Pediatra dá dicas de como lidar com o bebê recém-nascido em tempos de isolamento social
A necessidade de isolamento
social mudou a dinâmica das famílias em todo o mundo e também trouxe alterações
expressivas em um momento singular da vida de qualquer pessoa: o nascimento do
filho.
Antes da pandemia, a
chegada do bebê era acompanhada e celebrada por amigos e familiares que lotavam
a maternidade. Os pais, orgulhosos, recebiam visitas e presentes no ambiente
hospitalar e, depois, em casa.
Com a necessidade de
quarentena, tudo isso mudou e, segundo a médica pediatra Dra. Francielle
Tosatti, da Sociedade Brasileira de Pediatria e especialista em emergências
pediátricas pelo Instituto Israelita Albert Einstein, esse isolamento forçado é
até protetivo para o bebê, uma vez que fica menos exposto a variados patógenos,
como o vírus influenza e o bacilo da coqueluche.
"Temos que
lembrar que o bebê acabou de nascer e ainda não tem a imunidade bem formada.
Dessa forma, qualquer pessoa que for visitá-lo, mesmo que próxima da família,
deve cumprir a etiqueta de visita do recém-nascido", diz a pediatra.
Essa etiqueta é composta
por alguns comportamentos simples, como:
- Perguntar se os pais
estão recebendo visitas e nunca chegar de surpresa;
- Ser breve;
- Ir direto de casa,
sem pausas pelo caminho para reduzir as chances de contaminação nas roupas;
- Reforçar a higienização
das mãos;
- Manter o
distanciamento social e o uso de máscara;
- Evitar pegar o bebê;
- Jamais beijar o
bebê, mesmo que nas mãos, pés ou cabeça;
- Adiar a visita se
estiver doente.
Dra. Francielle lembra
ainda que a saúde menal dos pais também demanda atenção especial nesta época.
"Compartilhem seus sentimentos, sejam eles de angústia, alegria ou
tristeza, com amigos, um com o outro, escrevendo etc. É preciso estar bem para
passar bem-estar ao bebê", recomenda.
A rede de apoio também
precisou de adaptações neste período, mas não precisa deixar de existir. A
pediatra lembra que mesmo sem a presença física, os avós podem acolher,
ensinar, acalmar e acompanhar o desenvolvimento do bebê à distância, por meio
de chamadas de vídeo.
"Às vezes, precisamos
ter um olhar positivo para o momento passageiro. Abuse da tecnologia para
tornar sua rotina mais fácil, seja por ligações de vídeo ou pedidos por
delivery. Cada família deve ter consciência e viabilizar a sua ‘bolha’,
assumindo cuidados um pelo outro e minimizando os encontros pessoais ao
máximo", conclui a médica.
Dra. Francielle Tosatti - - Graduada pela Universidade Federal do Rio
Grande - RS. - Residência Médica em Pediatria pela Universidade Federal do Rio
Grande - RS.- Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de
Pediatria. Especialista em
Emergências Pediátricas pelo Instituto Israelita Albert Einstein. Médica Emergencista da equipe do
pronto-socorro e enfermaria do Hospital Infantil Sabará.
Nenhum comentário:
Postar um comentário