar ainda
mais. Isso porque, o açúcar é o alimento dos neurônios, as células cerebrais.
E, para se manter vivo, o corpo humano precisa dessa substância. Após 5 minutos
sem glicose, uma pessoa morre. E a fraqueza pode ser um sinal de alerta. Por
isso que muitas vezes, pessoas que trabalham muito e usam muito a energia
cerebral sentem tanta falta de doces. Jamar explica que nem sempre ansiedade
está ligada a isso. "Ansiedade na medida é fundamental para trabalhar,
cumprir as tarefas do dia a dia e impulsionar a vida de uma maneira geral. Mas,
ela sozinha não pode ser a única culpada pelos ataques descontrolados às barras
de chocolate".
Quando o corpo precisa de substrato um
energético imediato, pede doce, e isso pode ser sinal de falta de controle
nutricional. "Quando há esse descontrole o cérebro pede glicogênio, e
naturalmente quer a glicose de rápida absorção, que são os doces, por isso a
vontade desse consumo aumenta. O consumo de alimentos ricos em carboidrato de
alto índice glicêmico gera um pico de glicose. Se no momento que você comeu não
houve uma atividade que exigisse essa demanda de energia, seu corpo armazena em
forma de gordura e pouco tempo depois, com a queda brusca de glicemia, o
mecanismo da fome é ativado novamente, vira um ciclo vicioso.", explica o
especialista.
Quando temos resistência à insulina a vontade
por açúcar vem logo depois do café, almoço ou do jantar,
a insulina precisa se conectar às nossas células para fazer com que a glicose
entre no sangue e nos dê energia. Quando nos tornamos resistentes à a essa
ação, esse ciclo é interrompido fazendo com que a glicose não nos
"reenergize" O organismo então sente que precisa de mais energia ou
de uma fonte rápida, daí nosso cérebro pede mais uma vez o açúcar ou acabamos
comendo mais do que precisa ou recorre ao açúcar.
Driblando o problema
Uma das maneiras de se esquivar das guloseimas
é através da nutrição balanceada e nutrir-se de carboidratos de baixo índice
glicêmico. "Manter o equilíbrio nutricional é o que vai diminuir muito o
impulso por doces em geral. Mas, antes de tudo é preciso ter atenção ao que
desperta essa vontade. É preciso reabilitar o estilo de vida e rotina e rever
as reais necessidades. É importante interpretar onde está o seu problema,
ninguém te conhece mais do que você mesmo", ensina Tejard.
A realização de exames laboratoriais como
glicemia é fundamental para descobrir se essa compulsão não é devida a uma
possível diabetes, assim como exames de T3 e T4 para ver se não há uma
disfunção na tireóide entre outros exames orientados por um médico ou
nutricionista.
Pelos meios naturais
Se a vontade de doce insistir, uma das
alternativas naturais mais indicadas por médicos e demais profissionais de
saúde é uma fruta nativa do sul da Ásia chamada Garcinia. Essa fruta possui um
efeito regulador do apetite, esse efeito ocorre no fígado, via regulação do
nível hepático de glicose, o ácido hidroxicítrico atua como um barômetro nos
níveis de glicose no sangue.
"Essa fruta é de escolha primária já que não
causa os danos comuns aos supressores do apetite que estimulam o SNC e que
podem resultar em distúrbios psicológicos, cardiovasculares entre outros. Você
pode fazer uso de spray de tintura dessa planta ou ainda tomar as cápsulas, mas
sempre com orientação e indicação de um profissional de saúde", finaliza
Jamar.
Jamar Tejada - Farmacêutico
graduado pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica pela Universidade Luterana do
Brasil, RS (ULBRA), Pós-Graduação em Gestão em Comunicação Estratégica
Organizacional e Relações Públicas pela USP (Universidade de São Paulo),
Pós-Graduação em Medicina Esportiva pela (FAPES), Pós-Graduação em Comunicação
com o Mercado pela ESPM, Pós-Graduação em Formação para Dirigentes Industriais
com Ênfase em Qualidade Total - Engenharia de Produção pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul-(UFRGS) e Pós-Graduação em Ciências Homeopáticas
pelas Faculdades Associadas de Ciências da Saúde. Proprietário e Farmacêutico
Responsável da ANJO DA GUARDA Farmácia de manipulação e homeopatia desde agosto
2008. http://www.tejardiando.com.br
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