Com a pandemia da Covid-19, os cuidados com a saúde devem ser redobrados
As doenças do trato respiratório são enfermidades
que demandam atenção, principalmente, pela complexidade e a forma em que podem
se apresentar nos seres humanos. Todo este cenário pode ser ainda mais forte
com o início do Outono, estação iniciada no dia 20 de março. O período dura até
o dia 20 de junho e é caracterizado por ser a estação do ano que sucede o verão
e antecede o inverno. Além disso, nas regiões de clima temperado ou
subtropical, o outono apresenta uma queda gradativa na temperatura e, além do
amarelar, é início da frequente queda das folhas das árvores, considerado como
principal indicador de início da estação.
Nesse sentido, as doenças do trato respiratório,
tais como rinite, bronquite, sinusite, asma, resfriado, gripe, pneumonia e,
neste momento pandêmico, o novo coronavírus, tornaram-se
enfermidades que recebem grande atenção, pois, muitas delas, se não tratadas
devidamente, são capazes de levar uma pessoa a óbito.
Um dos principais agravamentos para estas doenças
durante a estação do outono se dá, principalmente, pela mudança de temperatura
e pela chegada do frio que, por si só, é prejudicial às vias aéreas. Além
disso, também é um período marcado pela redução da umidade do ar, ocasionando
um grande acúmulo de poluentes na atmosfera e, assim, o aumento de casos destas
doenças no período.
As doenças mais comuns neste período
As principais doenças respiratórias que podem se
manifestar neste período do outono são:
- Rinite:
caracterizada
pela inflamação interna do nariz e estruturas próximas, ocasionada pela
exposição aos agentes alérgicos, tais como poeira e mofo, principalmente. Seus
principais sintomas são: obstrução nasal, coriza, espirros, irritação
ocular e coceira nasal.
- Bronquite: é a inflamação dos
brônquios – dutos que levam o oxigênio aos pulmões. Os principais sintomas
são falta de ar, chiado no peito, dor no peito, tosse seca e febre.
- Sinusite: é uma inflamação das
mucosas da face, localizadas ao redor do nariz. Possui sintomas similares
à rinite, especificamente, dor de cabeça, congestão nasal, coriza, tosse
e, em alguns casos, pode apresentar febre.
- Asma: geralmente, ocorre quando
os pequenos dutos pulmonares, chamados bronquíolos, são estreitados por um
processo inflamatório, dificultando a respiração.
- Resfriado: é uma infecção viral que
afeta o sistema respiratório, podendo ser causada por diversos tipos de
vírus. Um ser humano infectado por um vírus que lhe provoque resfriado,
geralmente, se recupera em um período de 7 a 10 dias após o início dos
sintomas.
- Gripe:
assim
como o resfriado, a gripe é causada por um vírus, o Influenza. Neste caso,
os sintomas se apresentam de forma mais intensa, tais como: tosse, dor de
garganta, febre, indisposição e dores nas articulações.
- Pneumonia: é uma infecção no pulmão
causada por um vírus ou bactéria, normalmente desencadeada por uma gripe
ou um resfriado mal cuidado. Os sintomas que se apresentam frequentemente
em um quadro de pneumonia são dor no peito para respirar, tosse com
catarro, fadiga, febre, calafrios, náusea e dificuldade para respirar.
- Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica: considerada como um problema progressivo e
irreversível, a DPOC afeta diretamente os pulmões, destruindo os alvéolos
pulmonares.
Vale destacar que os sintomas apresentados em um
resfriado e, principalmente, na gripe são muito parecidos com os da Covid-19,
por isso, é muito importante que o paciente busque o tratamento médico mais
adequado possível. “Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a febre,
tosse seca, dor de garganta e a falta de ar foram considerados os principais
indicadores de que uma pessoa possa estar contaminada pela Covid-19. Porém, os
sintomas são semelhantes nos casos de gripe e resfriado, por isso, buscar ajuda
médica nestes casos é fundamental”, afirma Milton Monteiro Júnior, enfermeiro
infectologista SCIH do Hospital HSANP.
As principais formas de tratamento
Após o atendimento médico adequado, grande parte
das doenças respiratórias podem ser tratadas por meio de medicamentos como
antibióticos, corticoides e broncodilatadores, além de fisioterapia. Lavar bem
as mãos, não fumar, ingerir bastante água e ter uma boa alimentação também
podem auxiliar no tratamento. Importante saber que, no caso da gripe,
principalmente, já existem vacinas capazes de imunizar e proteger o ser humano
contra o vírus Influenza.
A vacinação pode ajudar?
A vacinação pode ser uma grande aliada na prevenção
e imunização para doenças como gripe e, atualmente, o novo coronavírus. Na
última semana, o Governo Federal anunciou o início da Campanha Nacional de
Vacinação contra a Influenza (gripe), entre o período de 12 de abril a 9 de
julho. Entretanto, vale destacar que, por se tratar de uma campanha a ser
realizada simultaneamente à de imunização da Covid-19, o indivíduo precisa se
atentar ao tomar as vacinas. Segundo recomendações do Ministério da Saúde, o
cidadão brasileiro precisa priorizar a vacinação da Covid-19 e, além disso,
respeitar um intervalo mínimo de 14 dias entre tomar a vacina do novo
coronavírus e a de gripe, devido à falta de estudos sobre a coadministração dos
imunizantes. “É muito importante que as pessoas se conscientizem da importância
das vacinas e, principalmente, quanto ela pode salvar vidas. Respeitar esse
período apresentado pelo Ministério da Saúde é essencial para a imunização em
massa da população diante do cenário tão grave que o nosso país se encontra”,
conclui Milton.
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