Administradora digital Condofy relaciona alta a uso mais intenso de interfones, campainhas e elevadores
A pandemia impactou todos os aspectos da nossa
vida, desde o social ao profissional, e as medidas para conter o avanço da
Covid-19 levaram as pessoas “de volta para casa”. Literalmente. Com o home
office, o isolamento social e o confinamento, os moradores precisaram se
adaptar para passar mais tempo em casa. Essa nova realidade fez com que as
instalações dos condomínios fossem mais utilizadas. Segundo a administradora
digital Condofy, houve um aumento no uso de interfones, campainhas, e
elevadores, o que gerou alta na demanda por manutenção predial aumentando,
assim, alguns gastos.
“Com a pandemia passamos a pedir mais delivery. Com
isso, as entregas dispararam, assim como o uso do interfone, por exemplo. Estar
mais tempo no condomínio também significa usar mais as áreas e instalações
comuns, água e energia elétrica”, afirma Bruno Cordeiro, CEO da startup. Um
levantamento da Secovi-SP confirma isso: o Índice de Custos Condominiais na
Região Metropolitana de São Paulo registrou alta de 7,99% na variação acumulada
em 12 meses (fevereiro de 2020 a janeiro de 2021). No mesmo período, a
manutenção de equipamentos acumulou alta de 25,71% e os valores com conservação
e limpeza, 22,60%.
Além dos custos, os condomínios registraram mais
problemas com ruídos de vizinhos, barulho de obras e outras reclamações. Por se
tratar de um momento delicado também financeiramente, com muitas famílias
impactadas por reduções no salário ou desemprego, a inadimplência se tornou um
receio. Para se antecipar a isso, Cordeiro afirma que a Condofy auxiliou os
condomínios que administra a adotarem medidas preventivas, como o uso do fundo
de reserva para melhorias necessárias nesse momento e aprovação de cotas extras
para evitar a inadimplência e manter as contas condominiais sem aumento de taxas.
"Durante alguns meses havia a expectativa de
não saber ao certo como as coisas ficariam e como as pessoas iriam se comportar
com tudo que estava acontecendo. Hoje, os prédios onde a Condofy atua já
aceitam essa nova realidade e adotaram medidas permanentes, como fazer reserva
para o uso das áreas comuns como piscinas e academias e limitar o número de
pessoas para determinados espaços”, revela.
Obras nos apartamentos
Além das questões de condomínio, o confinamento
também implicou na adaptação da casa para trabalhar e estudar. Isso levou ao
aumento de obras dentro das casas. Segundo a Condofy, houve uma alta de 20% no
número total de obras realizadas por seus clientes nos últimos seis
meses.
Cordeiro afirma que, nos prédios que a startup
atende em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, os principais
pontos de manutenção foram para infraestrutura ligada à tecnologia e a
transmissão de dados - já que, para conseguir trabalhar remotamente, a primeira
coisa que os moradores precisaram se preocupar foi em aumentar a velocidade da
internet.
"Foram poucas as obras de reforma de
estrutura, com quebra de paredes, por exemplo. A maioria foi mesmo com
adaptações na parte elétrica, imobiliária, infraestrutura nos canais de energia
e internet. Estamos mais em casa, então é preciso fazer com que tanto o lar
quanto o condomínio se tornem mais prazerosos para que possamos enfrentar as
dificuldades desse momento da melhor maneira possível", completa e
finaliza o especialista.
Bruno
Cordeiro - Formado em Administração de Empresas e com MBA em
Project Management pela FGV, Bruno Cordeiro é founder e CEO da Condofy,
plataforma digital de gestão de condomínio criada após sua experiência como
síndico do prédio onde morava. O executivo conta com passagens por empresas
multinacionais de grande porte. Trabalha há mais de 20 anos no mercado de
tecnologia em projetos de Inteligência Artificial, design de processos de
negócios e análise avançada, entre outros. Bruno acredita na modernização da
administração de condomínios através de um serviço digital que pode gerar
praticidade, economia e sustentabilidade.
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